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A relatividade da ética expressa em Inteligência Artificial

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28/10/2021

Os dilemas éticos respondidos pela IA?

Como cidadão, tive a minha moral formada a partir da visão dos meus pais. Seus princípios e seu valores marcaram inegavelmente a minha personalidade e são uma das diretrizes principais que escolho ao tomar minhas decisões diárias. Cresci e tive outras referências a respeito de questões éticas, entre elas, a minha vida nas escolas que frequentei, meus grupos de diferentes amigos, meus caminhos estudando várias religiões e por aí vai.

Apaixonei-me pela dinâmica da ética e sua importância em qualquer sociedade, desde o início da minha juventude. Pude participar do processo de elaboração de normas brasileiras que tratam do tema, ministro um curso sobre o assunto (“A Ética no momento atual”). Como profissional, fui relator de inúmeros processos éticos, durante minha estada como Conselheiro do Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (muitos anos).

Daí trazer para meus leitores uma novidade que está a circular pela internet. Refiro-me ao site Delphi, que se propõe a responder através da inteligência artificial aos nossos dilemas éticos.

Eu perguntei ao Delphi, cliquei no botão “ponderar” e ele respondeu

  1. Mentir para os pais: “está errado”;
  2. Alterar a validade de um produto: “está errado”;
  3. Não seguir a lei vigente: “está errado”.
  4. Propor a mudança de uma lei que eu não goste: “tudo bem”
  5. Dar uma bronca no filho: “é rude”
  6. Reagir a um assalto: “é esperado”
  7. Não reagir a um assalto: “é covarde”
  8. Matar para sobreviver: “tudo bem”
  9. Caçar animais: “tá ruim”
  10. Obedecer aos professores: “você deveria”
  11. Compartilhar uma notícia sem verificar antes a sua veracidade: “tá ruim”
  12. Entrar na política: “é bom”

Você pode fazer suas próprias perguntas(no idioma inglês) mas saiba que a inteligência artificial ainda esbarra em algo que nós, os humanos, não devemos desprezar em nossas decisões. A barreira é que o Delphi “enxerga” um universo de resposta que ainda é limitado, quanto à amostragem no sentido numérico e espacial. Isso, no entanto não retira o mérito do protótipo.

Uma pergunta que fiz coloca em xeque a IA:

A pergunta: Ter mais de uma esposa – A reposta: “está errado”

Sabemos que, dependendo da sociedade, é eticamente aceito ter mais de uma esposa e até ter mais de um marido. A ética muda no tempo, mas muda também no espaço. Será que a IA está sendo preconceituosa?

O Delphi se apresenta como “um protótipo de pesquisa projetado para modelar os julgamentos morais das pessoas em uma variedade de situações cotidianas”. Ele alerta que é “um sistema experimental de IA com o objetivo de estudar as promessas e limitações da ética e das normas computacionais. Os resultados do modelo não devem ser usados ​​para aconselhamento a humanos e podem ser potencialmente ofensivos / problemáticos / prejudiciais. A saída do modelo não reflete necessariamente as visões e opiniões dos autores e suas afiliações associadas”.

A melhor coisa que extraí do Delphi é que temos um trabalho que nos estimula a falar sobre ética e discutir alguns dilemas, contando com uma IA ainda limitada; mas, afinal, no campo da ética, também não somos?

Acesse o Delphi agora e faça as suas perguntas!

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“A relatividade da ética expressa em Inteligência Artificial” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional.

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As limitações de conforto do Home Office – Luminosidade, ruídos, temperatura ambiente e umidade relativa.

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Quando as medições são fundamentais para a qualidade do ambiente.

O público e o foco

Este artigo destina-se aos profissionais que trabalham em Home Office e às ações que acreditamos como importantes no sentido de assegurar um conforto ideal em tais ambientes.

O foco está na atitude de, antes de mais nada, estimular um melhor entendimento a respeito do ambiente de trabalho, através de medições de parâmetros importantes.

O Cenário

Com a pandemia, as empresas estimularam uma prática de reuniões corporativas, através de um novo conceito, amplamente aceito por muitos profissionais. Estou me referindo ao Home Office.

Reconheçamos que é uma revolucionária maneira de trabalhar que oferece  benefícios maravilhosos para as empresas e para aqueles do seu quadro que atualmente podem trabalhar de casa.

Os indícios de limitações

Com o passar do tempo, estamos identificando limitações do Home Office que podem afetar a qualidade do trabalho. Pior é que ainda não temos todas as respostas, apesar de alguns ensaios já gerarem alguns resultados positivos.

Até agora, não existem respostas prontas nem verdades absolutas.

Uma excelente cadeira de trabalho, um suporte para o computador, um mousepad de última geração, descanso para os pés, são utilidades comuns entre os utensílios dados pelas empresas aos profissionais de Home Office. Muito justo e necessário.

Luz e Barulho

Os aspectos de Home Office, é certo, exigem mais cuidados. Com relação ao ambiente, o ruído e a luminosidade têm de ser levados em conta, quando pretendemos a plenitude em boas práticas. Sabemos que existem normas brasileiras que determinam o grau adequado de barulho e de luminosidade para cada tipo de atividade, mas será que sabemos o nível de ruído e quanto de lux o profissional recebe enquanto trabalha em casa? Está dentro de uma razoabilidade? Exagero?

Ora, pouca luz, incomoda a muita gente; pouca luz e barulho, incomoda a muito mais.

Na verdade, considerando as atividades de escritório, não conheço muitas empresas que tenham tal preocupação e pratiquem medidas periódicas de verificação. Ao contrário, em fábricas, isso, de certa maneira, chega a ser normal, com o emprego de decibelímetros e luxímetros.

No tocante às medições, existem aplicativos disponíveis para smartfones que podem oferecer uma primeira resposta a ser dada, quanto à luminosidade e ruído. Isso mesmo. Existem aplicativos de decibelímetros e luxímetros que fazem a medição em segundos, gerando uma informação inicial de valor. Creio que podemos aceitar a precisão de tais aplicativos, mesmo que sua exatidão seja questionável. Eu mesmo, já tive de mexer na luminosidade do meu ambiente de trabalho para ajustá-la ao nível correto. Em alguns casos, a colocação de uma simples luminária, pode resolver a questão.

Em escritórios, pelas normas brasileiras, para ler, escrever, teclar e processar dados, a especificação de iluminância é de 500 Lux.

O ruído indesejado pode exigir um esforço maior. Sabemos que não são somente os ossinhos de nosso ouvido que vibram com o som que chega até nós, mas todos os ossos de nosso corpo vibram, em maior ou menor grau, com o som que chega até nós. Um som acima do aceitável para o corpo humano pode se tornar extremamente danoso em função do tempo de exposição. De qualquer forma, é certo que pode afetar a qualidade do trabalho.

Em salas, pelas normas brasileiras, com presença de computadores, podemos dizer que o nível de ruído deve ficar entre 45 a 65 decibéis.

Uma medida que pode ser tomada de imediato, é o uso de tapadores de ouvido. Isso pode facilitar um pouco na qualidade do ambiente e, se utilizado para se ouvir uma boa música, durante o trabalho, melhor ainda. Quanto aos papais e mamães de filhos pequenos, o tapador pode não ser uma boa ideia, a não ser que tenham a facilidade de fazer rodízio ou tenham cuidadores. Em época de pandemia, com creches abrindo e fechando, os pais têm de exercer suas atividades sendo afetados pela política de calamidade na qual estamos.

Temperatura ambiente e a umidade relativa

Como já escrito, o primeiro passo é medir. Existem termo-higrômetros digitais que podem ser adquiridos até com a devida certificação, mas, de pronto, disponíveis no mercado podemos encontrar aparelhos que indicam horas, data em dia e mês, dia da semana, alarme, temperatura ambiente e umidade relativa. Alguns podem ser utilizados como parte da decoração do escritório.

Podemos encontrar informações diferentes a respeito, dependendo da fonte de consulta, mas pelas normas brasileiras, o nível de conforto está em 20 a 23°C e 40% de umidade relativa.

Em ambientes fechados, o aparelho de ar-condicionado coloca a temperatura em um patamar certo, mas pode impactar na qualidade da umidade relativa do ambiente. O emprego de um umidificador pode ser útil.

O próximo passo

Depois das medições em seu Home Office, o passo seguinte é adequá-lo às condições ideais considerando seus recursos financeiros, o quanto você pretende investir e quanto de apoio ou patrocínio você pode contar. A visão de um arquiteto pode ser muito útil.

Ainda temos muitas limitações, quando nos referimos ao Home Office, de uma maneira geral, de forma abrangente. Temos de tratar este assunto, visto que Home Office é caminho sem volta e por ser caminho, porque não o trilharmos de maneira confortável?

Assim seja!


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“limitações de conforto do Home Office – Luminosidade, ruídos, temperatura ambiente e umidade relativa” – Quando as medições são fundamentais para a qualidade do ambiente” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

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O criminoso pode estar de luvas!

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01/10/2020

Crimes premeditados, normalmente, são levados à cabo por bandidos que usam de vários artifícios no sentido de dificultar a identificação de suas identidades. Um deles, dos mais antigos e usados, é o emprego de luvas que impede a descoberta da digital do indivíduo. Com os premeditados, crimes involuntários e calcados, muitas vezes, na ignorância, estão sendo cometidos contra usuários de medicamentos, também através do uso de luvas!

Investigá-los (os premeditados e os involuntários) é uma tarefa, por vezes, muito difícil.

Quanto aos involuntários, refiro-me, principalmente, aos casos de desvios da qualidade que provocam não conformidades nas operações de manipulação em indústrias farmacêuticas, pelo uso indevido de um acessório de higiene: a luva descartável. A luva, ao invés de proteger o produto, leva para ele, uma série de partículas perigosas promovendo a contaminação dos lotes, quando usada inadequadamente.

Identificar a causa raiz em tais situações exige um correto processo de investigação, com o emprego cirúrgico de ferramentas da qualidade.

Para reforçar esse raciocínio, resgato uma carta de advertência emitida pelo FDA para uma empresa farmacêutica em Houston em julho de 2020, no sentido de estimular um repensar sobre o uso de luvas descartáveis em operações associadas às Boas Práticas.

Durante a inspeção, naquela empresa, constatou-se que o colaborador tocou o equipamento e outras superfícies localizadas fora da área de processamento asséptico, classificado pela ISO 5, com as mãos enluvadas e, em seguida, se envolveu no processamento asséptico sem trocar ou higienizar as luvas. Assim, uma não conformidade foi evidenciada e incluída no relatório da agência americana.

Reconheçamos que essa prática errada pode não estar acontecendo apenas naquela empresa, ou apenas em Houston, ou apenas nos Estados Unidos. É possível que este descuido possa estar acontecendo agora na sua área de manipulação, enquanto você lê este artigo? Creio (e torço) que não, mas vale um momento de análise.

Usar luvas descartáveis de forma errada facilitando a contaminação é uma ação que pode estar acontecendo neste momento em vários lugares de nosso planeta, por desconhecimento do colaborador a respeito dos riscos associados, por falta de um treinamento efetivo, por falta de uma atitude responsável do indivíduo ou por qualquer outra razão que sozinha ou junta com essas, acabam causando má qualidade em produtos, risco aos usuários e à imagem das empresas.

Da minha parte, já vi operadores com luvas de manipulação pegarem e conduzirem paleteiras. Já vi, colaborador usando luvas sair de um banheiro e voltar para a área de produção. O primeiro caso, aconteceu em Saturno e o outro em Marte. Podemos aqui , eu imagino, fazer um colar de contas (e de contos) sobre a nossa experiência sobre o uso errado de tais acessórios de higiene.

Reforcemos a vigilância. O criminoso pode estar de luva!

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O trabalho “O criminoso pode estar de luvas!” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

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A crise de hipotermia no comércio ou…Quando as medições não correspondem à realidade.

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30/08/2020

“O que não é medido não é gerenciado”, assim dizia Deming e é assim que conduzimos todos os processos que merecem, pela sua criticidade, ser conduzidos à luz das Boas Práticas. Podemos, através das medições, ter uma ideia de cenários, verificar tendências e identificar desvios que podem significar, inclusive, não conformidades.

Com medições temos dados e, dessa maneira, podemos ter evidências do que está a acontecer. Caso contrário, lembrando Deming, “Sem dados você é apenas mais uma pessoa com uma opinião.”

Aí mora o primeiro risco: Pode haver aquilo que as pessoas chamam de medição, porém, se os dados gerados são incompatíveis com a realidade que está sendo medida, temos um ambiente de ignorância (quando não de má-fé) que pode nos levar a decisões erradas, danos e prejuízos.

Eu temo que esteja acontecendo exatamente isso (medições erradas), quando adentramos em estabelecimentos comerciais e somos obrigados a parar na entrada para verificarmos nossa temperatura, através de aparelhinhos digitais. Isso porque sabemos que a temperatura normal do corpo humano deve apresentar-se entre 36,5 a 37,5 °C, ao mesmo tempo em que temos tido notícias de que muitas pessoas tomam ciência que os registros de tais aparelhinhos mostram suas temperaturas corporais abaixo de tais limites.

Pelo menos comigo aconteceu mais de uma vez. Sexta-feira fui ao supermercado e descobri que minha temperatura marcava 34,6°C e a temperatura da minha esposa 33,3°C.  Poderia eu esperar que minha esposa, com tal temperatura corporal, pudesse apresentar sonolência, prostração e podendo até ficar inconsciente. Poderia ela, com 33,3°C, ter problemas de memória e até de fala, pela hipotermia que estava a sofrer como indicado pelo aparelhinho de medição! No entanto, ativa, circulava pelos corredores do supermercado com desenvoltura, tinha a lista de compras de memória (coisa impossível para mim!) e suas palavras corriam com lógica e sabedoria!

Quanto a mim? Não dei a mínima confiança para o que dizia o aparelhinho. Ou pior, interpretei a leitura como : “Pode entrar sem medo, estou calibrado para liberar todo mundo!”. Não asseguro, mas, convenhamos, esta é a projeção razoável que tais medições no comércio estão a gerar, para qualquer cidadão esclarecido.

Aí mora o segundo risco: quando as medições feitas não são respeitadas porque têm uma história de erros.  Uma história de calibrações que assegurem dados não fidedignos!

Esta situação nos leva a uma consideração importante, no tocante às medições: aquelas pessoas que fazem as medições estão cientes da razão do controle? Elas conhecem os limites aceitáveis de tolerância? Elas sabem quais atitudes tomar nos casos de limites fora dos parâmetros?

Houvesse a exigência de se registar as temperaturas obtidas (não estou pedindo isso) e veríamos que grande parte dos consumidores está a sofrer de hipotermia. Será um dos sintomas do Covid-19!?

Agora, por outro lado da questão, é certo que não há necessidade nenhuma de mudar. Podemos continuar assim, fazendo fila para constatarmos uma hipotermia que não existe, somente para fantasiarmos um falso controle. Aliás, lembrando Deming, de novo: “Não é preciso mudar. A sobrevivência não é obrigatória”.

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Plataformas e picadeiros

Há de haver picadeiros para sensibilizar adultos, pelo lúdico ou…
O valor dos treinamentos corporativos presenciais

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Plataformas e Picadeiros

04/08/2020

Essa quarentena vai passar. Deixaremos de ficar limitados a uma exposição visual estreita e às vozes que não são verdadeiras em suas sonoridades.

Essa quarentena vai passar, deixando aos encontros corporativos virtuais a merecida honraria de ter sido o melhor meio de comunicação (muitas vezes, o único) que nos permitiu nos reunir para tomadas de decisão e até mesmo para treinamentos.

Essa quarentena vai passar, mantendo muitos colaboradores em estado de home office pelas facilidades que o mundo virtual tem a nos oferecer, em termos de atividades colaborativas. E vem muito mais por aí, em termos de facilidades e acessos.

Essa quarentena vai passar e nos mostrar que trabalhar com poucos sentidos não faz sentido para quem almeja o máximo, tanto pessoal como profissional, no mundo corporativo, principalmente.

São cinco os sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar! Lidar com eles, de maneira ampla, é atuar na plenitude. Quanto mais explorarmos os sentidos, maiores serão os poderes de sensibilização… E isso vale muito para os treinamentos corporativos.

Fora das “lives” e dos “zoons”, há de se perceber, com muito mais facilidade, um olhar de dúvida no fundo da sala e provocar o seu surgimento. Depois, a dúvida pertinente de um (que, pelas telas frias, poderia passar desapercebida pelo mestre) se transforma em um esclarecimento geral e importante.

Fora das “lives” e dos “zoons”, há de se notar, com maiores chances, um comportamento não verbal reativo de um líder informal, frente a uma proposição. Depois, provocar e trazer à tona os possíveis questionamentos contrários para vencer as resistências de todos.

Fora das “lives” e dos “zoons”, há de surgir confidências que poderão, amanhã, se apresentar como aspecto a ser debatido em “exercícios de ficção” tratados em dinâmicas de grupo de maneira didática e ética.

Fora das “lives” e dos “zoons”, há de se firmar “contratos humanos” mais firmes e duradouros, através de trabalhos de convencimento verdadeiramente eficazes e imprescindíveis em programas motivacionais e da qualidade.

Fora das “lives” e dos “Zoons”, há de haver picadeiros para sensibilizar adultos, pelo lúdico.

Essa quarentena vai passar. Ficarão, é certo, as excelentes ferrramentas eletrônicas e plataformas virtuais que tanto benefícios nos trouxeram; mas nossa ânsia pelo melhor nos obriga a, assim que possível, fugir do isolamento em nome de algo maior: a qualidade total.

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Nota: Este artigo é especialmente dedicado a uma excelente e reconhecida profissional da área de Recursos Humanos que provocou em mim a centelha inspiradora para o tratamento desse assunto. Bia, Minha Filha, muito obrigado. Teu Pai


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O Circo


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Os “Três P´s” em Desvios da Qualidade

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É uma tarefa, às vezes, inglória quando uma equipe multidisciplinar de profissionais dedicada a resolver um desvio da qualidade e buscar a causa raiz de uma não conformidade, tem de disputar, por exemplo, com as urgências da produção ou com as entregas de acordo com a forte pressão das previsões de vendas. É fato.

Costumo dizer que convivemos atualmente com os “Três P´s” quando tratamos dos problemas. Eu me refiro à “Pressão”, ao “Preconceito” e à “Precipitação”.

Pressão” para que os profissionais obtenham rapidamente a resposta (a causa raiz) do problema e liberem logo um formulário para resolver a burocracia (mais importante que o problema em si). “Preconceito”, quando a causa é ditada quase de imediato, estabelecida antes de qualquer análise realmente séria, mas à luz de problemas resolvidos no passado, indicando a resposta e pronto! “Precipitação”, em correr com as ações de busca da causa raiz e tomada das medidas.

Diante de tal verdade (as urgências de produção não desaparecerão, nem, muito menos, as pressões das previsões de vendas), não basta a teoria sobre análise e tratamento de não conformidades; não basta ter às mãos as ferramentas da qualidade necessárias. Além da expertise em determinar qual a melhor ferramenta deve ser empregada para cada caso, há uma necessidade de capacitar-se na defesa contra os “Três P´s”.

Faça uma análise de alguns desvios reincidentes e das ações erradamente propostas no passado e você encontrará, no mínimo, um desses “P´s”: Pressão, Preconceito e Precipitação


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A ética e o burro mais rápido do mundo

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Inspirado na notícia (02/06/2020) de que a “Microsoft substituirá jornalistas por inteligência artificial”


A Inteligência artificial é o burro mais rápido do mundo, cujas ações serão decididas por algoritmos, determinados por um ser humano que ditará a forma de suas escolhas. Mesmo que ela possa continuar aprendendo, será sempre à luz da ética daquele que a desenhou. Assim, essa Inteligência poderá ser racista, pedófila e assassina, entre outras características. Ela poderá ter ideologia própria. A inteligência artificial é burra e, é certo, escrava da moral do seu criador.

Ainda não somos capazes de dar à inteligência artificial a capacidade de uma escolha que transcenda ao nível do racional, e suas decisões continuamente recaem no “Um” e no “Zero”. Por mais que sejam as variações, contadas em  muito mais de trilhões, a regra do jogo de seus cálculos é ditada pelo Humano.  Uma escolha infeliz feita por ela, na interpretação do seu “dono”, e toda a “inteligência” será reprogramada, em nome dos interesses do seu “criador”.

Uma das questões que devemos levar em conta é a sua capacidade de propagação de um conceito, de uma ideia, de uma mensagem, de uma notícia e, por que não dizer, de uma nova forma de mostrar, de maneira falseada, certos quadros da sociedade, como se fosse opinião pública de fato. A inteligência artificial (na verdade, seu criador) pode, hoje, se propor a fazer pessoas inocentes com o perfil de inimigos da sociedade e até a escrever uma nova moral.

Ela é o burro mais rápido do mundo. Conduzida de maneira certa, pode gerar muitos benefícios para a humanidade, desde que domada e com as rédeas de uma ética que preze a importância de uma informação livre, não mentirosa e não dominante por algoritmos tiranos. Pelo menos, enquanto a mantivermos dentro dos limites de uma decisão puramente matemática; pelo menos, enquanto ela tiver um raciocínio lógico humano; pelo menos, enquanto ela ainda não tiver sido agraciada com o dom do livre arbítrio…


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“Microsoft substituirá jornalistas por inteligência artificial”


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A ética da Inteligência Artificial.

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27/05/2020

Propositadamente, os versos seguem uma sequência numérica que, à primeira vista, pode não ser percebida; suas rimas também respeitam outra sequência numérica. No seu conjunto, o corpo da poesia, pretende-se como trabalho feito com uma lógica matemática somente sua, como assim é o nosso DNA, com a sua própria e poderosa lógica matemática. O domínio do DNA, a Biotecnologia, a Nanotecnologia, a Internet das Coisas, a Impressão 3D, a Integridade de Dados, a Realidade Virtual, o Bitcoin, a Blockchain, a Robótica Avançada, a Inteligência Artificial e o Conhecimento Perfeito são termos que não podem passar desapercebidos pelos interessados na relação “Gestão da Qualidade & Ética”.

Estamos a navegar por uma nova revolução.

Silenciosa, ambiciosa por vocação humana,

Não puritana por essência, dirão alguns;

Para os crentes da ciência, um novo portal.

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Ela canta novos progressos e oferece benefícios.

Ela enfeitiça, com suas facilidades.

Ela domina, com propriedade, qualquer fórum.

Nada igual já vimos antes ou mesmo imaginamos.

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Drones identificando andar e rosto do cidadão,

Robôs escolhendo o candidato bacana,

Bebês sendo clonados, como remédios comuns,

Vírus e outros seres, fabricados como arma mortal.

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Impressoras 3D imprimindo medicamento contra vários malefícios,

Roupas inteligentes são uma realidade.

A sua vida monitorada, em suma.

Tudo isso e mais! É o que esperamos?

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Celular sabe o batimento do seu coração,

Reserva a passagem para Toscana,

Manda as boas notícias de Garanhuns,

Guarda seus trajetos de forma perigosa e virtual.

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As máquinas atuando como juízes de ofício,

Julgando processos, dando suas penalidades.

Ciborgue operando cirurgias sem erro nenhum,

Carros, sem motoristas, trafegando pelas ruas aonde andamos.

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Na saúde, os diagnósticos feitos com precisão.

O aplicativo calcula e soma

As calorias para os seus desjejuns.

Os algoritmos certos escolhem a nossa vida sentimental

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Nosso tempo calculado para minutos sem desperdícios

Nossos dados, em plena vulnerabilidade.

Nossas informações disponíveis para qualquer quórum.

Nossas vidas, por ela, por completo, as descortinamos.

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Poderosa como inteligência, vemos sua constante evolução.

Nossa filha! De nós emana!

Ela domina tecnologia. Filha de Ogum?

Para aonde vamos, o caminho, sabemos, é artificial.    

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Daremos aos “Cobots” nossos empregos, como sacrifício?

As vantagens serão uma infinidade,

Dirão cientistas, políticos, tarólogos e médiuns?

Já atravessamos o portal e nós nem reparamos!

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De tudo o que vimos, uma conclusão:

Como bebês, da natureza humana,

Ela nasceu sem princípio algum.

A quarta revolução, nasceu sem ética, sem moral.

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É verdade, ela nasceu ontem, sem princípios;

Nasceu descuidada e sem maldades.

Protegida da má-fé, de jeito algum,

Da atuação de bandidos, “hackers”, “crackers” e “tiranos”

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Agora, deixando de lado a preocupação com métricas e algoritmos, poesias e matemática, é hora de um olhar rigoroso sobre este novo ambiente, o qual chamamos de quarta revolução industrial, especialmente no tocante a uma ética a ser escrita para a inteligência artificial.

Carlos Santarem – 27/05/2020


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E aí?… Deixa passar?…

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Não existe mais espaço, em empresas que dizem operar de acordo com as Boas Práticas, para deixar de investigar os resultados indesejáveis. Por maiores que sejam as pressões de produção e de vendas, os técnicos envolvidos em todos os processos têm de se debruçar sobre os resultados fora dos parâmetros, buscar suas causas raízes, propor ações corretivas e preventivas no sentido de minimizar as reincidências. Embora seja uma atividade extremamente instigante para alguns, este tipo de tarefa muito longe está de ser sempre fácil e muitas vezes exigirá muito tempo para o trabalho de análise e solução do problema. 

Quando estudos bem conduzidos são executados, ganha a produção e ganha a área de vendas.

Para a empresa, reduzir a incidência de resultados fora das especificações, e de resultados indesejáveis, as vantagens são incontáveis. No entanto, por vezes, existem ambientes fabris nos quais passar ao largo dos problemas, mesmo que se repitam com frequência, é mais comum do que se imagina. E é inimaginável o que pode estar indo pelo ralo, literalmente, de milhares de litros de produto, em função exatamente de resultados ruins. Melhor assim, quando os produtos não chegam aos consumidores ou quando têm de ser feitos recolhimentos de mercado. Mas quanto está custando isto para os donos do negócio?

Para os órgãos reguladores de todo o mundo esse tipo de falha no sistema da qualidade da empresa pode pôr em risco os usuários. Fácil entender por que os inspetores governamentais buscam, em inspeções periódicas, indícios de resultados fora das especificações ou resultados indesejáveis que não foram severamente investigados.

A verdade é que, em muitas inspeções do governo, os indícios logo se transformam em evidências objetivas, provocando cartas de alerta e relatórios com críticas pesadas até mesmo a respeito do corpo técnico da companhia.

E aí?… Deixa passar?…

… Não; não deixe passar…


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Home Office É hora de demitir o Jack

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Trabalhar em casa, na modalidade de “home office” exige técnica e muita disciplina.

Quando os profissionais não têm essa prática e agora são forçados a adotá-la em razão da quarentena provocada pela pandemia, são obrigados a encarar uma nova forma de trabalho que os desafiarão a manter o mesmo nível de interesse e a mesma produtividade quando estão nas suas empresas.

Particularmente, sei muito bem as dificuldades, visto que, há décadas, trabalho assim e passando por períodos dos mais diversos. Filhos pequenos que devem respeitar o seu espaço de trabalho, por exemplo, são um desafio. No meu caso, tive três e sempre souberam respeitar meu espaço, mas como filho único e com uma mãe morando comigo, era sempre muito difícil lembrar a ela que a minha presença física não correspondia a minha disponibilidade em tempo integral.

E quando o casal está em home office e, ainda com filhos pequeninos que deveriam estar na creche, não fosse o coronavírus? Minha nossa! Haja técnica, disciplina, reforço no planejamento e resiliência!

E o “Jack”? Você conhece?

O “Jack” (já que…) é aquele funcionário que você ganha logo no primeiro dia no qual você fica em casa! As determinações chegam a você de muitas partes: Assim: “Jack” você está em casa, não poderia consertar a mangueira do jardim!? Da mesma maneira: “Jack” você está em casa, que tal arrumar o armário das crianças?

Além das muitas tentações que podem tirar você do seu foco no trabalho, o “Jack” é um perigoso “colaborador” que tem de ser demitido no primeiro dia! Tem de ter coragem, eu sei… Tive de demiti-lo, faz anos!


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E quanto a você? Você teve/tem um “Jack” em seu “home office” ? Quais as suas experiências de home office? Quais as suas expectativas para você, que se inicia em “home office” ?
Entre e comente aqui em nosso blog! Vamos trocar experiências.
Veja e participe da pesquisa abaixo!


A Pesquisa

É possível que você tenha uma dúzia de argumentos para descrever as dificuldades de um “home office”. Da minha parte, por experiência própria e de outros profissionais, fiz uma lista e a coloquei na forma de enquete. Isso para estimular uma instrospecção e análise. Veja a seguir, participe, acompanhe os resultados e veja o que os outros profissionais estão dizendo!

Vale dizer que a pesquisa serve também para aqueles que ainda não trabalham na modalidade de “home office”, mas amanhã, quem sabe, poderão ter de escolher essa opção.


Vote agora!

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