Mês: julho 2020

O Veneno no álcool gel

*** *** ***

*** *** ***


O desejo pelo lucro fácil impele a atitudes comerciais que podem provocar danos e mortes aos consumidores… Ou será que que é o desejo de matar que têm pessoas perversas e sem caráter que, além de se regozijarem com o mal que praticam, ainda ganham dinheiro com isso? Onde está a razão de tanta maldade com usuários de produtos colocados à venda?

Há quem possa levantar a hipótese que nem é uma coisa ou outra, visto que a inocente ignorância já fez vítimas no mundo. Verdade, em parte. Um bom exemplo é a história do dietilenoglicol que foi colocado, com a melhor das boas intenções, como solvente em um xarope infantil e acabou provocando a morte de mais de uma dezena de crianças. O químico que elaborou a fórmula acabou sua vida com um suicídio.  O mesmo dietilenoglicol, no entanto, matou muita gente no mundo depois disso e aí com interesses exclusivamente de baixar custos de produção, inclusive em fabricação de xaropes infantis. Ora, convenhamos, não foi por não saber…

Uma substância que também se encaixa como “sagrada” para os imorais, é o metanol. Duvido alguém estimar a número de vítimas provocadas por ele! Historicamente, é o metanol que substitui, de maneira criminosa, o álcool em bebidas alcoólicas, cegando e matando consumidores desavisados. O custo de produção fica menor e as mortes são quase certas.

Agora estamos diante de uma novidade que nos assusta. Segundo o FDA, alguns bandidos estão produzindo desinfetantes para as mãos à base de álcool que contêm metanol! Em outras palavras, aquele frasquinho de álcool gel, quase elevado à condição de “abençoado” pode levar você e aqueles que você ama a um cenário de danos impactantes em sua vida ou, até mesmo, perdê-la.

O aviso da agência americana deixa claro aos consumidores para “não usar certos desinfetantes para as mãos à base de álcool devido à presença perigosa de metanol”. A questão é como os simples mortais poderão identificar a presença do veneno nos frasquinhos, uma vez que a maldade não virá declarada no rótulo. Enquanto isso, nos estados Unidos, testes são realizados para identificar marcas perigosas. Identificadas já estão mais de 75 empresas.

Sofrem não somente os consumidores, mas empresas éticas e íntegras que fabricam o produto com qualidade, pagando impostos e gerando empregos.

E quanto ao velho e bom sabonete? Esse pode ser usado; ele foi e é, sem dúvida, o melhor e mais seguro, quando usado somente com água; nunca com metanol.

Licença Creative Commons
O trabalho “O Veneno no álcool gel” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

Referência: “Atualização do Coronavirus (COVID-19): FDA reitera aviso sobre desinfetantes para as mãos perigosos à base de álcool que contêm metanol e toma medidas adicionais para tratar dos produtos relacionados” – Acesso: 27 de julho de 2020



*** *** ***


Como são tratados os desvios da qualidade?

Como são tratados os desvios da qualidade?

[democracy id=”3″]


*** *** ***

Vídeo exclusivo utilizado em nosssos treinamentos

Veja mais

*** *** ***


*** *** ***

Qualidade em reuniões virtuais


Estamos passando por um momento no qual se multiplicam as reuniões virtuais onde colaboradores de vários níveis estão a discutir e a tomar decisões. Reuniões não são grupos de trabalho onde o tempo de envolvimento de cada membro em exercícios de trocas síncronas e assíncronas é significativamente maior; reuniões devem ser efetivas, conduzidas de forma dinâmica e em tempos menores.


A seguir, para estimular as considerações sobre o tema, disponho as impressões sobre cada aspecto que considerados como relevantes para a boa condução e sucesso das reuniões.

Pauta – As reuniões se iniciam com assuntos principais a serem tratados e, de preferência, com o conhecimento prévio dos envolvidos.

Prazo definido de início e término – As reuniões são atividades de trocas importantes, mas não podem ser confundidas como trabalhos de grupo. Reuniões devem ter um tempo estipulado para ocorrerem.

Moderação adequada – Pessoas com a responsabilidade de conduzir a reunião, estimulando a criatividade, criando cenários de respeito mútuo e assegurando o foco da pauta da reunião.

Secretário – Pessoa destinada a consolidar e registrar os pontos mais importantes tratados, as decisões e os responsáveis por cada ação a ser implementada, entre outras atividades.

Cronometrista – Tem a função exclusiva de auxiliar o moderador  e o secretário, controlando o tempo de início e término da reunião, com a responsabilidade principal e avisar com a antecedência ao moderador sobre o tempo restante para o encerramento.

Participação efetiva – Durante o tempo da ocorrência das reuniões todo o empenho é necessário para impedir interferências externas.

Eleição nominal de responsáveis– nomes bem definidos para execução de cada medida, quando assim se aplicar.


[democracy id=”18″]


*** *** ***

Veja mais

*** *** ***


*** *** ***

Plataformas e picadeiros

Há de haver picadeiros para sensibilizar adultos, pelo lúdico ou…
O valor dos treinamentos corporativos presenciais

*** *** ***


Plataformas e Picadeiros

04/08/2020

Essa quarentena vai passar. Deixaremos de ficar limitados a uma exposição visual estreita e às vozes que não são verdadeiras em suas sonoridades.

Essa quarentena vai passar, deixando aos encontros corporativos virtuais a merecida honraria de ter sido o melhor meio de comunicação (muitas vezes, o único) que nos permitiu nos reunir para tomadas de decisão e até mesmo para treinamentos.

Essa quarentena vai passar, mantendo muitos colaboradores em estado de home office pelas facilidades que o mundo virtual tem a nos oferecer, em termos de atividades colaborativas. E vem muito mais por aí, em termos de facilidades e acessos.

Essa quarentena vai passar e nos mostrar que trabalhar com poucos sentidos não faz sentido para quem almeja o máximo, tanto pessoal como profissional, no mundo corporativo, principalmente.

São cinco os sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar! Lidar com eles, de maneira ampla, é atuar na plenitude. Quanto mais explorarmos os sentidos, maiores serão os poderes de sensibilização… E isso vale muito para os treinamentos corporativos.

Fora das “lives” e dos “zoons”, há de se perceber, com muito mais facilidade, um olhar de dúvida no fundo da sala e provocar o seu surgimento. Depois, a dúvida pertinente de um (que, pelas telas frias, poderia passar desapercebida pelo mestre) se transforma em um esclarecimento geral e importante.

Fora das “lives” e dos “zoons”, há de se notar, com maiores chances, um comportamento não verbal reativo de um líder informal, frente a uma proposição. Depois, provocar e trazer à tona os possíveis questionamentos contrários para vencer as resistências de todos.

Fora das “lives” e dos “zoons”, há de surgir confidências que poderão, amanhã, se apresentar como aspecto a ser debatido em “exercícios de ficção” tratados em dinâmicas de grupo de maneira didática e ética.

Fora das “lives” e dos “zoons”, há de se firmar “contratos humanos” mais firmes e duradouros, através de trabalhos de convencimento verdadeiramente eficazes e imprescindíveis em programas motivacionais e da qualidade.

Fora das “lives” e dos “Zoons”, há de haver picadeiros para sensibilizar adultos, pelo lúdico.

Essa quarentena vai passar. Ficarão, é certo, as excelentes ferrramentas eletrônicas e plataformas virtuais que tanto benefícios nos trouxeram; mas nossa ânsia pelo melhor nos obriga a, assim que possível, fugir do isolamento em nome de algo maior: a qualidade total.

 ***   ***   ***

Nota: Este artigo é especialmente dedicado a uma excelente e reconhecida profissional da área de Recursos Humanos que provocou em mim a centelha inspiradora para o tratamento desse assunto. Bia, Minha Filha, muito obrigado. Teu Pai


Licença Creative Commons
O trabalho “Plataformas e Picadeiros” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

O Circo


Veja mais

*** *** ***


Zoom e Johnson & Johnson como “cases” de gestão da qualidade

*** *** ***

*** *** ***


Não há empresa que possa assegurar a seus consumidores estar totalmente livre de atitudes de má fé. Não faltam bandidos na história que escrevem páginas e páginas no livro universal dos desvios da qualidade com feitos que causaram muitos danos aos usuários de produtos e serviços, alguns deles, inclusive, com mortes.

Estamos, todos nós, vulneráveis aos novos e inesperados ataques de má-fé. Isto é um fato.

Fato também é que a própria história nos mostra posturas de representantes de empresas que salvaram a reputação de companhias, trabalhando com transparência e empregando todos os seus recursos, no sentido de acabar com verdadeiras crises.

A resposta da alta administração às crises que envolvem questões da qualidade é fundamental e isto não se aplica tão somente a atos criminosos, mas a todos os desvios da qualidade os quais as empresas têm de enfrentar.

Um caso emblemático é o da Johnson & Johnson que foi atacada em sua imagem depois que 12 pessoas foram a óbito ao tomarem o famoso Tylenol. O presidente da empresa encabeçou as ações; antes de qualquer mídia e a todo o momento, apresentava declarações sobre o andamento das investigações, abria o caso de maneira transparente para toda a população americana até descobrir a causa das mortes: as cápsulas estavam com cianeto de potássio em seu conteúdo.

Depois da descoberta, a empresa providenciou o recolhimento dos lotes do mercado, ao mesmo tempo em que ajudava a polícia a resolver o caso. Tudo com a presença marcante do presidente da companhia.

A polícia encontrou o bandido. Ele entrava nas farmácias, acessava as prateleiras, abria alguns cartuchos, retirava alguns frascos, escolhia algumas cápsulas, retirava seus conteúdos e os substituía pelo cianeto. Depois, voltava com as cápsulas para os frascos; depois os frascos para os cartuchos e depois os cartuchos de volta para as prateleiras. Ele fez isso em várias farmácias.

Esse caso fez a Johnson & Johnson desenvolver um teste rápido de identificação para cianeto de potássio e provocou o desenvolvimento de uma nova forma farmacêutica que impedia qualquer ataque em cápsulas: aí nasceram as cápsulas gelatinosas.

No final, apesar das mortes, a Johnson & Johnson foi considerada pelo povo americano como uma empresa altamente confiável. Isto, em grande parte, pela atitude de sua alta administração.

O quanto estávamos vulneráveis naquela época, em 1982…

… As embalagens primárias não tinham lacres de segurança, nem os cartuchos!

O caso da Zoom não tem impacto por mortes que tenha causado; isso não aconteceu. O caso da Zoom tem impacto pelo largo universo de usuários em todo o mundo que foi afetado por indivíduos de má-fé que se aproveitaram de falhas de segurança da plataforma de reuniões virtuais.

Esse é o primeiro ponto comum com o caso da Johnson & Johnson: a vulnerabilidade.

Os ataques à plataforma, com casos de acusação de interferências em reuniões e até de venda de credenciais pela deep web abalaram a confiança na Zoom. Muitas empresas particulares e órgãos de governo deixaram de usar a plataforma. De início, a resposta da Zoom foi fraca, com argumentos débeis, o que só criou mais dúvidas ainda quanto à sua segurança.

Certo é que seu presidente logo soube “inverter o jogo” quando decidiu trabalhar com transparência e investir no desenvolvimento de mecanismos e sistemas de segurança que pudessem minimizar possíveis ataques externos e indesejados.

O presidente da companhia se colocou a frente das ações, expôs-se às críticas e dúvidas dos usuários, criou uma data limite para a resolução dos problemas críticos e pôs-se a trabalhar com a sua equipe, no sentido de recuperar a imagem da empresa. Consta que são cerca de 100 novos recursos apresentados pela empresa, depois de 90 dias.

Aí temos três pontos em comum com o caso da Johnson & Johnson: a Intervenção direta do presidente, a verdade com o público e o trabalho na busca das causas raízes.

Embora um caso recente, o caso da Zoom tende a se tornar emblemático como o da Johnson & Johnson.

Assim seja!


Licença Creative Commons
O trabalho “Zoom e Johnson & Johnson como “cases” de gestão da qualidade” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

O Caso Zoom

Saiba mais sobre o caso

Veja mais


*** *** ***

error: Acesso restrito
Pular para o conteúdo