Mês: maio 2020

A ética da Inteligência Artificial.

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27/05/2020

Propositadamente, os versos seguem uma sequência numérica que, à primeira vista, pode não ser percebida; suas rimas também respeitam outra sequência numérica. No seu conjunto, o corpo da poesia, pretende-se como trabalho feito com uma lógica matemática somente sua, como assim é o nosso DNA, com a sua própria e poderosa lógica matemática. O domínio do DNA, a Biotecnologia, a Nanotecnologia, a Internet das Coisas, a Impressão 3D, a Integridade de Dados, a Realidade Virtual, o Bitcoin, a Blockchain, a Robótica Avançada, a Inteligência Artificial e o Conhecimento Perfeito são termos que não podem passar desapercebidos pelos interessados na relação “Gestão da Qualidade & Ética”.

Estamos a navegar por uma nova revolução.

Silenciosa, ambiciosa por vocação humana,

Não puritana por essência, dirão alguns;

Para os crentes da ciência, um novo portal.

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Ela canta novos progressos e oferece benefícios.

Ela enfeitiça, com suas facilidades.

Ela domina, com propriedade, qualquer fórum.

Nada igual já vimos antes ou mesmo imaginamos.

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Drones identificando andar e rosto do cidadão,

Robôs escolhendo o candidato bacana,

Bebês sendo clonados, como remédios comuns,

Vírus e outros seres, fabricados como arma mortal.

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Impressoras 3D imprimindo medicamento contra vários malefícios,

Roupas inteligentes são uma realidade.

A sua vida monitorada, em suma.

Tudo isso e mais! É o que esperamos?

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Celular sabe o batimento do seu coração,

Reserva a passagem para Toscana,

Manda as boas notícias de Garanhuns,

Guarda seus trajetos de forma perigosa e virtual.

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As máquinas atuando como juízes de ofício,

Julgando processos, dando suas penalidades.

Ciborgue operando cirurgias sem erro nenhum,

Carros, sem motoristas, trafegando pelas ruas aonde andamos.

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Na saúde, os diagnósticos feitos com precisão.

O aplicativo calcula e soma

As calorias para os seus desjejuns.

Os algoritmos certos escolhem a nossa vida sentimental

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Nosso tempo calculado para minutos sem desperdícios

Nossos dados, em plena vulnerabilidade.

Nossas informações disponíveis para qualquer quórum.

Nossas vidas, por ela, por completo, as descortinamos.

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Poderosa como inteligência, vemos sua constante evolução.

Nossa filha! De nós emana!

Ela domina tecnologia. Filha de Ogum?

Para aonde vamos, o caminho, sabemos, é artificial.    

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Daremos aos “Cobots” nossos empregos, como sacrifício?

As vantagens serão uma infinidade,

Dirão cientistas, políticos, tarólogos e médiuns?

Já atravessamos o portal e nós nem reparamos!

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De tudo o que vimos, uma conclusão:

Como bebês, da natureza humana,

Ela nasceu sem princípio algum.

A quarta revolução, nasceu sem ética, sem moral.

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É verdade, ela nasceu ontem, sem princípios;

Nasceu descuidada e sem maldades.

Protegida da má-fé, de jeito algum,

Da atuação de bandidos, “hackers”, “crackers” e “tiranos”

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Agora, deixando de lado a preocupação com métricas e algoritmos, poesias e matemática, é hora de um olhar rigoroso sobre este novo ambiente, o qual chamamos de quarta revolução industrial, especialmente no tocante a uma ética a ser escrita para a inteligência artificial.

Carlos Santarem – 27/05/2020


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A arte de pescar e a andragogia

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A arte de pescar e a andragogia

A arte de motivar os adultos pode ser comparada ao exercício da pescaria. Quando nos referimos então aos treinamentos corporativos, esta pescaria pode ser medida pelo conteúdo da cesta do “pescador” após terminada sua tarefa. Estarão dentro da cesta, aqueles colaboradores entusiasmados e comprometidos a colocar em suas rotinas o que foi apresentado, discutido e experimentado nos treinamentos. Estarão fora da cesta, nadando no oceano, aqueles que não foram “fisgados” …

Todo o pescador experiente sabe muito bem que para cada espécie de peixe ele terá de usar técnicas diferentes para obter sucesso; e o seu sucesso é sua cesta repleta. Assim, em alguns casos, terá de usar redes e em outros casos terá de usar caniços especiais com carretilhas, molinetes e iscas apropriadas.

Assim é o treinamento com adultos. Daí o fato de alguns treinamentos corporativos, embora bem elaborados, se mostrarem com resultados aquém das expectativas.

Investir em apenas uma ou duas técnicas de aprendizado, sem considerar todo o universo de possibilidades apenas fará com que a sua cesta tenha um número limitado de “peixes” e talvez, de uma ou duas espécies. Trabalhar com novas técnicas, utilizar outros tipos de “iscas”, junto com as técnicas já empregadas, poderá surpreender você com novas espécies capturadas e enchendo a sua cesta.

É hora de repensar nossas pescarias.


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#squalidade #andragogia #andragogiacorporativa #gestãodepessoas #liderança #aprendizado #motivação #treinamento

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E aí?… Deixa passar?…

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Não existe mais espaço, em empresas que dizem operar de acordo com as Boas Práticas, para deixar de investigar os resultados indesejáveis. Por maiores que sejam as pressões de produção e de vendas, os técnicos envolvidos em todos os processos têm de se debruçar sobre os resultados fora dos parâmetros, buscar suas causas raízes, propor ações corretivas e preventivas no sentido de minimizar as reincidências. Embora seja uma atividade extremamente instigante para alguns, este tipo de tarefa muito longe está de ser sempre fácil e muitas vezes exigirá muito tempo para o trabalho de análise e solução do problema. 

Quando estudos bem conduzidos são executados, ganha a produção e ganha a área de vendas.

Para a empresa, reduzir a incidência de resultados fora das especificações, e de resultados indesejáveis, as vantagens são incontáveis. No entanto, por vezes, existem ambientes fabris nos quais passar ao largo dos problemas, mesmo que se repitam com frequência, é mais comum do que se imagina. E é inimaginável o que pode estar indo pelo ralo, literalmente, de milhares de litros de produto, em função exatamente de resultados ruins. Melhor assim, quando os produtos não chegam aos consumidores ou quando têm de ser feitos recolhimentos de mercado. Mas quanto está custando isto para os donos do negócio?

Para os órgãos reguladores de todo o mundo esse tipo de falha no sistema da qualidade da empresa pode pôr em risco os usuários. Fácil entender por que os inspetores governamentais buscam, em inspeções periódicas, indícios de resultados fora das especificações ou resultados indesejáveis que não foram severamente investigados.

A verdade é que, em muitas inspeções do governo, os indícios logo se transformam em evidências objetivas, provocando cartas de alerta e relatórios com críticas pesadas até mesmo a respeito do corpo técnico da companhia.

E aí?… Deixa passar?…

… Não; não deixe passar…


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Home Office É hora de demitir o Jack

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Trabalhar em casa, na modalidade de “home office” exige técnica e muita disciplina.

Quando os profissionais não têm essa prática e agora são forçados a adotá-la em razão da quarentena provocada pela pandemia, são obrigados a encarar uma nova forma de trabalho que os desafiarão a manter o mesmo nível de interesse e a mesma produtividade quando estão nas suas empresas.

Particularmente, sei muito bem as dificuldades, visto que, há décadas, trabalho assim e passando por períodos dos mais diversos. Filhos pequenos que devem respeitar o seu espaço de trabalho, por exemplo, são um desafio. No meu caso, tive três e sempre souberam respeitar meu espaço, mas como filho único e com uma mãe morando comigo, era sempre muito difícil lembrar a ela que a minha presença física não correspondia a minha disponibilidade em tempo integral.

E quando o casal está em home office e, ainda com filhos pequeninos que deveriam estar na creche, não fosse o coronavírus? Minha nossa! Haja técnica, disciplina, reforço no planejamento e resiliência!

E o “Jack”? Você conhece?

O “Jack” (já que…) é aquele funcionário que você ganha logo no primeiro dia no qual você fica em casa! As determinações chegam a você de muitas partes: Assim: “Jack” você está em casa, não poderia consertar a mangueira do jardim!? Da mesma maneira: “Jack” você está em casa, que tal arrumar o armário das crianças?

Além das muitas tentações que podem tirar você do seu foco no trabalho, o “Jack” é um perigoso “colaborador” que tem de ser demitido no primeiro dia! Tem de ter coragem, eu sei… Tive de demiti-lo, faz anos!


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E quanto a você? Você teve/tem um “Jack” em seu “home office” ? Quais as suas experiências de home office? Quais as suas expectativas para você, que se inicia em “home office” ?
Entre e comente aqui em nosso blog! Vamos trocar experiências.
Veja e participe da pesquisa abaixo!


A Pesquisa

É possível que você tenha uma dúzia de argumentos para descrever as dificuldades de um “home office”. Da minha parte, por experiência própria e de outros profissionais, fiz uma lista e a coloquei na forma de enquete. Isso para estimular uma instrospecção e análise. Veja a seguir, participe, acompanhe os resultados e veja o que os outros profissionais estão dizendo!

Vale dizer que a pesquisa serve também para aqueles que ainda não trabalham na modalidade de “home office”, mas amanhã, quem sabe, poderão ter de escolher essa opção.


Vote agora!

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A Ética na Rede

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Nossos códigos e leis nos deixam de maneira clara a obrigatoriedade de sermos éticos a qualquer hora e em qualquer lugar, se assim desejarmos conviver entre indivíduos da sociedade que aprovou tais códigos e leis. Outros indivíduos, componentes de outros grupos de sociedades diferentes da nossa, poderão viver éticas diferentes, ter códigos e leis que contrariem até mesmo a moralidade da sociedade a qual vivemos, mas terão tais sociedades, invariavelmente, duas coisas em comum: a cobrança da ética a qualquer hora e em qualquer lugar e a aplicação de penalidades quando se infringe seu código.  Mas podemos ter éticas diferentes? 

Sim, não só podemos como elas existem na sua essência; aí sim, dependendo do lugar ou do tempo. É sabido, por exemplo, que atualmente em determinadas regiões do nosso planeta, uma mulher pode ter – dentro da ética e da legalidade – mais de um marido. A recíproca também é verdadeira. Também sabemos que, até pouco tempo atrás, pelo código brasileiro estabelecido, se um casal de marido e mulher distraidamente se beijasse em uma praça pública estaria infringindo o código nacional (!!).

Quando tratamos de grupos e sociedades diferentes, podemos sim, enxergar éticas diferentes, moralidades diferentes, códigos diferentes, leis diferentes. Ao mesmo tempo, com esta certeza, é verdadeiro reconhecer que temos de respeitar a ética, a moralidade, o código e as leis do grupo que resolvemos participar e nos acolheu como um dos seus membros

Um simples exercício deixa isto muito claro. Queiramos ou não, é fato que as quadrilhas de bandidos e canalhas tem seus códigos bem estabelecidos e suas penalidades bem determinadas. Em outras palavras, nenhum grupo que se propõe ser organizado pode prescindir de ética, moral e leis…

Agora, nos tempos de hoje, temos de ser éticos, em qualquer hora, em qualquer lugar e em todos os “não lugares” nos quais estamos presentes, não fisicamente, mas apenas de maneira virtual! Em outras palavras, temos de nos expressar eticamente através das redes sociais que enviam nossas mensagens de maneira codificada. Assim, temos de cuidar de colocar nossas inserções de maneira correta à luz de nossos códigos.

Hoje vale uma reflexão sobre esta questão. O primeiro ponto é: em nenhum momento deixemos de nos expressar, colocar nossos pontos de vista, nossas ideias, visto que somos – todos nós – dotados de um conhecimento que pode e deve ser compartilhado, não para ser adotado como verdade absoluta, mas para ser compartilhado e dele, se assim for, ser extraído o melhor.

O segundo, fazê-lo com responsabilidade, uma vez que o verbo e a palavra podem ir mais longe e mais rápido do que uma bala. Verbo e palavras erradas causaram – e ainda causam –  um mal muito maior do que muita munição. Quantas vezes, uma caneta nas mãos do Mal, ao assinar um decreto, pode matar mais do que cem metralhadoras? Muitas vezes…

… Canetas existem indóceis por aí, pelo mundo, tentando descobrir novas maneiras de calar as redes sociais.

Ao cuidarmos de nossas comunicações nos “não lugares”, como assim são conhecidos os ambientes de rede sociais, temos de estar fundamentados não somente em verdades (até porque, para alguns, sempre existe mais de uma), mas em fatos. E contra fatos não há argumentos.

Quando nos referimos às inserções na rede, todo este cuidado em nada se diferencia com aquele do silvícola que utilizava sinais de fumaça para enviar suas mensagens através de códigos próprios para outros indivíduos distantes. Tinha ele de seguir a moral do seu grupo para enviar as mensagens. A diferença reside no fato de que, ao contrário dos sinais de fumaça, nossas mensagens pela rede têm uma velocidade maior, atingem um número infinitamente maior de indivíduos e, ao invés da fumaça, ficam registradas para sempre na rede, mesmo que muita gente ao “apagar” pense que não.

A ética na rede, no entanto, não se restringe ao que se insere, curte ou compartilha, mas também como o indivíduo se comporta dentro da rede. Este tópico, no entanto, é assunto para depois…


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Desmistificando a Integridade de dados- Parte II – Metadados? Pergunta para a sua mãe!

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01/01/2019

Um grande perigo no qual podemos colocar nossos colaboradores é mergulharmos, quase todos eles, no pântano de certas (e “novas”) terminologias técnicas e corporativas, sem o cuidado de uma explicação clara e simples de cada um desses termos. Chafurdando entre “inovações” do idioma, os funcionários podem criar resistências naturais não somente aos termos, mas – o que é pior – reagirem a qualquer abertura para seu entendimento e emprego em sua rotina.

Em muitas empresas termos novos de comunicação criam verdadeiros dialetos corporativos, somente falados e entendidos em “ilhas” de profissionais que dominam palavras que os mortais comuns não conhecem e até têm medo quando são proferidas, como se fossem extraídas de um ritual no qual somente os iniciados a elas tiveram o acesso do conhecimento. São termos em outros idiomas, principalmente. Aí estão os termos como “Budget”, “CEO”, “Coaching”, “Deadline”, “Expertise”. Poderia caminhar letra por letra de nosso alfabeto, mas escolho para terminar as minhas preferidas da letra “f”, “Feedback” e “Follow up”.

A vastidão de vocábulos no idioma de Camões e de Pessoa, também oferece uma enorme possibilidade de uso de “termos complicados”, os quais, apesar de muito bem definirem as coisas, deixam os menos letrados a ver navios. Quer exemplo? O termo “Acurácia” dá pano para mangas…

Não devemos banir os termos consagrados ou em moda, até porque eles têm sua função; entretanto, temos de desmistificá-los, em nome do melhor dos entendimentos e da integridade de dados….

Agora, com as questões de integridade de dados colocando foco em sistemas computadorizados, alguns termos novos no segmento se apresentam e impressionam o pessoal atuante em nossas fábricas. Termos nunca antes utilizados que parecem tratar de coisas novas e de difícil entendimento e emprego em suas rotinas. Um bom exemplo é o termo “Metadados”.

Desmistifiquemos…

Em meus treinamentos em empresas, eu escolho uma colaboradora que tenha filhos e provoco um exercício: “Imagine a situação na qual o(a) filho(a) pré-adolescente chega para a mãe avisando que vai sair com um grupo do colégio e vai passar o final de semana fora”. Depois, pergunto: A mãe se contenta com esta informação e libera a diversão ou será que ela exige mais dados que complementem a informação tornando-a plena, antes da sua aprovação, ou não? Fica evidente que falta informação. Faltam o “quem”, o “onde”, o “por quê” e outros tantos dados que se fazem necessários para a avaliação exata.

Daí para frente desintegra-se o verdadeiro temor sobre o termo “metadados” e descobre-se a verdadeira importância que eles (os metadados) têm em nossas vidas, principalmente para nós que prezamos a integridade de dados e a história dos lotes.

Metadados? É fácil, pergunta para a sua mãe!


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Desmistificando a Integridade de dados – Parte I – Os Suportes de Transmissão

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13/12/2018

Desmistificando a Integridade de dados – Parte I – Os Suportes de Transmissão

Já há algum tempo, o termo “integridade de dados” tomou de assalto nossos campos cerebrais destinados às partes de preocupação, estresse e frustrações, de uma maneira perigosa, criando possibilidades de dedicarmos, até mesmo, nossos momentos de descanso e de higiene pessoal para elucubrarmos respostas de boas práticas para os nossos ambientes de documentação técnica à luz de um “novo conceito”. Se não é o seu caso, é ótimo. Quanto a mim, mais de uma vez, a integridade de dados apareceu em meus sonhos e até enquanto eu tomava banho, ela (a integridade da dados) aparecia.

Desmistifiquemos…

… Antes de qualquer coisa, integridade de dados, na sua essência, é um conceito que nada tem de novo e há décadas é um dos cuidados comuns na fabricação de medicamentos. Em outras palavras, seja qual for o suporte de transmissão da informação – por papel, por sistemas eletrônicos ou por quaisquer outros que a humanidade venha a inventar – sempre tivemos e daremos atenção ao trato que nos assegurará poder contar de forma fidedigna a história de nossos lotes.

Isso vale para qualquer suporte de transmissão da informação!

Assim, apenas a título de estimular uma reflexão,  a dedicação com a integridade de dados vale para informações em blocos e em formulários de papel; vale para softwares;  vale também para pedra lascada (!); vale para dados brutos apresentados em sinais de fumaça (!!); vale para imagens armazenadas com todo carinho em fitas de vídeo cassete e planilhas eletrônicas em disquetes. Vale para as fotos colocadas no Orkut (!!!!). Cada um desses suportes de transmissão da informação exigirá cuidados específicos de armazenamento, controle, gerenciamento e de resgate da informação, quando assim for preciso.

Entre esses meios que apresentei, o da pedra lascada ainda nos garante, muitas vezes, o resgate da plena informação. O Código de Hamurábi, por exemplo, um conjunto de leis datado do século XVIII A.C., foi escrito em rocha de diorito, e está hoje no Museu do Louvre para quem quiser ver e ler… E não pode ser destruído por simples “hackers”!

No tocante aos sinais de fumaça (!!), nos defrontamos com dados que são efêmeros. Temos aí de estabelecer procedimentos próprios no sentido de guarda. Vale também, é claro, para aquelas benditas impressões efêmeras com fita termolábil, que ainda sobrevivem em nosso meio dedicadas a nos enganar e sumir com a informação algum tempo depois… Constrangedor quando constatamos o fato em momentos de inspeções.

Atualmente são dezenas, centenas de opções de sistemas computadorizados que se mostram como a melhor resposta em integridade de dados. Isto sim, podemos dizer que é, de certa forma, novo. Novo, não o conceito, mas novos podem ser os suportes que nos conduzem pelos mares da computação que navegamos. Tenhamos cuidado com a sua segurança e com as suas obsolescências.

Vivemos tempos nos quais os suportes de transmissão mudam com extrema rapidez e ficam obsoletos. Podemos passar por situações as quais não nos permitam resgatar as informações exatamente porque o suporte não existe mais. Sabe aquelas fotos lindas do Facebook? Talvez seja melhor coloca-las, como estratégia de reserva, em paralelo, em outro suporte de transmissão confiável… Imprimi-las (não todas, é claro), pode ser uma boa estratégia de reserva. Daí eu entender que o suporte “papel”, para alguns casos, ainda estará vivo e atuante, infelizmente, por algum tempo. Isto, em nome da integridade de dados.


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Tolerância e Permissividade

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Uma verdade, em poesia, defendendo que para o bem da tolerância, não deve acompanhá-la a impunidade.


Ela era filha de Justo e Verdade,

com os quais estava em eterna consonância.

Ela era irmã da Permissividade.

Pobre dela, a Tolerância.


Eram irmãs gêmeas.

Alguns diziam que, até certo ponto, parecidas;

mas eram bivitelinas.

De igual, somente a idade.


Em contraste com Justo,

Permissividade corrói o mármore, por anda passa.

Nas vezes em que enganava Tolerância,

causava a desgraça da sociedade.


Permissividade brincava entre colunas,

traindo a Verdade, dissimulava e atordoava.

Permissividade em pecado,

Tolerância perdoava.


Permissividade, em atos de maldade,

quando descoberta,

com falsa humildade, pedia clemência.

Aceitava Tolerância, com piedade.


A cada dia, Tolerância se confundia

com uma irmã astuta, perversa e diabólica,

até ser envenenada por ela

e ser enterrada às escondidas.


Permissividade tomou-lhe o nome.

Agora passa-se pela irmã,

mas sem a sua substância.

É cada dia mais amada, mais querida.


Pobre dela, a Tolerância.

Sucumbiu, não por Permissividade,

mas por sempre permitir a companhia

De sua prima perversa, a Impunidade


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Para quando eu voltar…

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Para quando eu voltar…

Voltaremos da pandemia

diferentes em posturas.

Há quem diga que, depois, abraços nunca mais,

nem mesmo, um aperto de mão,

pelo medo de contaminação.

Não! não, no meu caso!

Vou tirar, isso sim, o meu atraso

da saudade dos meus amigos fiéis.

Vou matar a saudade

dos meus amores distantes,

mas, sempre constantes,

por pensamentos e reuniões virtuais:

da Neta, dos Filhos, da Nora querida,

dos amigos de rara boemia,

reunidos em  Confraria,

dos meus Irmãos Fraternos,

Às favas esta pandemia,

que maior não é que a nossa academia!

Vencemos outras no passado,

esta venceremos também!

Sairemos deste marasmo,

sairemos desta quarentena e

voltaremos em vida plena,

com o maior dos entusiasmos!

Poderemos voltar a usufruir

de grandes abraços,

de gostoso cafuné,

de calorosos beijos,

do apertão na bochecha,

do carinho na orelha,

do cheirinho no cangote

e até da massagem no pé!

E fiquem atentos

à recomendação farmacêutica,

que segue, por intermédio,

deste que vos escreve:

Respeitemos a quarentena,

Mas, depois, quando tudo passar,

Para vencer o tédio,

O carinho é o melhor de todos os remédios!

                                   Carlos Santarem – 03/05/2020


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