Esta frase, de minha lavra, me veio à cabeça depois de um anúncio de não conformidade encontrada em um alimento industrializado e consumido por americanos (“Crumbles de Lentilha Francesa + Alho-poró”). A bem da verdade, antes, me veio à cabeça aquela frase de Hipócrates que tanta sabedoria reúne em poucas palavras e de tamanha importância para os profissionais da saúde; dizia ele: “Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio”.
O evento ocorreu no ano de 2022 com relatos chocantes. “Alguns dos pacientes tiveram insuficiência hepática e pelo menos 25 tiveram que remover a vesícula biliar. A FDA está trabalhando em esforços de rastreamento e começou a inspeção no local e testes de produtos. Alguns testes revelaram que a farinha de tara é um ingrediente exclusivo do produto Daily Harvest e pode estar relacionado às doenças.”
O aviso do FDA ocorreu em 23 de junho de 2022. Nele, a notícia de que a empresa recebeu “aproximadamente 470 notificações de doenças ou reações adversas”.
Mais do que o evento em si, apesar da sua gravidade, temos de enxergar o cenário das operações industriais, dos ambientes nos quais elas ocorrem e na capacitação de colaboradores em boas práticas de fabricação. Isto porque, neste exato momento, uma nova contaminação pode estar ocorrendo em um alimento, medicamento ou qualquer outro produto para uso humano ou animal. Um desvio da qualidade assim, aconteceu ontem, acontece hoje e vai acontecer amanhã, não por uma fatalidade, mas por falta de boas práticas.
Vale destacar que não estamos livres das ocorrências de desvios; sabemos que os riscos são muitos e as possibilidades de causar danos, ao invés de benefícios, não são pequenas. Daí, investir na formação de equipes preparadas para analisar e tratar desvios, investir em treinamentos de pessoal em boas práticas e investir nas práticas de auditorias internas é uma medida de excelência que não devemos abrir mão.
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28/92022