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O Mito do Brainstorming – “Ele não funciona”

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Há quem pense que pode fazer tudo com apenas uma só ferramenta! Fracassando, diz que é a ferramenta que não serve.

Você não monta um armário com apenas uma ferramenta; não constrói castelos apenas com um malho e um cinzel.

É a escolha das ferramentas certas que montarão um conjunto correto para gerar ideias e identificar as causas raízes! O Brainstorming é uma delas.

São muitas as ferramentas da qualidade que costumamos empregar em solução de problemas e o Brainstorming é uma delas, realmente, consagrada em todo o mundo corporativo.

Alguns articulistas têm matérias publicadas sobre a ineficácia do método de brainstorming e baseiam-se em estudos que tentam mostrar que a técnica não contribui para a criação de novas ideias e para a solução de problemas. Esse assunto a respeito da ineficácia do brainstorming vem sendo tratado e debatido há muito tempo, inclusive à luz de alguns experimentos oriundos do mundo acadêmico.

A consciência de equipe é importante

Um dos argumentos daqueles que criticam o método é que ideias criativas, necessariamente, não são, exclusivamente, obtidas em grupo. Indivíduos isolados em seus espaços exclusivos de trabalho podem ter ideias tão ou mais fantásticas do que se estivessem em grupos. É uma verdade. Foi assim com muitos cientistas famosos. Em condições de isolamento, muitas descobertas incríveis aconteceram!

Temos aí, no entanto, um descuido de amador, quando vemos a técnica de brainstorming, simplesmente, como um trabalho grupal gerador de ideias, na maioria delas sem importância. Aí reside uma visão deturpada do método.

Uma reunião de brainstorming, antes de qualquer coisa, reúne pessoas em volta de um objetivo comum, o que dá a todos os envolvidos, ao mesmo tempo, um cenário de uma situação importante a ser trabalhada por um corpo de profissionais, bem como a projeção de que cada membro é componente de uma equipe especial criada pelo brainstorming.

Quando falamos em gerar boas ideias de vendas ou quando estamos a tentar identificar uma possível causa raiz de determinada não conformidade, podemos deixar a tarefa para apenas um “Mago” da questão ou a entregamos para um grupo dedicado a ela. A segunda opção, trabalhada de maneira correta, historicamente já se mostrou realmente eficaz, além de propiciar o fortalecimento de times.

A geração de centelhas é um dos benefícios

Para profissionais que já tiveram a oportunidade de participar de processos de brainstorming bem conduzidos, não é difícil identificar situações passadas nas quais uma ideia considerada com pouca importância, ditada por um, pode ter provocado a geração de uma ideia maravilhosa, ditada por outro. Isso mesmo! Como uma centelha que estimulou uma nova ideia!

Convenhamos… obter essa ajuda involuntária de terceiros quando se está à sós é impossível!

O Mago, por vezes, só atrapalha

Apesar dos meus mais de “trinta anos de estrada” tenho de ter a humildade de entender que um vício perigoso em exercícios de análise e resolução de problemas pode estar exatamente nas experiências e nos sucessos do passado para resolver as questões do presente. Em outras palavras, aquele “Mago” que aconselha você a resolver, em cima da sua vasta experiência, talvez não seja o seu melhor amigo nessas horas.

Poder contar com o inconformismo e a criatividade de outros profissionais, alguns mais jovens, em grupos de brainstorming, é poder contar com novas e muitas vezes, melhores ideias!

Alguns falarão de mais, outros de menos e outros nem falarão

Muitos críticos do brainstorming contam seus fracassos vividos em grupos que pouca ou nenhuma contribuição foi obtida.

Será assim em qualquer atividade na sua empresa, quando tratamos de envolvimento, compromisso e empenho, caso se espere, de maneira passiva e sem a técnica necessária, os resultados caindo do céu.

Assim, bem conduzidos, sob uma liderança que conheça a metodologia, os grupos em brainstorming geram excelentes resultados. Vale dizer que cada caso é um caso, e que para cada caso, existe um tipo de brainstorming diferente a ser empregado. Cabe ao líder escolher a metodologia e o melhor tipo.

Colocando a questão de outro modo e usando a simples e modesta ferramenta conhecida como “chave de fenda”. Ora, primeiro temos de identificar a oportunidade certa de usá-la, ou melhor, o momento de usá-la; depois, temos de saber qual o tipo de chave temos de empregar. Depois, temos de saber usá-la!  Só a chave de fenda, por exemplo, nos oferece uma enorme variedade para usos dos mais diversos. São vários tipos! Temos a tradicional, a Phillips, a Torx, a Pozidriv, a Allen ou Hexagonal e vai por aí a fora!

É possível que você ouça ou leia que a ferramenta é ruim e descobre que seu uso foi incorreto ou descobre que o tipo de ferramenta usado não se aplicaria ao caso. Isso pode acontecer também com o brainstorming.

Como tipos de brainstorming, podemos empregar o estruturado, o não estruturado, o reverso e o silencioso onde até mesmo os colaboradores mais tímidos poderão oferecer ótimas ideias, sem qualquer cerceamento.

Parecem reuniões intermináveis de happy hour

A falta de um coordenador experiente na ferramenta que saiba motivar, mas saiba também conduzir o grupo pode, mesmo, transformar o brainstorming em um agradável e ineficaz encontro. Como as reuniões corporativas de maneira geral, quando não são conduzidas de maneira adequada, qualquer trabalho de grupo pode acabar em fracasso.

Então, não será difícil identificar entre aquelas pessoas que criticam o Brainstorming com aquelas outras que não sabem, na prática, conduzir qualquer tipo de grupo de trabalho.

O tempo bem estipulado de início e término da atividade é importante, mas o tempo de duração de um brainstorming é fator crítico de sucesso da ferramenta.

Como uma chave de fenda, usado por um tempo inferior ao necessário, não vai funcionar; usado por um tempo acima do necessário vai dar errado, na certa.


O que assegura que a ferramenta é boa, é a cabeça de quem a escolheu e a  mão de quem a domina; e isso também vale para o Brainstorming.


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Zoom e Johnson & Johnson como “cases” de gestão da qualidade

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Não há empresa que possa assegurar a seus consumidores estar totalmente livre de atitudes de má fé. Não faltam bandidos na história que escrevem páginas e páginas no livro universal dos desvios da qualidade com feitos que causaram muitos danos aos usuários de produtos e serviços, alguns deles, inclusive, com mortes.

Estamos, todos nós, vulneráveis aos novos e inesperados ataques de má-fé. Isto é um fato.

Fato também é que a própria história nos mostra posturas de representantes de empresas que salvaram a reputação de companhias, trabalhando com transparência e empregando todos os seus recursos, no sentido de acabar com verdadeiras crises.

A resposta da alta administração às crises que envolvem questões da qualidade é fundamental e isto não se aplica tão somente a atos criminosos, mas a todos os desvios da qualidade os quais as empresas têm de enfrentar.

Um caso emblemático é o da Johnson & Johnson que foi atacada em sua imagem depois que 12 pessoas foram a óbito ao tomarem o famoso Tylenol. O presidente da empresa encabeçou as ações; antes de qualquer mídia e a todo o momento, apresentava declarações sobre o andamento das investigações, abria o caso de maneira transparente para toda a população americana até descobrir a causa das mortes: as cápsulas estavam com cianeto de potássio em seu conteúdo.

Depois da descoberta, a empresa providenciou o recolhimento dos lotes do mercado, ao mesmo tempo em que ajudava a polícia a resolver o caso. Tudo com a presença marcante do presidente da companhia.

A polícia encontrou o bandido. Ele entrava nas farmácias, acessava as prateleiras, abria alguns cartuchos, retirava alguns frascos, escolhia algumas cápsulas, retirava seus conteúdos e os substituía pelo cianeto. Depois, voltava com as cápsulas para os frascos; depois os frascos para os cartuchos e depois os cartuchos de volta para as prateleiras. Ele fez isso em várias farmácias.

Esse caso fez a Johnson & Johnson desenvolver um teste rápido de identificação para cianeto de potássio e provocou o desenvolvimento de uma nova forma farmacêutica que impedia qualquer ataque em cápsulas: aí nasceram as cápsulas gelatinosas.

No final, apesar das mortes, a Johnson & Johnson foi considerada pelo povo americano como uma empresa altamente confiável. Isto, em grande parte, pela atitude de sua alta administração.

O quanto estávamos vulneráveis naquela época, em 1982…

… As embalagens primárias não tinham lacres de segurança, nem os cartuchos!

O caso da Zoom não tem impacto por mortes que tenha causado; isso não aconteceu. O caso da Zoom tem impacto pelo largo universo de usuários em todo o mundo que foi afetado por indivíduos de má-fé que se aproveitaram de falhas de segurança da plataforma de reuniões virtuais.

Esse é o primeiro ponto comum com o caso da Johnson & Johnson: a vulnerabilidade.

Os ataques à plataforma, com casos de acusação de interferências em reuniões e até de venda de credenciais pela deep web abalaram a confiança na Zoom. Muitas empresas particulares e órgãos de governo deixaram de usar a plataforma. De início, a resposta da Zoom foi fraca, com argumentos débeis, o que só criou mais dúvidas ainda quanto à sua segurança.

Certo é que seu presidente logo soube “inverter o jogo” quando decidiu trabalhar com transparência e investir no desenvolvimento de mecanismos e sistemas de segurança que pudessem minimizar possíveis ataques externos e indesejados.

O presidente da companhia se colocou a frente das ações, expôs-se às críticas e dúvidas dos usuários, criou uma data limite para a resolução dos problemas críticos e pôs-se a trabalhar com a sua equipe, no sentido de recuperar a imagem da empresa. Consta que são cerca de 100 novos recursos apresentados pela empresa, depois de 90 dias.

Aí temos três pontos em comum com o caso da Johnson & Johnson: a Intervenção direta do presidente, a verdade com o público e o trabalho na busca das causas raízes.

Embora um caso recente, o caso da Zoom tende a se tornar emblemático como o da Johnson & Johnson.

Assim seja!


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O Caso Zoom

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A arte de pescar e a andragogia

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A arte de pescar e a andragogia

A arte de motivar os adultos pode ser comparada ao exercício da pescaria. Quando nos referimos então aos treinamentos corporativos, esta pescaria pode ser medida pelo conteúdo da cesta do “pescador” após terminada sua tarefa. Estarão dentro da cesta, aqueles colaboradores entusiasmados e comprometidos a colocar em suas rotinas o que foi apresentado, discutido e experimentado nos treinamentos. Estarão fora da cesta, nadando no oceano, aqueles que não foram “fisgados” …

Todo o pescador experiente sabe muito bem que para cada espécie de peixe ele terá de usar técnicas diferentes para obter sucesso; e o seu sucesso é sua cesta repleta. Assim, em alguns casos, terá de usar redes e em outros casos terá de usar caniços especiais com carretilhas, molinetes e iscas apropriadas.

Assim é o treinamento com adultos. Daí o fato de alguns treinamentos corporativos, embora bem elaborados, se mostrarem com resultados aquém das expectativas.

Investir em apenas uma ou duas técnicas de aprendizado, sem considerar todo o universo de possibilidades apenas fará com que a sua cesta tenha um número limitado de “peixes” e talvez, de uma ou duas espécies. Trabalhar com novas técnicas, utilizar outros tipos de “iscas”, junto com as técnicas já empregadas, poderá surpreender você com novas espécies capturadas e enchendo a sua cesta.

É hora de repensar nossas pescarias.


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#squalidade #andragogia #andragogiacorporativa #gestãodepessoas #liderança #aprendizado #motivação #treinamento

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A Ética na Rede

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Nossos códigos e leis nos deixam de maneira clara a obrigatoriedade de sermos éticos a qualquer hora e em qualquer lugar, se assim desejarmos conviver entre indivíduos da sociedade que aprovou tais códigos e leis. Outros indivíduos, componentes de outros grupos de sociedades diferentes da nossa, poderão viver éticas diferentes, ter códigos e leis que contrariem até mesmo a moralidade da sociedade a qual vivemos, mas terão tais sociedades, invariavelmente, duas coisas em comum: a cobrança da ética a qualquer hora e em qualquer lugar e a aplicação de penalidades quando se infringe seu código.  Mas podemos ter éticas diferentes? 

Sim, não só podemos como elas existem na sua essência; aí sim, dependendo do lugar ou do tempo. É sabido, por exemplo, que atualmente em determinadas regiões do nosso planeta, uma mulher pode ter – dentro da ética e da legalidade – mais de um marido. A recíproca também é verdadeira. Também sabemos que, até pouco tempo atrás, pelo código brasileiro estabelecido, se um casal de marido e mulher distraidamente se beijasse em uma praça pública estaria infringindo o código nacional (!!).

Quando tratamos de grupos e sociedades diferentes, podemos sim, enxergar éticas diferentes, moralidades diferentes, códigos diferentes, leis diferentes. Ao mesmo tempo, com esta certeza, é verdadeiro reconhecer que temos de respeitar a ética, a moralidade, o código e as leis do grupo que resolvemos participar e nos acolheu como um dos seus membros

Um simples exercício deixa isto muito claro. Queiramos ou não, é fato que as quadrilhas de bandidos e canalhas tem seus códigos bem estabelecidos e suas penalidades bem determinadas. Em outras palavras, nenhum grupo que se propõe ser organizado pode prescindir de ética, moral e leis…

Agora, nos tempos de hoje, temos de ser éticos, em qualquer hora, em qualquer lugar e em todos os “não lugares” nos quais estamos presentes, não fisicamente, mas apenas de maneira virtual! Em outras palavras, temos de nos expressar eticamente através das redes sociais que enviam nossas mensagens de maneira codificada. Assim, temos de cuidar de colocar nossas inserções de maneira correta à luz de nossos códigos.

Hoje vale uma reflexão sobre esta questão. O primeiro ponto é: em nenhum momento deixemos de nos expressar, colocar nossos pontos de vista, nossas ideias, visto que somos – todos nós – dotados de um conhecimento que pode e deve ser compartilhado, não para ser adotado como verdade absoluta, mas para ser compartilhado e dele, se assim for, ser extraído o melhor.

O segundo, fazê-lo com responsabilidade, uma vez que o verbo e a palavra podem ir mais longe e mais rápido do que uma bala. Verbo e palavras erradas causaram – e ainda causam –  um mal muito maior do que muita munição. Quantas vezes, uma caneta nas mãos do Mal, ao assinar um decreto, pode matar mais do que cem metralhadoras? Muitas vezes…

… Canetas existem indóceis por aí, pelo mundo, tentando descobrir novas maneiras de calar as redes sociais.

Ao cuidarmos de nossas comunicações nos “não lugares”, como assim são conhecidos os ambientes de rede sociais, temos de estar fundamentados não somente em verdades (até porque, para alguns, sempre existe mais de uma), mas em fatos. E contra fatos não há argumentos.

Quando nos referimos às inserções na rede, todo este cuidado em nada se diferencia com aquele do silvícola que utilizava sinais de fumaça para enviar suas mensagens através de códigos próprios para outros indivíduos distantes. Tinha ele de seguir a moral do seu grupo para enviar as mensagens. A diferença reside no fato de que, ao contrário dos sinais de fumaça, nossas mensagens pela rede têm uma velocidade maior, atingem um número infinitamente maior de indivíduos e, ao invés da fumaça, ficam registradas para sempre na rede, mesmo que muita gente ao “apagar” pense que não.

A ética na rede, no entanto, não se restringe ao que se insere, curte ou compartilha, mas também como o indivíduo se comporta dentro da rede. Este tópico, no entanto, é assunto para depois…


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Desmistificando a Integridade de dados- Parte II – Metadados? Pergunta para a sua mãe!

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01/01/2019

Um grande perigo no qual podemos colocar nossos colaboradores é mergulharmos, quase todos eles, no pântano de certas (e “novas”) terminologias técnicas e corporativas, sem o cuidado de uma explicação clara e simples de cada um desses termos. Chafurdando entre “inovações” do idioma, os funcionários podem criar resistências naturais não somente aos termos, mas – o que é pior – reagirem a qualquer abertura para seu entendimento e emprego em sua rotina.

Em muitas empresas termos novos de comunicação criam verdadeiros dialetos corporativos, somente falados e entendidos em “ilhas” de profissionais que dominam palavras que os mortais comuns não conhecem e até têm medo quando são proferidas, como se fossem extraídas de um ritual no qual somente os iniciados a elas tiveram o acesso do conhecimento. São termos em outros idiomas, principalmente. Aí estão os termos como “Budget”, “CEO”, “Coaching”, “Deadline”, “Expertise”. Poderia caminhar letra por letra de nosso alfabeto, mas escolho para terminar as minhas preferidas da letra “f”, “Feedback” e “Follow up”.

A vastidão de vocábulos no idioma de Camões e de Pessoa, também oferece uma enorme possibilidade de uso de “termos complicados”, os quais, apesar de muito bem definirem as coisas, deixam os menos letrados a ver navios. Quer exemplo? O termo “Acurácia” dá pano para mangas…

Não devemos banir os termos consagrados ou em moda, até porque eles têm sua função; entretanto, temos de desmistificá-los, em nome do melhor dos entendimentos e da integridade de dados….

Agora, com as questões de integridade de dados colocando foco em sistemas computadorizados, alguns termos novos no segmento se apresentam e impressionam o pessoal atuante em nossas fábricas. Termos nunca antes utilizados que parecem tratar de coisas novas e de difícil entendimento e emprego em suas rotinas. Um bom exemplo é o termo “Metadados”.

Desmistifiquemos…

Em meus treinamentos em empresas, eu escolho uma colaboradora que tenha filhos e provoco um exercício: “Imagine a situação na qual o(a) filho(a) pré-adolescente chega para a mãe avisando que vai sair com um grupo do colégio e vai passar o final de semana fora”. Depois, pergunto: A mãe se contenta com esta informação e libera a diversão ou será que ela exige mais dados que complementem a informação tornando-a plena, antes da sua aprovação, ou não? Fica evidente que falta informação. Faltam o “quem”, o “onde”, o “por quê” e outros tantos dados que se fazem necessários para a avaliação exata.

Daí para frente desintegra-se o verdadeiro temor sobre o termo “metadados” e descobre-se a verdadeira importância que eles (os metadados) têm em nossas vidas, principalmente para nós que prezamos a integridade de dados e a história dos lotes.

Metadados? É fácil, pergunta para a sua mãe!


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Desmistificando a Integridade de dados – Parte I – Os Suportes de Transmissão

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13/12/2018

Desmistificando a Integridade de dados – Parte I – Os Suportes de Transmissão

Já há algum tempo, o termo “integridade de dados” tomou de assalto nossos campos cerebrais destinados às partes de preocupação, estresse e frustrações, de uma maneira perigosa, criando possibilidades de dedicarmos, até mesmo, nossos momentos de descanso e de higiene pessoal para elucubrarmos respostas de boas práticas para os nossos ambientes de documentação técnica à luz de um “novo conceito”. Se não é o seu caso, é ótimo. Quanto a mim, mais de uma vez, a integridade de dados apareceu em meus sonhos e até enquanto eu tomava banho, ela (a integridade da dados) aparecia.

Desmistifiquemos…

… Antes de qualquer coisa, integridade de dados, na sua essência, é um conceito que nada tem de novo e há décadas é um dos cuidados comuns na fabricação de medicamentos. Em outras palavras, seja qual for o suporte de transmissão da informação – por papel, por sistemas eletrônicos ou por quaisquer outros que a humanidade venha a inventar – sempre tivemos e daremos atenção ao trato que nos assegurará poder contar de forma fidedigna a história de nossos lotes.

Isso vale para qualquer suporte de transmissão da informação!

Assim, apenas a título de estimular uma reflexão,  a dedicação com a integridade de dados vale para informações em blocos e em formulários de papel; vale para softwares;  vale também para pedra lascada (!); vale para dados brutos apresentados em sinais de fumaça (!!); vale para imagens armazenadas com todo carinho em fitas de vídeo cassete e planilhas eletrônicas em disquetes. Vale para as fotos colocadas no Orkut (!!!!). Cada um desses suportes de transmissão da informação exigirá cuidados específicos de armazenamento, controle, gerenciamento e de resgate da informação, quando assim for preciso.

Entre esses meios que apresentei, o da pedra lascada ainda nos garante, muitas vezes, o resgate da plena informação. O Código de Hamurábi, por exemplo, um conjunto de leis datado do século XVIII A.C., foi escrito em rocha de diorito, e está hoje no Museu do Louvre para quem quiser ver e ler… E não pode ser destruído por simples “hackers”!

No tocante aos sinais de fumaça (!!), nos defrontamos com dados que são efêmeros. Temos aí de estabelecer procedimentos próprios no sentido de guarda. Vale também, é claro, para aquelas benditas impressões efêmeras com fita termolábil, que ainda sobrevivem em nosso meio dedicadas a nos enganar e sumir com a informação algum tempo depois… Constrangedor quando constatamos o fato em momentos de inspeções.

Atualmente são dezenas, centenas de opções de sistemas computadorizados que se mostram como a melhor resposta em integridade de dados. Isto sim, podemos dizer que é, de certa forma, novo. Novo, não o conceito, mas novos podem ser os suportes que nos conduzem pelos mares da computação que navegamos. Tenhamos cuidado com a sua segurança e com as suas obsolescências.

Vivemos tempos nos quais os suportes de transmissão mudam com extrema rapidez e ficam obsoletos. Podemos passar por situações as quais não nos permitam resgatar as informações exatamente porque o suporte não existe mais. Sabe aquelas fotos lindas do Facebook? Talvez seja melhor coloca-las, como estratégia de reserva, em paralelo, em outro suporte de transmissão confiável… Imprimi-las (não todas, é claro), pode ser uma boa estratégia de reserva. Daí eu entender que o suporte “papel”, para alguns casos, ainda estará vivo e atuante, infelizmente, por algum tempo. Isto, em nome da integridade de dados.


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Corrupção, Ética & Sonhadores

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No próximo dia 2 de maio, os brasileiros poderão comemorar, ou melhor, dedicar parte do seu dia, para refletir sobre questões críticas pelas quais passa a humanidade e, especialmente, o país, no tocante aos assuntos da ética. Isto porque o dia 2 de maio é considerado o Dia Nacional da Ética.

Da minha parte, na verdade, deve ser mesmo uma data a ser comemorada, não pelo atual quadro nacional que ora está em nossa frente, mas pela teimosia obstinada de alguns sonhadores (será isso uma doença?) em sua cruzada por uma nação onde as relações de ordem política, corporativa e tantas outras de ordem social sejam pautadas à luz da ética.

Pessoalmente, e junto com cerca de setenta profissionais do país, de vários segmentos, estive envolvido com a elaboração da norma antissuborno, publicada pela ABNT. Estava lá, o Carlos Santarem, em várias reuniões, muitas delas na modalidade de web conferência, com  outros tantos, de outros estados, debatendo sobre a norma, tomando ciência de como estava o andamento da elaboração da versão de cada país envolvido e vivendo sua participação em um momento no qual eu considerava muito importante para mim e para a minha empresa.

Ora, se não sou filósofo, tenho autoridade para falar sobre ética? Sim, cada um de nós, como animal social, não somente pode, como deve e tem de debater esse assunto!

Ora, se não sou advogado, tenho autoridade para falar sobre leis? Sim, e com todo o respeito aos meus queridos e imprescindíveis amigos do Direito, costumo dizer em meus cursos que “as leis, não são feitas por advogados, nem feitas para eles. As leis são feitas por cidadãos que nos representam e para todos os cidadãos, incluindo-se aí os advogados, farmacêuticos, jornalistas, engenheiros, aposentados, enfim, todos nós”.

Uma das posições que assumi na época de debates sobre a elaboração da norma foi a de defender um termo que, acredito, é mais importante do que o termo “ilegal”, quando tratamos de suborno. O termo de minha escolha é “delito”. Quem nos garantiria que, com o andar da carruagem, por lei, fosse determinado suborno, não o ato em si, mas um teto a ser considerado? O “legal”, historicamente, muitas vezes mostra-se verdadeiramente imoral.

Temos todos de falar de ética e, o que mais me impressionou na época, foi assistir dezenas de profissionais de várias organizações, privadas e estatais, vibrando como homens e mulheres apaixonados pelo tema e acreditando estar fazendo algo pela sociedade.

Infelizmente, um ponto em comum tinha de ser colocado logo no início das reuniões. Ponto esse que foi colocado em consenso entre todos os profissionais que estavam a elaborar a respectiva norma em todos os países onde vemos a ISO: a constatação de que nunca a sociedade poderia banir, de todo, a corrupção de nossos meios.

Assim, na elaboração da norma, iniciamos uma guerra a qual tínhamos (e temos) a consciência de que o inimigo não sucumbirá a nossos pés. O inimigo que circula, como um vírus, em nosso corpo, através de nossa corrente sanguínea, sempre encontrará um vaso de escape e uma célula para atacar e contaminar.

Loucura então a elaboração de uma norma assim? Uma norma sem caráter compulsório, sem força de lei que, ao invés de ser adotada pelas empresas e pelos governos pode ficar esquecida e empoeirada nas prateleiras da ABNT?

Sim, loucura! Loucura de sonhadores Dom Quixotes que não estão isolados, uma vez que esta teimosia pela ética é mesmo uma doença, mostrando-se, hoje em dia, extremamente contagiosa entre os brasileiros. Uma teimosia ética, na forma de anticorpos que poderão fazer com que o mal da corrupção possa ficar sob um controle razoável e, quem sabe amanhã, com a descoberta de um “novo remédio” (eu e a minha mania de farmacêutico) ser expelido pelos intestinos da sociedade.

Assim seja!


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Apesar da sua idade…

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Estava eu sentado na sala da presidência de uma multinacional farmacêutica, em frente ao seu jovem e competente presidente, tendo, ao lado, uma profissional de uma conceituada empresa de consultoria e seleção. Naquela época, eu ainda não havia chegado aos 50 anos.

Estávamos reunidos seguindo um ritual de avaliação de resultados do nível gerencial, quando eu receberia o feedback do meu trabalho. Somente eu, o presidente e ela.

Foi exatamente assim que ela iniciou: “Santarem, apesar da sua idade…

Ao ouvir tais palavras, a projeção de todos os eventos da minha vida profissional começou a aparecer na minha frente. Via meus momentos de aprendizado, minhas batalhas corporativas, minhas vitórias e as minhas derrotas também (não foram poucas). A imagem de centenas de sorrisos de ex-alunos de pós-graduação, hoje profissionais muito bem colocados no mercado de trabalho, derramavam-se na minha frente, também em projeção.

“Santarem, apesar da sua idade…”. A frase ainda reverberava por todo o meu corpo. As ondas sonoras de cada palavra, emitida por aquela voz agradável, me corroíam por dentro como um veneno.

Eu não podia mais ouvir, depois daquelas palavras, muito do que era dito a meu respeito e a respeito do meu trabalho, avaliado por aquela profissional. Não podia. Eu me sentia em um túnel escuro, com a minha vida profissional passando pela minha frente, enxergando uma luz branca e forte na minha frente.

“Pronto; morri!…”

O fato é que, resistindo a falta de tato e de profissionalismo daquela pessoa, usei de todas as minhas forças para voltar, de fato àquela reunião. De fato, porque, apesar de estar sentado junto com eles, meu espírito tinha mergulhado e navegado por caminhos distantes, virtualmente. Voltei.

Voltei daquele transe, certo de que o “apesar da sua idade” tinha uma conotação preconceituosa; o preconceito do “Velho”. Voltei certo de que a educação familiar que tive, não me permitiria ser grosseiro. Voltei certo de que atitudes corporativas tem de ser seguidas à luz de códigos de conduta que eu sempre respeitei.

Voltei e, o mais importante era que eu estava lá de novo e poderia ouvir o restante da avaliação.

Resumo da história? “Apesar da minha idade”, eu estava entre os gerentes que obtiveram o “mais alto grau de avaliação”.

Nada tenho a discordar do termo “Velho”. O velho aqui (eu) está extremamente ativo (até mesmo por necessidade); minha filha do meio me colocou o apelido de velho e, quando ela me chama, a carga desse apelido vem impregnada de um amor e um carinho maravilhoso! O ser velho, me permitiu curtir uma neta linda e maravilhosa que me ensinou outro termo gostoso de se ouvir para muitos velhos: “Vovô”.

Ficar velhos, ficaremos todos. Não podemos ser, no entanto, como sabiamente fala um dos meus filhos, “Dinossauros corporativos”. Não podemos ficar desatualizados. Ao escrever este texto, após digitar o termo “curtir”, o corretor do Word recomendou-me substituir por “apreciar” (!!). Não! Não vou substituir! (Caro Word, você está desatualizado!). Trabalhos existem sobre tais “dinossauros corporativos” mostrando que suas atitudes não têm, necessariamente, a ver com a idade.

Por outro lado, não podemos ser preconceituosos. Conviver felizes com o inconformismo e com a sabedoria daqueles com menos idade, é como beber da fonte da eterna juventude. Daí, eu gostar tanto de dar aulas (a maioria dos meus alunos nem imagina que eu aprendo, em classe, tanto quanto eles!).

“Santarem… apesar da sua idade…”, naquela época me deixou atordoado…

Faço programas de treinamento corporativo em grandes empresas, com eventos e turmas que ora se iniciam às 4:00 da manhã, com turmas que seguem no mesmo dia. Em alguns dias outras se iniciam por volta de 1:00 da manhã!

Recentemente, ao realizar um exame intensivo de capacidade pulmonar, a médica me disse, “Olha, quando chegar na sua idade, eu quero ter a mesma força…”

Repararam? “Quando chegar na minha idade”…

A experiência dos anos, nos ensina que, na verdade, não existe nenhuma dose de ofensa em tais palavras, muito pelo contrário.

Quando estava com cerca de 40 anos, a minha filha caçula me disse que eu era velho. Estava correto. Eu estava envelhecendo. Mas quando um deles me perguntou: “Papai como era no seu tempo?” Eu respondi, como era no passado, porque o meu tempo é agora…

…E pretendo ouvir, muitas e muitas vezes, “Santarem, apesar da sua idade…


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O tempo de atenção de um adulto está mudando…

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Este artigo é construído sobre um artigo meu (“O tempo de atenção de um adulto”) e está também baseado em minhas observações a respeito de treinamentos corporativos. Assim, antes de qualquer coisa, não está carregado de embasamentos de cunho científico consagrado, mas impregnado, apenas, de uma experiência profissional de décadas em treinamentos de adulto, tanto em turmas de pós-graduação, como em eventos de capacitação realizados em empresas de vários segmentos.

Alguns estudiosos questionam sobre o tempo limite de concentração de um adulto em determinado tópico. Podem existir muitos números diferentes, mas, o mais importante, é a discussão em si deste tema e como podemos extrair dele os benefícios em treinamentos.

Mais importante ainda é esse assunto, quando os exercícios ocorrem dentro da empresa, em um cenário no qual as urgências chegam quase que a toda hora; os celulares enviam mensagens de textos para os participantes, tentando sequestrá-los dos treinamentos, em nome de assuntos críticos.

Alguns estudos dizem que o tempo médio de retenção de conteúdo para um adulto normal é de 7-12 minutos. Saber trabalhar com esse tempo, alternando as ferramentas de acordo com este “lead-time”, ao mesmo tempo em que estimulando o pensamento crítico e a discussão, pode permitir ao Instrutor elaborar treinamentos densos, dinâmicos, agradáveis e em cargas horárias mais reduzidas do que as habituais. Essa técnica está intimamente associada à metodologia andragógica.

Acontece que hoje novos entrantes se apresentam como colaboradores. Podemos identificá-los com o perfil de uma nova geração que passa a ocupar espaço nas operações e também em cargos de liderança. Tais colaboradores, de uma nova geração, pensam diferente? Tem interesses diferentes? O tempo de retenção de conteúdo para essa geração pode ser considerado o mesmo?

Frente a tais questões, temos de repensar nossos treinamentos e adequá-los a uma nova situação. Até para reter os valores!

Sabemos que gerações de indivíduos têm suas características próprias e até são nominadas por estudiosos. Não faltam nomes; “Baby Boom”, X, Y ou Z, entre outros. Cada uma delas, tem como referência o ano de nascimento da pessoa e, apesar dessa data não ser consenso em muitos trabalhos, nos dá uma ideia global do perfil de cada geração.

A “Geração Y”, que engloba os sujeitos nascidos por volta de 1990 tem atributos próprios. Novas tecnologias não a assustam, muito pelo contrário, e a busca por informação imediata e útil, é uma constante em sua rotina, além de outras características.

É exatamente focando nessa questão que proponho um repensar sobre o tempo de retenção do adulto, quando elaboramos, ou revisamos, treinamentos. Pode ser que não mais seja de 7 a 12 minutos, do meu ponto de vista. Pode ser que tenha caído vertiginosamente! Será? Eu estimo ciclos de 3 a 8 minutos.

Ainda não tenho respostas bem consolidadas, mas tenho feito treinamentos em grandes empresas utilizando essa nova forma de enxergar o aprendizado de adultos e as avaliações de reação têm se mostrado muito boas. Os resultados, em termos de fixação de conteúdo, têm sido positivos.

Enquanto isso, penso que temos de nos preparar para uma nova fase, uma vez que a “Geração Z” já chega às empresas com as suas expectativas e seu modo (diferente) de encarar a vida, o trabalho e o emprego.

Em outras palavras, bons treinamentos têm de ser preparados para audiências heterogêneas e levando em conta também os diferentes perfis das gerações.


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O trabalho “O tempo de atenção de um adulto está mudando…” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

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As empresas, o gerenciamento de risco e a responsabilidade social ou… A cerveja e o álcool gel

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Nas crises existem cenários de oportunidades que não são identificados por muitos gestores, deixando de lado chances poderosas para dar maior robustez às suas marcas e às suas imagens, como corporações.

Nas crises sociais gritam tais oportunidades, nas salas de reuniões de Conselhos de empresas as quais não são ouvidas e, por vezes, quando ouvidas, são desprezadas.

Em calamidades, quando o pensar estratégico deveria ser “quais ferramentas estão em nossas mãos para ajudar os cidadãos?”, o foco se restringe, exclusivamente, ao “o quanto vamos perder com tudo isto?”.

Aí, em tais situações, o trigo do mercado é naturalmente separado do joio pelos indivíduos conhecidos como “Clientes” (aqueles que compram, indicam e prescrevem); “Consumidores” (aqueles que consomem produtos e serviços privados) e como “Usuários” (aqueles que consomem produtos e serviços públicos). Esses três atores valorizarão aquelas organizações (e seus gestores maiores) que estão, agora, tomando medidas sanas e positivas, no sentido de mitigar os riscos de um mal maior.

Em gerenciamento de risco, sabemos que os eventos podem provocar desvios, mas em muitos desvios, oportunidades podem ser identificadas…  e aproveitadas para o bem da organização!

Assim, na forma de um empreendedorismo voluntário, uma indústria de bebidas no Brasil se propõe a fabricar e doar álcool gel para os hospitais públicos. Uma ação digna!

Chegará o momento no qual, quando tudo isso passar (e vai passar), que as pessoas olharão para essa marca de cerveja nas prateleiras e a associarão à sua responsabilidade social. Daí qualquer associação ao fortalecimento de sua imagem e a um aumento no faturamento não será mera coincidência. Será, em minha opinião, por merecimento.

Agora, existe ainda um espaço que pode ser coberto por outras empresas e até mesmo as concorrentes. Fica o meu aviso; aproveitem o momento.

“Senhores do Conselho, é hora na qual a responsabilidade social deverá ser colocada em suas mesas para suas decisões. É momento de não pensar nos preços, mas nos valores. O mercado dará a resposta!”


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O trabalho “As empresas, o gerenciamento de risco e a responsabilidade social ou… A cerveja e o álcool gel” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

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