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#chegaderecall

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Alguns segmentos de mercado atuam seriamente em operações de recolhimento voluntário de mercado, quando se constata uma não conformidade em seus produtos já disponibilizados para a venda e até mesmo já nas mãos de seus clientes e consumidores. Quando uma empresa faz um recall voluntário, a primeira projeção de sua imagem é de uma empresa séria em questão da qualidade. No entanto, quando muitos recolhimentos são realizados por uma empresa, outra projeção começa a aparecer e pode nos fazer imaginar que os cuidados com os aspectos da qualidade deixam a desejar.

A impressão que pode marcar a reputação de empresas assim é que o trato com as operações e com os controles de produção estão longe das boas práticas sendo mais importante colocar o produto nas prateleiras do que garantir sua qualidade.

Há quem diga que a frase “Até o momento não tivemos nenhuma notificação de nossos clientes”, na verdade soa como “até o momento não recebemos nenhuma notícia ruim causada pelo nosso produto” ou “até o momento, se alguém morreu não veio reclamar” e por aí podemos ir com frases que escolhi, não para brincar com um problema tão sério, nem para menosprezar o empenho das empresas, mas para reforçar que o recall não pode ser uma prática rotineira e assim ele está sendo em muitos segmentos. Refiro-me, principalmente, ao segmento automobilístico, mas sabemos que não é o único.

É evidente que, em alguns casos de recolhimento, o mal que pode causar danos ao consumidor não tinha como ser verificado na época da produção e da venda. Temos casos assim na história recente e atual da qualidade. Vemos isto, por exemplo, no segmento farmacêutico e o recolhimento, depois de novos estudos realizados por especialistas, é uma chance de evitar o mal maior.

Temos de investir nos estudos das operações nas quais nossos produtos estão envolvidos; temos de trabalhar muito a visão do contrafactual ainda (e não somente) na fase de desenvolvimento de produtos; temos de ter ambientes nos quais os nossos colaboradores possam alertar sobre os possíveis desvios sem medo de represálias de seus superiores, temos de capacitar equipes em análise e tratamento efetivo de não conformidades, entre outras tantas ações, antes que a próxima unidade do próximo lote chegue ao consumidor.

Em outras palavras, com todo respeito às medidas de recolhimento, chega de recall!

Licença Creative Commons
“#chegadereall” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

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Por Santarem

• Diretor da Santarem - Qualidade em Consultorias • Escritor, Palestrante, Farmacêutico, Tarólogo, e Terapeuta Floral • Profissional com mais de 30 anos de experiência com atuação de comando em controle de qualidade, produção, garantia da qualidade, treinamento, engenharia e logística, em cargos de liderança como de gerência e diretoria. • Farmacêutico Bioquímico com habilitação em indústria e análise de alimentos e indústria farmacêutica * CRF-RJ: 3351 • MBA em Pós-graduação Latu Sensu MBA Gestão da Qualidade pela FGV - Rio de Janeiro. • Professor de pós-graduação do Módulo Gestão da Qualidade no Instituto Hahnemanniano do Brasil. • Autor dos livros “Reino dos Sensos”, “Eu mereço um dia com boas práticas”, "Sensos da Qualidade - E o segredo da sobrevivência e do Sucesso", "A Odisseia de um pequeno ato de inclusão" e “Autora, a foca albina – Uma história que trata sobre pertencimento” • Especializações: Gestão da Qualidade; Boas Práticas, ISO Lead Auditor, Ouvidoria e Perito Judicial. • Tarólogo com mais de 40 anos de experiência. • Terapeuta floral com especialização registrada no Conselho Regional de Farmácia – CRF-RJ. • Principais Prêmios e Títulos 2013: Prêmio Excelência Profissional “Levy Gomes Ferreira” em Mídia Eletrônica Farmacêutica 2011: Moção de Louvor, Aplausos e Congratulações pelos excelentes serviços prestados ao Estado. Assembleia Legislativa – RJ. 2007: Ordem do Mérito Farmacêutico Internacional - Grande Oficial- Conselho Federal de Farmácia. 2006-Diretor Presidente (2006-2007), CRF-RJ. 2005-Diretor de Cursos (2005-2007), Associação Brasileira de Farmacêuticos. Ver mais na Plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/9200969137222017

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