A ética e o burro mais rápido do mundo

jun 3, 2020 Qualidade & Ética, Blog

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Inspirado na notícia (02/06/2020) de que a “Microsoft substituirá jornalistas por inteligência artificial”


A Inteligência artificial é o burro mais rápido do mundo, cujas ações serão decididas por algoritmos, determinados por um ser humano que ditará a forma de suas escolhas. Mesmo que ela possa continuar aprendendo, será sempre à luz da ética daquele que a desenhou. Assim, essa Inteligência poderá ser racista, pedófila e assassina, entre outras características. Ela poderá ter ideologia própria. A inteligência artificial é burra e, é certo, escrava da moral do seu criador.

Ainda não somos capazes de dar à inteligência artificial a capacidade de uma escolha que transcenda ao nível do racional, e suas decisões continuamente recaem no “Um” e no “Zero”. Por mais que sejam as variações, contadas em  muito mais de trilhões, a regra do jogo de seus cálculos é ditada pelo Humano.  Uma escolha infeliz feita por ela, na interpretação do seu “dono”, e toda a “inteligência” será reprogramada, em nome dos interesses do seu “criador”.

Uma das questões que devemos levar em conta é a sua capacidade de propagação de um conceito, de uma ideia, de uma mensagem, de uma notícia e, por que não dizer, de uma nova forma de mostrar, de maneira falseada, certos quadros da sociedade, como se fosse opinião pública de fato. A inteligência artificial (na verdade, seu criador) pode, hoje, se propor a fazer pessoas inocentes com o perfil de inimigos da sociedade e até a escrever uma nova moral.

Ela é o burro mais rápido do mundo. Conduzida de maneira certa, pode gerar muitos benefícios para a humanidade, desde que domada e com as rédeas de uma ética que preze a importância de uma informação livre, não mentirosa e não dominante por algoritmos tiranos. Pelo menos, enquanto a mantivermos dentro dos limites de uma decisão puramente matemática; pelo menos, enquanto ela tiver um raciocínio lógico humano; pelo menos, enquanto ela ainda não tiver sido agraciada com o dom do livre arbítrio…


Licença Creative Commons
O trabalho “A ética e o burro mais rápido do mundo” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

“Microsoft substituirá jornalistas por inteligência artificial”


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Por Santarem

• Diretor da Santarem - Qualidade em Consultorias • Escritor, Palestrante, Farmacêutico, Tarólogo, e Terapeuta Floral • Profissional com mais de 30 anos de experiência com atuação de comando em controle de qualidade, produção, garantia da qualidade, treinamento, engenharia e logística, em cargos de liderança como de gerência e diretoria. • Farmacêutico Bioquímico com habilitação em indústria e análise de alimentos e indústria farmacêutica * CRF-RJ: 3351 • MBA em Pós-graduação Latu Sensu MBA Gestão da Qualidade pela FGV - Rio de Janeiro. • Professor de pós-graduação do Módulo Gestão da Qualidade no Instituto Hahnemanniano do Brasil. • Autor dos livros “Reino dos Sensos”, “Eu mereço um dia com boas práticas”, "Sensos da Qualidade - E o segredo da sobrevivência e do Sucesso", "A Odisseia de um pequeno ato de inclusão" e “Autora, a foca albina – Uma história que trata sobre pertencimento” • Especializações: Gestão da Qualidade; Boas Práticas, ISO Lead Auditor, Ouvidoria e Perito Judicial. • Tarólogo com mais de 40 anos de experiência. • Terapeuta floral com especialização registrada no Conselho Regional de Farmácia – CRF-RJ. • Principais Prêmios e Títulos 2013: Prêmio Excelência Profissional “Levy Gomes Ferreira” em Mídia Eletrônica Farmacêutica 2011: Moção de Louvor, Aplausos e Congratulações pelos excelentes serviços prestados ao Estado. Assembleia Legislativa – RJ. 2007: Ordem do Mérito Farmacêutico Internacional - Grande Oficial- Conselho Federal de Farmácia. 2006-Diretor Presidente (2006-2007), CRF-RJ. 2005-Diretor de Cursos (2005-2007), Associação Brasileira de Farmacêuticos. Ver mais na Plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/9200969137222017

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