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É uma tarefa, às vezes, inglória quando uma equipe multidisciplinar de profissionais dedicada a resolver um desvio da qualidade e buscar a causa raiz de uma não conformidade, tem de disputar, por exemplo, com as urgências da produção ou com as entregas de acordo com a forte pressão das previsões de vendas. É fato.
Costumo dizer que convivemos atualmente com os “Três P´s” quando tratamos dos problemas. Eu me refiro à “Pressão”, ao “Preconceito” e à “Precipitação”.
“Pressão” para que os profissionais obtenham rapidamente a resposta (a causa raiz) do problema e liberem logo um formulário para resolver a burocracia (mais importante que o problema em si). “Preconceito”, quando a causa é ditada quase de imediato, estabelecida antes de qualquer análise realmente séria, mas à luz de problemas resolvidos no passado, indicando a resposta e pronto! “Precipitação”, em correr com as ações de busca da causa raiz e tomada das medidas.
Diante de tal verdade (as urgências de produção não desaparecerão, nem, muito menos, as pressões das previsões de vendas), não basta a teoria sobre análise e tratamento de não conformidades; não basta ter às mãos as ferramentas da qualidade necessárias. Além da expertise em determinar qual a melhor ferramenta deve ser empregada para cada caso, há uma necessidade de capacitar-se na defesa contra os “Três P´s”.
Faça uma análise de alguns desvios reincidentes e das ações erradamente propostas no passado e você encontrará, no mínimo, um desses “P´s”: Pressão, Preconceito e Precipitação

O trabalho “Os “Três P´s” em Desvios da Qualidade” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
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