As limitações de conforto do Home Office – Luminosidade, ruídos, temperatura ambiente e umidade relativa.

fev 11, 2021 Carreira, Blog, Qualidade

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Quando as medições são fundamentais para a qualidade do ambiente.

O público e o foco

Este artigo destina-se aos profissionais que trabalham em Home Office e às ações que acreditamos como importantes no sentido de assegurar um conforto ideal em tais ambientes.

O foco está na atitude de, antes de mais nada, estimular um melhor entendimento a respeito do ambiente de trabalho, através de medições de parâmetros importantes.

O Cenário

Com a pandemia, as empresas estimularam uma prática de reuniões corporativas, através de um novo conceito, amplamente aceito por muitos profissionais. Estou me referindo ao Home Office.

Reconheçamos que é uma revolucionária maneira de trabalhar que oferece  benefícios maravilhosos para as empresas e para aqueles do seu quadro que atualmente podem trabalhar de casa.

Os indícios de limitações

Com o passar do tempo, estamos identificando limitações do Home Office que podem afetar a qualidade do trabalho. Pior é que ainda não temos todas as respostas, apesar de alguns ensaios já gerarem alguns resultados positivos.

Até agora, não existem respostas prontas nem verdades absolutas.

Uma excelente cadeira de trabalho, um suporte para o computador, um mousepad de última geração, descanso para os pés, são utilidades comuns entre os utensílios dados pelas empresas aos profissionais de Home Office. Muito justo e necessário.

Luz e Barulho

Os aspectos de Home Office, é certo, exigem mais cuidados. Com relação ao ambiente, o ruído e a luminosidade têm de ser levados em conta, quando pretendemos a plenitude em boas práticas. Sabemos que existem normas brasileiras que determinam o grau adequado de barulho e de luminosidade para cada tipo de atividade, mas será que sabemos o nível de ruído e quanto de lux o profissional recebe enquanto trabalha em casa? Está dentro de uma razoabilidade? Exagero?

Ora, pouca luz, incomoda a muita gente; pouca luz e barulho, incomoda a muito mais.

Na verdade, considerando as atividades de escritório, não conheço muitas empresas que tenham tal preocupação e pratiquem medidas periódicas de verificação. Ao contrário, em fábricas, isso, de certa maneira, chega a ser normal, com o emprego de decibelímetros e luxímetros.

No tocante às medições, existem aplicativos disponíveis para smartfones que podem oferecer uma primeira resposta a ser dada, quanto à luminosidade e ruído. Isso mesmo. Existem aplicativos de decibelímetros e luxímetros que fazem a medição em segundos, gerando uma informação inicial de valor. Creio que podemos aceitar a precisão de tais aplicativos, mesmo que sua exatidão seja questionável. Eu mesmo, já tive de mexer na luminosidade do meu ambiente de trabalho para ajustá-la ao nível correto. Em alguns casos, a colocação de uma simples luminária, pode resolver a questão.

Em escritórios, pelas normas brasileiras, para ler, escrever, teclar e processar dados, a especificação de iluminância é de 500 Lux.

O ruído indesejado pode exigir um esforço maior. Sabemos que não são somente os ossinhos de nosso ouvido que vibram com o som que chega até nós, mas todos os ossos de nosso corpo vibram, em maior ou menor grau, com o som que chega até nós. Um som acima do aceitável para o corpo humano pode se tornar extremamente danoso em função do tempo de exposição. De qualquer forma, é certo que pode afetar a qualidade do trabalho.

Em salas, pelas normas brasileiras, com presença de computadores, podemos dizer que o nível de ruído deve ficar entre 45 a 65 decibéis.

Uma medida que pode ser tomada de imediato, é o uso de tapadores de ouvido. Isso pode facilitar um pouco na qualidade do ambiente e, se utilizado para se ouvir uma boa música, durante o trabalho, melhor ainda. Quanto aos papais e mamães de filhos pequenos, o tapador pode não ser uma boa ideia, a não ser que tenham a facilidade de fazer rodízio ou tenham cuidadores. Em época de pandemia, com creches abrindo e fechando, os pais têm de exercer suas atividades sendo afetados pela política de calamidade na qual estamos.

Temperatura ambiente e a umidade relativa

Como já escrito, o primeiro passo é medir. Existem termo-higrômetros digitais que podem ser adquiridos até com a devida certificação, mas, de pronto, disponíveis no mercado podemos encontrar aparelhos que indicam horas, data em dia e mês, dia da semana, alarme, temperatura ambiente e umidade relativa. Alguns podem ser utilizados como parte da decoração do escritório.

Podemos encontrar informações diferentes a respeito, dependendo da fonte de consulta, mas pelas normas brasileiras, o nível de conforto está em 20 a 23°C e 40% de umidade relativa.

Em ambientes fechados, o aparelho de ar-condicionado coloca a temperatura em um patamar certo, mas pode impactar na qualidade da umidade relativa do ambiente. O emprego de um umidificador pode ser útil.

O próximo passo

Depois das medições em seu Home Office, o passo seguinte é adequá-lo às condições ideais considerando seus recursos financeiros, o quanto você pretende investir e quanto de apoio ou patrocínio você pode contar. A visão de um arquiteto pode ser muito útil.

Ainda temos muitas limitações, quando nos referimos ao Home Office, de uma maneira geral, de forma abrangente. Temos de tratar este assunto, visto que Home Office é caminho sem volta e por ser caminho, porque não o trilharmos de maneira confortável?

Assim seja!


Licença Creative Commons
“limitações de conforto do Home Office – Luminosidade, ruídos, temperatura ambiente e umidade relativa” – Quando as medições são fundamentais para a qualidade do ambiente” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

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Por Santarem

• Diretor da Santarem - Qualidade em Consultorias • Escritor, Palestrante, Farmacêutico, Tarólogo, e Terapeuta Floral • Profissional com mais de 30 anos de experiência com atuação de comando em controle de qualidade, produção, garantia da qualidade, treinamento, engenharia e logística, em cargos de liderança como de gerência e diretoria. • Farmacêutico Bioquímico com habilitação em indústria e análise de alimentos e indústria farmacêutica * CRF-RJ: 3351 • MBA em Pós-graduação Latu Sensu MBA Gestão da Qualidade pela FGV - Rio de Janeiro. • Professor de pós-graduação do Módulo Gestão da Qualidade no Instituto Hahnemanniano do Brasil. • Autor dos livros “Reino dos Sensos”, “Eu mereço um dia com boas práticas”, "Sensos da Qualidade - E o segredo da sobrevivência e do Sucesso", "A Odisseia de um pequeno ato de inclusão" e “Autora, a foca albina – Uma história que trata sobre pertencimento” • Especializações: Gestão da Qualidade; Boas Práticas, ISO Lead Auditor, Ouvidoria e Perito Judicial. • Tarólogo com mais de 40 anos de experiência. • Terapeuta floral com especialização registrada no Conselho Regional de Farmácia – CRF-RJ. • Principais Prêmios e Títulos 2013: Prêmio Excelência Profissional “Levy Gomes Ferreira” em Mídia Eletrônica Farmacêutica 2011: Moção de Louvor, Aplausos e Congratulações pelos excelentes serviços prestados ao Estado. Assembleia Legislativa – RJ. 2007: Ordem do Mérito Farmacêutico Internacional - Grande Oficial- Conselho Federal de Farmácia. 2006-Diretor Presidente (2006-2007), CRF-RJ. 2005-Diretor de Cursos (2005-2007), Associação Brasileira de Farmacêuticos. Ver mais na Plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/9200969137222017

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