Mais um caso do “Xarope assassino” matando criancinhas?

No xarope, Dietilenoglicol, de novo, servindo para matar inocentes – Um caso reincidente de más práticas nos exige uma reflexão a respeito do que estamos permitindo chegar ao público consumidor em todos os cantos do mundo.

Caso 1937

Em 1937, o emprego de dietilenoglicol em um xarope provocou a morte de muitas pessoas, nos Estados Unidos. O seu emprego, na época, foi com o intuito de baixar o custo do produto. De lá para cá, muitas foram as vezes que o dietilenoglicol foi usado propositadamente em países da Ásia e África, causando muitas mortes.


Caso 2008

Um caso emblemático aconteceu em 2008 na Nigéria, quando mais de 80 crianças morreram após a ingestão de xarope “My Pikin”. Análises da época mostravam que o xarope tinha mais de 80% do veneno (dietilenoglicol). Em todos esses casos, não foi uma fatalidade. O dietilenoglicol foi propositadamente inserido na formulação! No caso do “My Pikin”, cuja tradução é “Meu Pequenino”, duas pessoas foram presas.


Caso 2022

Agora, em 2022, chega-nos a notícia de que mais xaropes infantis podem estar sendo produzidos e comercializados com a mesma substância em um ato que, se comprovado, é criminoso. A mídia levanta a hipótese de mais de 90 mortes. A OMS já emitiu alerta e o fabricante é uma empresa indiana que, inclusive, exporta o produto!

A Indonésia já proibiu a venda do xarope no país.


Um vídeo meu, muito conhecido sobre problemas com medicamentos (de título “Desvios Históricos”), apesar de antigo, ainda é exibido em treinamentos em muitas empresas (disponibilizei o vídeo para download gratuito no passado). Naquele vídeo, eu tratava do caso de 1937. Um outro vídeo (de título “Não aprendemos com os nossos erros”) que apresento em treinamentos de Boas Práticas, retrato reincidências e, entre os casos, apresento o caso de 2008. Agora, em 2022, se um novo vídeo eu fizesse, qual nome poderia ser dado ao filme?

Caso se confirme a presença do veneno no medicamento e assim fique evidenciada a “causa mortis”, que título poderia eu dar a um vídeo que trate de desvios?

Estou pensando em “O Inominável – O retorno”. Diante de tantos casos, talvez o melhor seja fazer uma série e lançar em uma plataforma de streaming. Ainda não imagino o final, mas é possível que, entre os culpados, possamos encontrar alguns no próprio espelho, pela permissividade… Isso não pode mais se repetir!

#squalidade #qualidadetotal #boaspráticas #emnomedaética #faltousenso #dietilenoglicol – 20/10/2022


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Por Santarem

• Diretor da Santarem - Qualidade em Consultorias • Escritor, Palestrante, Farmacêutico, Tarólogo, e Terapeuta Floral • Profissional com mais de 30 anos de experiência com atuação de comando em controle de qualidade, produção, garantia da qualidade, treinamento, engenharia e logística, em cargos de liderança como de gerência e diretoria. • Farmacêutico Bioquímico com habilitação em indústria e análise de alimentos e indústria farmacêutica * CRF-RJ: 3351 • MBA em Pós-graduação Latu Sensu MBA Gestão da Qualidade pela FGV - Rio de Janeiro. • Professor de pós-graduação do Módulo Gestão da Qualidade no Instituto Hahnemanniano do Brasil. • Autor dos livros “Reino dos Sensos”, “Eu mereço um dia com boas práticas”, "Sensos da Qualidade - E o segredo da sobrevivência e do Sucesso", "A Odisseia de um pequeno ato de inclusão" e “Autora, a foca albina – Uma história que trata sobre pertencimento” • Especializações: Gestão da Qualidade; Boas Práticas, ISO Lead Auditor, Ouvidoria e Perito Judicial. • Tarólogo com mais de 40 anos de experiência. • Terapeuta floral com especialização registrada no Conselho Regional de Farmácia – CRF-RJ. • Principais Prêmios e Títulos 2013: Prêmio Excelência Profissional “Levy Gomes Ferreira” em Mídia Eletrônica Farmacêutica 2011: Moção de Louvor, Aplausos e Congratulações pelos excelentes serviços prestados ao Estado. Assembleia Legislativa – RJ. 2007: Ordem do Mérito Farmacêutico Internacional - Grande Oficial- Conselho Federal de Farmácia. 2006-Diretor Presidente (2006-2007), CRF-RJ. 2005-Diretor de Cursos (2005-2007), Associação Brasileira de Farmacêuticos. Ver mais na Plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/9200969137222017

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