Nossas crianças comendo “chumbo”!
O FDA constatou a presença de chumbo em alimentos industrializados. Isso no mercado americano.
Em crianças, o mal que esse metal causa é ainda maior, uma vez que elas são mais suscetíveis à sua toxicidade.
O órgão regulador americano encontrou o chumbo em sachês de purê de frutas, em frascos de compota de maçã em supermercados diferentes. Vendas pela internet também.
A recomendação é não comprar os produtos, verificar se os têm dentro de casa (uma vez que são produtos com prazos altos de validade) e descartá-los com cuidados especiais.
Ainda se desconhece o ponto de contaminação e a causa raiz de tal não conformidade.
Uma verdade desalentadora é que não existe nenhuma forma de tratamento que reverta o mal já ocorrido e o chumbo se manterá no organismo da vítima.
Outra verdade é que o chumbo não é o único metal já encontrado em alimentos, entre eles os de comida para bebês. Há casos relatados de mercúrio, arsênico e cádmio. Acredita-se que tais toxinas possam provocar casos de distúrbios de neurodesenvolvimento.
O nível de criticidade da não conformidade é indiscutível e a causa raiz tem de ser investigada não somente pelo pessoal do FDA, mas pelos especialistas das empresas geradoras do mal.
Esse caso nos estimula a fazer o exercício do contrafactual em nossos processos industriais e tentar vislumbrar a hipótese de ocorrência de um evento semelhante em nossos produtos. Esse tem de ser o primeiro passo em análise e tratamento de desvios da qualidade: antes de seu nascimento.
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Texto: Carlos Santarem