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26/06/2021
A consciência coletiva é determinante na construção de ambientes. Podem ser aqueles comuns de nossa convivência e trânsito ou aqueles nos quais exercemos nossas atividades laborais.
Os primeiros, incluem nossos lares, parques, jardins, estádios, academias, escolas e conduções como trens, automóveis e ônibus. Esses ambientes de nossa convivência e trânsito incluem também os ambientes virtuais como páginas da internet, e-mails, grupos sociais, entre outros.
Quanto aqueles ambientes nos quais exercemos nossas atividades laborais, podem ser os escritórios, as indústrias de bebidas, de cosméticos, de medicamentos e outras. Pode ser a carrocinha de cachorro-quente na porta de um local de evento esportivo, por exemplo.
Em qualquer desses ambientes, existem riscos que podem causar danos e prejuízos, caso atitudes individuais sejam incompatíveis com as normas básicas de segurança do patrimônio e também de segurança à saúde e vida das pessoas. O descumprimento das normas pode ocorrer por ignorância, despreparo ou até mesmo por desrespeito e má-fé.
Em qualquer desses ambientes existe um risco comum conhecido como “vírus”. O termo “vírus” se aplica para aqueles perversos compostos de ácido nucleico ou seus primos, compostos de bites. Certo é que podem causar grandes estragos se contarem com a cumplicidade de humanos ignorantes, despreparados ou maldosos.
Eu poderia dizer que, para aqueles que não são profissionais da saúde, fica mais difícil falar sobre bactérias e vírus, uma vez que são “bichinhos” invisíveis a olho nu. Seria uma inverdade, visto que o assunto nunca esteve restrito aos bancos das faculdades. Da mesma forma, falar atualmente, de vírus de computador e ataques cibernéticos para uma criança é um assunto que ela pode dominar mais do que alguns adultos. Ambos os tipos de vírus que trato neste artigo são conhecidos por jovens que tiveram a oportunidade de ter uma razoável educação de segundo-grau.
Eu poderia dizer que o desprezo a este tema se restringe àqueles que estão nos níveis hierárquicos mais baixos das companhias ou até mesmo na pirâmide de Maslow. Isso seria outra inverdade, uma vez que na minha vida profissional já tive notícias de profissionais de liderança descumprindo normas e facilitando, com suas atitudes, possíveis propagações de vírus ou trabalhando com softwares piratas. O pior é que, de suas posições, emana o mau exemplo.
Assim, volto para o primeiro parágrafo e reforço a importância da consciência coletiva, certo de que eventualmente teremos indivíduos que não cumprirão normas. Será a consciência coletiva que determinará a melhor das medidas, quando isso acontecer. Com isso, aquele vendedor de cachorro-quente terá de entender que o uso da luva descartável é importante, mesmo que compulsório não fosse; aquele manipulador de alimentos ou operador de uma máquina de comprimidos terá de usar máscara descartável de maneira voluntária, mesmo que compulsória não fosse!
A consciência coletiva conhecedora do assunto saberá tratar os desrespeitosos. Sempre com tolerância, investindo em campanhas de esclarecimento, investindo nos melhores treinamentos e aumentando as oportunidades de aprendizado. Sempre com tolerância… Espero eu que em nome dos consumidores, dos acionistas e da coletividade, nunca com permissividade.
“O Vírus, o Senso do Aprendizado e a consciência coletiva” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
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