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Uma verdade, em poesia, defendendo que para o bem da tolerância, não deve acompanhá-la a impunidade.
Ela era filha de Justo e Verdade,
com os quais estava em eterna consonância.
Ela era irmã da Permissividade.
Pobre dela, a Tolerância.
Eram irmãs gêmeas.
Alguns diziam que, até certo ponto, parecidas;
mas eram bivitelinas.
De igual, somente a idade.
Em contraste com Justo,
Permissividade corrói o mármore, por anda passa.
Nas vezes em que enganava Tolerância,
causava a desgraça da sociedade.
Permissividade brincava entre colunas,
traindo a Verdade, dissimulava e atordoava.
Permissividade em pecado,
Tolerância perdoava.
Permissividade, em atos de maldade,
quando descoberta,
com falsa humildade, pedia clemência.
Aceitava Tolerância, com piedade.
A cada dia, Tolerância se confundia
com uma irmã astuta, perversa e diabólica,
até ser envenenada por ela
e ser enterrada às escondidas.
Permissividade tomou-lhe o nome.
Agora passa-se pela irmã,
mas sem a sua substância.
É cada dia mais amada, mais querida.
Pobre dela, a Tolerância.
Sucumbiu, não por Permissividade,
mas por sempre permitir a companhia
De sua prima perversa, a Impunidade
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