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Tolerância e Permissividade

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Uma verdade, em poesia, defendendo que para o bem da tolerância, não deve acompanhá-la a impunidade.


Ela era filha de Justo e Verdade,

com os quais estava em eterna consonância.

Ela era irmã da Permissividade.

Pobre dela, a Tolerância.


Eram irmãs gêmeas.

Alguns diziam que, até certo ponto, parecidas;

mas eram bivitelinas.

De igual, somente a idade.


Em contraste com Justo,

Permissividade corrói o mármore, por anda passa.

Nas vezes em que enganava Tolerância,

causava a desgraça da sociedade.


Permissividade brincava entre colunas,

traindo a Verdade, dissimulava e atordoava.

Permissividade em pecado,

Tolerância perdoava.


Permissividade, em atos de maldade,

quando descoberta,

com falsa humildade, pedia clemência.

Aceitava Tolerância, com piedade.


A cada dia, Tolerância se confundia

com uma irmã astuta, perversa e diabólica,

até ser envenenada por ela

e ser enterrada às escondidas.


Permissividade tomou-lhe o nome.

Agora passa-se pela irmã,

mas sem a sua substância.

É cada dia mais amada, mais querida.


Pobre dela, a Tolerância.

Sucumbiu, não por Permissividade,

mas por sempre permitir a companhia

De sua prima perversa, a Impunidade


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Para quando eu voltar…

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Para quando eu voltar…

Voltaremos da pandemia

diferentes em posturas.

Há quem diga que, depois, abraços nunca mais,

nem mesmo, um aperto de mão,

pelo medo de contaminação.

Não! não, no meu caso!

Vou tirar, isso sim, o meu atraso

da saudade dos meus amigos fiéis.

Vou matar a saudade

dos meus amores distantes,

mas, sempre constantes,

por pensamentos e reuniões virtuais:

da Neta, dos Filhos, da Nora querida,

dos amigos de rara boemia,

reunidos em  Confraria,

dos meus Irmãos Fraternos,

Às favas esta pandemia,

que maior não é que a nossa academia!

Vencemos outras no passado,

esta venceremos também!

Sairemos deste marasmo,

sairemos desta quarentena e

voltaremos em vida plena,

com o maior dos entusiasmos!

Poderemos voltar a usufruir

de grandes abraços,

de gostoso cafuné,

de calorosos beijos,

do apertão na bochecha,

do carinho na orelha,

do cheirinho no cangote

e até da massagem no pé!

E fiquem atentos

à recomendação farmacêutica,

que segue, por intermédio,

deste que vos escreve:

Respeitemos a quarentena,

Mas, depois, quando tudo passar,

Para vencer o tédio,

O carinho é o melhor de todos os remédios!

                                   Carlos Santarem – 03/05/2020


Licença Creative Commons
O trabalho “Para quando eu voltar…” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

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“Zoom” ou “Boom”? Cuidado com os fornecedores!

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10/04/2020

Em alguns dicionários já encontramos a palavra “zoom”. Mostra a seguinte definição: “Palavra inglesa que significa mover com rapidez e suavidade”; e quando falamos de “dar zoom”, significa, aproximar ou ampliar uma imagem.

Os dicionários não nos avisam, é lógico, que mover-se com rapidez e agilidade não significa, necessariamente, que essa ação será feita com a devida segurança. Ele, o dicionário, não nos mostra que “dar zoom” pode ser uma aproximação indevida aos nossos dados pessoais e corporativos.

Isso pode ter acontecido com a “Zoom”, uma plataforma de comunicação que rapidamente conquistou alguns setores e rapidamente contaminou ambientes virtuais, espalhando “bytes” de maldade, engendrada por “hackers” maliciosos e interesseiros. Rapidamente, chegou aos computadores corporativos e pessoais de muitos profissionais, em todo o mundo, causando danos, alguns deles que nem sequer, ainda, foram detectados.

Fornecedor de serviço não confiável, dados mentirosos quanto a criptografia, falta de segurança das informações, roubo de dados dos clientes. Tudo isso por falta de conhecimento sobre o serviço oferecido e que foram repassados para os usuários. Mais ainda, acesso em “real time” durante as reuniões, inclusive com inserções de mensagens.

Ainda há muito que aprender, no tocante aos nossos serviços pela rede. Nossos fornecedores podem ter “outros clientes” que os remuneram bem para obter nossos dados pessoais, as informações de nossas empresas e as senhas de acesso de ambientes que pensamos protegidos. Ou podem permitir, involuntariamente, que, durante as suas operações, “hackers” naveguem com segurança, criando estragos em nossa vida pessoal e profissional.

Os dicionários também mostram a palavra “boom”. Seu significado: Algo que surge como a explosão de uma bomba e é impossível de ser contido, pois chega sem aviso prévio”.

No caso especial desta matéria, a relação entre as duas palavras chega a ser chocante e nos alerta, mais uma vez, no sentido de nossa responsabilidade, quando utilizamos serviços de terceiros e os oferecemos aos nossos clientes; hoje, mais do que nunca, principalmente, quando tratamos de integridade de dados e segurança da informação. Difícil, não? Mas se não cuidarmos disso, quem o fará!?


Acompanhe o caso – Referências:

Anvisa proíbe uso do app zoom por problemas de segurança – 06/04/2020

Zoom 5.0 é anunciado com melhorias de segurança e privacidade – 22/04/2020

Ministério da Justiça investiga uso de dados pelo app Zoom, febre na quarentena – 28/04/2020

Meio milhão de credenciais do Zoom estão à venda na deep web – 04/05/2020

Zoom adquire a Keybase, empresa especializada em identidade digital e criptografia – 08/05/2020

Zoom promete seu primeiro relatório de transparência ainda este ano – 02/07/2020

Segurança do zoom: 100 novos recursos mais tarde, você pode confiar no zoom? – 02/07/2020   ***   “O Zoom acaba de atualizar seu progresso de segurança desde o início da pandemia de coronavírus, e sua base de usuários aumentou em milhões. 100 novos recursos e 90 dias depois, você pode finalmente confiar no Zoom?”

Zoom e Johnson & Johnson como “cases” de gestão da qualidade – 20/07/2020

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Um enfermeiro infectado ou inventado?

Será verdade!? Eu não acredito!

Nessa seara de milhares de notícias sobre o impacto da pandemia em nossas vidas, chega até nós muita informação e imagens que nos causam espanto, surpresa e dor. Separar o joio do trigo é muito difícil; separar a verdade da mentira deslavada, é tarefa que temos de fazer diariamente no sentido de evitar o engano.

Está correndo na mídia um vídeo de um enfermeiro que chega em casa e não permite que seu filho o abrace, mantendo-o distante. Depois, o enfermeiro ajoelha-se e chora. Linda a cena; comovente. E a fonte é respeitável.

O fato é que toda e qualquer fonte, utilize ela qualquer suporte de transmissão da informação (por papel ou na forma digital), está sujeita a noticiar eventos que merecem ser questionáveis, antes de qualquer coisa. No caso do enfermeiro, fica gritante um comportamento profissional totalmente incompatível com as boas práticas, o que nos permite dizer: “Até prova em contrário, esse filme é “fake”, e dos mais fracos!”

Isso porque, para os profissionais da saúde, fica muito difícil imaginar que o indivíduo chega em casa com o seu uniforme da rotina hospitalar. Imagina ele saindo do hospital, passando por dezenas de pessoas até o estacionamento, pegando o seu carro e voltando para a casa? Quantas pessoas ele contaminaria se estivesse com a sua roupa de trabalho? É possível imaginar que um enfermeiro não tem o conhecimento mínimo necessário para saber o grau de risco de uma atitude assim!? Um vídeo desse, chega a ser falta de respeito com os meus amigos e amigas enfermeiras de boa academia de formação!

Chegar em casa e cuidar de tirar sua roupa de rua, tratar de higienizar-se, antes de falar com os familiares é um procedimento básico. Mas com as roupas usadas no hospital!?

Pior, o indivíduo, ainda chega em casa com uma máscara dependurada na orelha!!! Em outras palavras, ao invés de, antes, descartar a sua máscara ao sair do hospital ele a leva para casa, na orelha!

Sabemos que profissionais da saúde não podem sair com jalecos e outras vestimentas usadas nos ambientes hospitalares e ficar circulando por aí. Por essa razão, da minha parte, não posso acreditar. Ou melhor, espero (e até torço muito) mesmo que seja uma mentira. Se não for, que nome poderemos dar a tamanha irresponsabilidade?

Aberto a comentários…

Carlos Santarem – 29 de março de 2020


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