Categoria: Qualidade & Ética

Quantos cliques vale a sua reputação?

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Originalmente publicado em 25 de agosto de 2018

Quando falamos de ética e de integridade…

Existem empresas na Internet que oferecem seguidores. Assim, seguem você 1.000, 2.000 pessoas que nem sequer sabem o tema com o qual você trabalha e, muito menos, concordam com os seus conceitos. Muitas vezes, nem pessoas são; são robôs.

Acabei de receber uma “excelente” proposta para disparar o meu número de seguidores em meus blogs, páginas eletrônicas e outros ambientes como o Instagram. O número de seguidores eu mesmo escolheria!

Com um grande número de seguidores “fiéis” cria-se a impressão de que você é pessoa de reputação no meio e até mesmo formadora de opinião. Não pode ser o nosso caso. Devemos buscar não “cliques”, mas batidas. Isso mesmo, eu não quero cliques em um milhão, quero apenas as batidas do seu coração.

Apenas um? Não, apenas único.

O trabalho “Quantos cliques vale a sua reputação?” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em www.squalidade.com.br.


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A Qualidade e o desacato

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14/12/2021

Estava eu corrigindo trabalhos de pós-graduação em gestão da qualidade, quando ao iniciar a leitura dos trabalhos apresentados sobre os direitos dos consumidores e dos direitos dos usuários dos serviços públicos, ocorreu-me mais uma vez, que podem ser consideradas, no mínimo curiosas, as diferenças entre a Lei Nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências e a Lei Nº 13.460, de 26 de junho de 2017 que dispõe sobre participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da administração pública.

A segunda lei não fixa punições (ao contrário da primeira) e essa visão de não punir quem erra no trato com o usuário do serviço público, contrasta com punições declaradas quando, como clientes e consumidores dos produtos e serviços do segmento privado, somos maltratados. Os pesos são diferentes?

Atualmente, há quem levante a bandeira de que, em certas situações, pode ser usado o CDC, quando nos referimos a contratação de serviços públicos (água e luz, por exemplo). No entanto, existe mais análise, estudos e debates do que certezas. Partindo do pressuposto que nossos impostos pagam o serviço público de saúde e da educação, porque não aplicar também o CDC? Do meu modesto ponto de vista, enquanto isso, o usuário pode ficar no limbo.

Sabemos de funcionários públicos dedicados e de altíssimo gabarito, com competência indiscutível. Eu mesmo atesto esta verdade, uma vez que fui presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro (2006-2007) e pude conviver com colaboradores, em sua maioria, muito comprometidos. No entanto, naquela ocasião, havia em local bem visível uma maldita “plaquinha” com o Art. 331 do Código Penal que dizia “Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.”

Na minha visão, aquela maldita plaquinha dizia que aqueles funcionários estavam preparados para mandar prender você, antes de atender você com dedicação e presteza. Nós somos o que projetamos! A placa, antes de qualquer atendimento, se impunha de maneira ameaçadora! Instruí que a placa fosse retirada e assim foi.

Isso foi no passado. Hoje vemos autarquias e outras repartições públicas ostentando o Art. 331. Em contrapartida, não vi, até hoje, em nenhum lugar, uma cópia da lei que dispõe sobre participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da administração pública ou uma bendita plaquinha com os meus direitos à adequada prestação de serviços por parte dos funcionários públicos (Art. 5º da lei).

Reconheçamos que, grosso modo, a avaliação do serviço público prestado no Brasil, pelas razões das mais variadas, é bem aquém do desejado e merecido pela população.

Como professor da área da qualidade e como usuário dos serviços públicos, identifiquei uma oportunidade de passar para meus alunos uma postura que está a cada dia mais visível na sociedade: O inconformismo civilizado!

Isso mesmo! Apesar de termos nomes diferentes (consumidor, usuário ou outro qualquer nome que venham a inventar) somos uma espécie cada vez mais esclarecida e mais reativa no tocante a entrega de produtos e serviços que esperamos sejam de qualidade, inclusive os públicos.

Nós fazemos uma sociedade mais atuante e podemos até provocar um repensar sobre as leis já estabelecidas. Assim fiz, criando hoje, 14/12/2021, uma ideia legislativa proposta ao Senado Federal. Ao escrever este texto ainda não tenho a resposta se ela está em conformidade para ser publicada ou não. Espero que sim. Tenho ideia legislativa proposta por mim que hoje é projeto de lei.

Desde já, a título de reflexão, adianto aqui a ideia:

Ideia legislativa

“Divulgação obrigatória dos direitos dos usuários dos serviços públicos

Incluir na lei nº 13.460, de 26/06/2017 (participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da administração pública) a exigência de se afixar uma placa com os dizeres do artigo 5º (sobre o direito à adequada prestação de serviços por parte dos funcionários públicos)

Em repartições públicas, vemos placas com os dizeres do “Art. 331 do Código Penal – Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.” Em contrapartida, nada vemos que esclareça os usuários sobre seus direitos”.

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Agora, para meus leitores e, especialmente, para meus queridos alunos de pós-graduação em Gestão da Qualidade (profissionais de primeira linha) fica aqui o meu registro de que devemos sempre atentar para os aspectos da qualidade, entre eles aqueles que estejam em normativas, procedimentos e leis, em nome da melhoria contínua. Quando identificarmos chances de progresso, reagirmos com o inconformismo civilizado!

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1. Conheça as enquetes, veja a opinião dos profissionais, participe e acompanhe os resultados …….*…….*……. 2. Treinamentos: Veja os títulos disponíveis para treinamentos “in company” 3. Livros: “Eu Mereço Um Dia Com Boas Práticas” e “Reino dos Sensos”. …….*…….*……. …….*…….*…….

A relatividade da ética expressa em Inteligência Artificial

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28/10/2021

Os dilemas éticos respondidos pela IA?

Como cidadão, tive a minha moral formada a partir da visão dos meus pais. Seus princípios e seu valores marcaram inegavelmente a minha personalidade e são uma das diretrizes principais que escolho ao tomar minhas decisões diárias. Cresci e tive outras referências a respeito de questões éticas, entre elas, a minha vida nas escolas que frequentei, meus grupos de diferentes amigos, meus caminhos estudando várias religiões e por aí vai.

Apaixonei-me pela dinâmica da ética e sua importância em qualquer sociedade, desde o início da minha juventude. Pude participar do processo de elaboração de normas brasileiras que tratam do tema, ministro um curso sobre o assunto (“A Ética no momento atual”). Como profissional, fui relator de inúmeros processos éticos, durante minha estada como Conselheiro do Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (muitos anos).

Daí trazer para meus leitores uma novidade que está a circular pela internet. Refiro-me ao site Delphi, que se propõe a responder através da inteligência artificial aos nossos dilemas éticos.

Eu perguntei ao Delphi, cliquei no botão “ponderar” e ele respondeu

  1. Mentir para os pais: “está errado”;
  2. Alterar a validade de um produto: “está errado”;
  3. Não seguir a lei vigente: “está errado”.
  4. Propor a mudança de uma lei que eu não goste: “tudo bem”
  5. Dar uma bronca no filho: “é rude”
  6. Reagir a um assalto: “é esperado”
  7. Não reagir a um assalto: “é covarde”
  8. Matar para sobreviver: “tudo bem”
  9. Caçar animais: “tá ruim”
  10. Obedecer aos professores: “você deveria”
  11. Compartilhar uma notícia sem verificar antes a sua veracidade: “tá ruim”
  12. Entrar na política: “é bom”

Você pode fazer suas próprias perguntas(no idioma inglês) mas saiba que a inteligência artificial ainda esbarra em algo que nós, os humanos, não devemos desprezar em nossas decisões. A barreira é que o Delphi “enxerga” um universo de resposta que ainda é limitado, quanto à amostragem no sentido numérico e espacial. Isso, no entanto não retira o mérito do protótipo.

Uma pergunta que fiz coloca em xeque a IA:

A pergunta: Ter mais de uma esposa – A reposta: “está errado”

Sabemos que, dependendo da sociedade, é eticamente aceito ter mais de uma esposa e até ter mais de um marido. A ética muda no tempo, mas muda também no espaço. Será que a IA está sendo preconceituosa?

O Delphi se apresenta como “um protótipo de pesquisa projetado para modelar os julgamentos morais das pessoas em uma variedade de situações cotidianas”. Ele alerta que é “um sistema experimental de IA com o objetivo de estudar as promessas e limitações da ética e das normas computacionais. Os resultados do modelo não devem ser usados ​​para aconselhamento a humanos e podem ser potencialmente ofensivos / problemáticos / prejudiciais. A saída do modelo não reflete necessariamente as visões e opiniões dos autores e suas afiliações associadas”.

A melhor coisa que extraí do Delphi é que temos um trabalho que nos estimula a falar sobre ética e discutir alguns dilemas, contando com uma IA ainda limitada; mas, afinal, no campo da ética, também não somos?

Acesse o Delphi agora e faça as suas perguntas!

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Cringe, os Sensos da Qualidade e o mundo corporativo

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03/07/2021

Estudiosos da sociedade preocupam-se em dividir as gerações humanas em função de suas características, não somente cronológicas, mas também de suas posturas frente ao mundo. Não são verdades absolutas, no entanto ajudam-nos em muitas análises.

Essa divisão é um trabalho científico no qual não é difícil identificar a presença inicial de dois sensos da qualidade. São eles Seiri e Seiton. Seiri, o Senso da Utilização, nos orienta no sentido de “selecionar” os itens (neste caso, as diferentes gerações) de um universo, usando uma “lógica” que nos permita enxergar as coisas além do caos. Seiton, facilita nosso estudo com “organização” e “sistematização”.

Assim, as gerações foram separadas e classificadas. Receberam elas nomes específicos nascidos de estudos sérios e hoje tal classificação se coloca para mais estudos, mais aprofundados.

Os nomes das gerações estão aí. Perdida (1883-1900); Grandiosa (1901-1924); Silenciosa (1925-1945); Baby Boomers (1945-1964); X (até 1970); Y, conhecida como “Millenius” (início dos anos 80 até meados da década de 90) e Z, conhecida como “Zoomers” (a partir daí). O exato intervalo de anos pode ser questionado, discutido e encontrado até de forma diferente em outros lugares, mas a diferença  não chega a impedir as análises.

Agora surge, pela mídia, um termo que busca dividir gerações. Isto está a acontecer com o termo “Cringe”, usado por alguns jovens da Geração Z, quando se referem àquelas pessoas da Geração Y. Uma atitude preconceituosa que parte da Geração Z, mostrando um erro dos analistas (o qual eu acreditava) calcado na afirmação que tal geração (a Geração Z) tem como uma de suas características a ética. A minha esperança é a de que o termo “Cringe” tenha sido criado e está sendo difundido por uma minoria imoral e preconceituosa e não pela maioria da Geração Z, de postura ética que os analistas identificaram.

O caso é tratado de formas diferentes e visto por alguns como uma curiosidade que atrai cliques para seus sites; é visto por outros como uma novidade despretensiosa, até certo ponto inofensiva e característica de uma geração que domina o mundo digital, mas ainda tem muito o que aprender no tocante às questões de relacionamento humano. Outros, analisando os comportamentos, veem a postura como danosa, quando tentam vislumbrar uma sociedade futura sem exclusão. Será que ainda teremos mais uma geração enraizada com tantos preconceitos!?

A turma da geração Y, está hoje na faixa de 30-40 anos, muitos deles assumindo posições de comando em empresas e em cargos públicos, e está sendo tratada pela turma da geração Z, como pessoas as quais ela deve se envergonhar, não pelo seu caráter, mas pelo modo de vestir, pelas séries que gostam de assistir ou até mesmo pelo café que gostam (não sou da geração Y, mas mexeu com o café, mexeu comigo!).

A geração Z já está no mercado de trabalho e estará no futuro, inclusive, ditando os rumos das empresas.

Ficam as perguntas: Esses conflitos podem ser levados para o mundo corporativo? Podem prejudicar resultados?

Aí pode entrar um senso de extrema importância: Shisei Rinri, o senso de Princípios Morais e Éticos. Ele, quando incorporado, de fato, pelas empresas, nos ajuda a trabalhar com propriedade as questões de inclusão e diversidade. Afinal, cabe-nos conhecer melhor a Geração Z, entender suas diferenças, identificar seus pontos fortes, mas, em nome de uma sociedade melhor, é bom que ela (a Geração Z) possa enxergar nos outros não somente as diferenças, classificando-as como vergonhosas. Shisei Rinri, pode ajudar.

E viva o café!

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O Vírus, o Senso do Aprendizado e a consciência coletiva

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26/06/2021


A consciência coletiva é determinante na construção de ambientes. Podem ser aqueles comuns de nossa convivência e trânsito ou aqueles nos quais exercemos nossas atividades laborais.

Os primeiros, incluem nossos lares, parques, jardins, estádios, academias, escolas e conduções como trens, automóveis e ônibus. Esses ambientes de nossa convivência e trânsito incluem também os ambientes virtuais como páginas da internet, e-mails, grupos sociais, entre outros.

Quanto aqueles ambientes nos quais exercemos nossas atividades laborais, podem ser os escritórios, as indústrias de bebidas, de cosméticos, de medicamentos e outras. Pode ser a carrocinha de cachorro-quente na porta de um local de evento esportivo, por exemplo.

Em qualquer desses ambientes, existem riscos que podem causar danos e prejuízos, caso atitudes individuais sejam incompatíveis com as normas básicas de segurança do patrimônio e também de segurança à saúde e vida das pessoas. O descumprimento das normas pode ocorrer por ignorância, despreparo ou até mesmo por desrespeito e má-fé.

Em qualquer desses ambientes existe um risco comum conhecido como “vírus”. O termo “vírus” se aplica para aqueles perversos compostos de ácido nucleico ou seus primos, compostos de bites. Certo é que podem causar grandes estragos se contarem com a cumplicidade de humanos ignorantes, despreparados ou maldosos.

Eu poderia dizer que, para aqueles que não são profissionais da saúde, fica mais difícil falar sobre bactérias e vírus, uma vez que são “bichinhos” invisíveis a olho nu. Seria uma inverdade, visto que o assunto nunca esteve restrito aos bancos das faculdades. Da mesma forma, falar atualmente, de vírus de computador e ataques cibernéticos para uma criança é um assunto que ela pode dominar mais do que alguns adultos. Ambos os tipos de vírus que trato neste artigo são conhecidos por jovens que tiveram a oportunidade de ter uma razoável educação de segundo-grau.

Eu poderia dizer que o desprezo a este tema se restringe àqueles que estão nos níveis hierárquicos mais baixos das companhias ou até mesmo na pirâmide de Maslow. Isso seria outra inverdade, uma vez que na minha vida profissional já tive notícias de profissionais de liderança descumprindo normas e facilitando, com suas atitudes, possíveis propagações de vírus ou trabalhando com softwares piratas. O pior é que, de suas posições, emana o mau exemplo.

Assim, volto para o primeiro parágrafo e reforço a importância da consciência coletiva, certo de que eventualmente teremos indivíduos que não cumprirão normas. Será a consciência coletiva que determinará a melhor das medidas, quando isso acontecer. Com isso, aquele vendedor de cachorro-quente terá de entender que o uso da luva descartável é importante, mesmo que compulsório não fosse; aquele manipulador de alimentos ou operador de uma máquina de comprimidos terá de usar máscara descartável de maneira voluntária, mesmo que compulsória não fosse!

A consciência coletiva conhecedora do assunto saberá tratar os desrespeitosos. Sempre com tolerância, investindo em campanhas de esclarecimento, investindo nos melhores treinamentos e aumentando as oportunidades de aprendizado. Sempre com tolerância… Espero eu que em nome dos consumidores, dos acionistas e da coletividade, nunca com permissividade.


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O Seiri e a importância da reciclagem

O Seiri e a importância da reciclagem

15/05/2021

Vamos falar de Seiri e o Dia Internacional da Reciclagem, uma data instituída pela UNESCO e comemorada em 17 de maio.

O Seiri é um dos sensos do Programa 5S. Com o tempo, o programa foi abraçando outros sensos e, atualmente, podemos dizer que são nove os sensos da qualidade consagrados.

Seiri veio para o Brasil e foi batizado como Senso da Utilização. Esse senso busca criar a cultura de manter no ambiente somente aquilo que é imperativo para as necessidades comuns ao próprio ambiente e às pessoas que nele estão e atuam.

As vantagens são enormes; o senso quando colocado em prática, assegura que nenhum material incompatível estará nos ambientes de trabalho aumentando, assim, o espaço destinado às operações e melhorando o fluxo de materiais e pessoas.

Podemos destacar ainda um melhor fluxo de materiais, pessoas e informação; a melhoria na busca de ferramentas, peças e outras utilidades; a diminuição de desperdícios; a diminuição dos “lead times”; uma manufatura enxuta; o aumento da produtividade; a obtenção de recursos financeiros através da venda de sucata e a identificação de peças e documentos importantes para a história da empresa.

É certo que Seiri não resolverá tudo e, para isso, outros sensos existem, mas o fato é que a importância de Seiri nas questões da qualidade, produtividade e das boas práticas é inegável.

As principais orientações de Seiri são a doação, a reciclagem, a venda, o leilão e, por fim, o descarte.

Agora, quando comemoramos o Dia Internacional da Reciclagem, quando a humanidade parece perceber com mais clareza os ganhos da recuperação dos rejeitos para incorporá-los no ciclo de produção, fica evidente a importância do Seiri.

Isso porque, diante daquilo que, para nós, não se mostra com uma utilidade imediata, recebemos de Seiri uma orientação básica. Em outras palavras, dar um novo destino àquilo que agora toma espaço em nossas vidas e em nossas operações!

Continua


Vai acontecer


Continuação

Na teoria é fácil; no entanto, as ações no sentido de oferecer mais recursos para facilitar a reciclagem ainda estão muito aquém, tanto no sentido do amadurecimento da população, quanto na criação de políticas públicas.

Os dados brasileiros de 2018/2019, segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), mostram que produzimos aproximadamente 55 trilhões de quilos de lixo por ano e o que enviamos para a reciclagem não corresponde a 1,3%.

Será possível imaginar o quanto podemos estar perdendo desprezando o Seiri e um de seus conselhos básicos que é dar um novo destino às coisas? Será que temos como medir o prejuízo?

Em matéria publicada pela CNN, em agosto de 2020, o Brasil perdia R$ 14 bilhões por ano com a falta de reciclagem adequada do lixo. Essa informação teve como referência os dados da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais).

Embora os argumentos sobre a importância da reciclagem sejam irrefutáveis, vemos que estamos ainda engatinhando nesse processo evolutivo. Isso porque, à luz de um Programa 9S, Seiri não tem o poder de fazer tudo sozinho e, especialmente nesse caso, a reciclagem, precisa de outros sensos para fazer um mundo melhor, para criar ganhos para as pessoas e para as empresas.

Falta o Senso da Determinação e da União, falta o Senso da Autodisciplina, falta o Senso do Aprendizado e o Senso dos Princípios Morais e Éticos. Faltam outros sensos que em número de nove são imprescindíveis para os aspectos da qualidade, produtividade e das boas práticas.

Sobra-nos, com certeza, a vontade de levar a cabo uma nova maneira de cuidar de nossas coisas, entre elas, o nosso planeta. É um caminho sem volta.

Assim seja!


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 Referências:

Dia Internacional da Reciclagem: 17 de maio chama para engajamentoAcesso: 17/05/2021

Brasil deixa de ganhar R$ 14 bilhões com reciclagem de lixoAcesso: 17/05/2021


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O monumento da Galinha para a Ciência

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Estamos a cometer um erro histórico, não por ignorância, mas talvez pelo descaso que, durante décadas, vem criando uma nuvem de fumaça sobre a importância que um determinado animal tem para a população do planeta.

A humanidade tem se prestado a criar monumentos para animais pelos serviços que lhe prestou; entre eles, o cão, o gato, o urso, o cavalo e as cobaias de laboratório.

Sociedades também oferecem homenagens a animais que emprestam a imagem de força, de poder, nobreza e ética às instituições e países. Nesse caso, podemos ver as águias e os leões em muitos portais de prédios de governo, conferindo uma autoridade que nem sempre se reflete em suas políticas, infelizmente.

Um animal, no entanto, fica ao largo de todos os reconhecimentos, se prestando a salvar vidas através do sacrifício e da morte de seus embriões, em nome da manutenção da humanidade.  Eu me refiro à galinha que durante séculos é o animal que tem nos permitido desenvolver as vacinas do passado e ainda as do presente, permitindo-nos vencer as pandemias.

Difícil mensurar, de maneira precisa, o número de milhões de embriões que foram e têm sido sacrificados para a produção de vacinas. Difícil mensurar o benefício que tal prática pode propiciar a homens, mulheres e crianças em todo o mundo. Certo é que, não fosse assim, muito provavelmente eu não estaria escrevendo esta matéria, nem você a lendo, pelo simples fato de que as pandemias, sem controle e sem vacinas, exterminariam a todos.

Para desespero daquelas pessoas conhecidas como veganos, até que possamos desenvolver novas vacinas sem os ovos da galinha (estamos a caminho e bem adiantados), temos de ainda conviver com tais métodos para o salvamento de vidas humanas.

Assim, fica aqui o meu registro! Façamos uma bela e linda estátua para a galinha e, se possível, coloquemo-la em lugar de destaque, de preferência no topo de um belo prédio público para passar a ideia do maior sacrifício pela ciência humana.

Em nome da verdade, devo deixar claro que existem, no Brasil, monumentos com a referida ave, mas referem-se à importância da avicultura, o que não é o foco da questão. A visão que proponho é a sua importância na ciência propriamente dita.

Vale dizer que no topo do prédio do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, nós podemos ver a belíssima e imponente águia. Vale dizer também que, em outros prédios, o mesmo ocorre com outros animais. Daí, vale dizer que ficaria ela, muito bem no topo do Castelo Fiocruz, não fosse pelo fato de a construção ter sido tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1981. Merecida e justa homenagem, mas impossível de fazê-la no topo do castelo.

Então, porque não em Brasília, em ambiente nobre do prédio do Ministério da Saúde?

Quem sabe, em uma bela praça e em destacado monumento?

Para os negacionistas, reforço que não existe em minhas letras e palavras nenhuma ironia quando meu texto destaca o papel desse animal; também não existe uma “brincadeirinha” para fazer a estatua da galinha e sim uma proposta séria feita por um profissional da saúde com décadas de exercício de profissão.

Sejamos nós, como brasileiros, os primeiros a erigir tal monumento em função das muitas vidas que essa prática pode salvar.

Diante de tantos outros animais, a galinha fez e faz muito mais. Temos de reconhecer.

Existe uma superstição que diz que acariciar os testículos da estátua do touro de Wall Street traz sorte, prosperidade e dinheiro na vida.

Existe a evidência científica de que as galinhas, com seus ovos, não só matam a fome como estão salvando vidas.

Eu particularmente, em primeiro lugar, prefiro as galinhas!


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Atravessamos o Portal – Alçamos o primeiro voo

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A nossa ideia legislativa inspirou o PROJETO DE LEI N° 1090, DE 2021, que altera a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), “para especificar recursos mínimos de acessibilidade nos sítios da internet”.

Um momento de alegria

Creio que podemos ficar felizes por atravessarmos um grande portal, que nos conduz a uma nova dimensão de esperança, no tocante a provocar uma melhoria no cenário brasileiro de inclusão das pessoas surdas, facilitando, inclusive, sua independência em navegação nos sítios da internet.

Os percalços

Não foi um passeio fácil até chegarmos aqui. Desde outubro de 2020, eu, pessoalmente, experimentei sentimentos de descaso, de discriminação e até mesmo discursos cujas palavras em nome da inclusão, não se coadunavam com as atitudes. O lado bom da caminhada, entretanto, mostrou que, a cada passo, eu ia recebendo a companhia de homens e mulheres verdadeiramente dispostos a enfrentar todos os percalços em nome de uma vida melhor para as pessoas surdas. Quantos amigos e parceiros eu pude fazer!

As conquistas

Fizemos um exército de mais de 1.000 pessoas (1.220, para ser exato) e, como já pude expressar em textos anteriores, meu sonho criou desejos, fez nascer uma ideia, reuniu adeptos, angariou apoios maravilhosos e envolveu nomes respeitáveis em torno dela, os quais fizeram nascer um projeto de lei. Aí, graças a incansável ação de Lucas Aribé Alves (Assesssor Parlamentar) e da visão do Senador Alessandro Vieira (CIDADANIA/SE) temos, hoje, o PROJETO DE LEI N° 1090, DE 2021, que altera a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), “para especificar recursos mínimos de acessibilidade nos sítios da internet”.

O Projeto

O projeto traz benefícios, não somente para as pessoas surdas, mas para todas as pessoas que, por suas deficiências, têm dificuldades de leitura, entendimento e de navegação em páginas eletrônicas.

O projeto propõe de forma inequívoca esses recursos mínimos que, à luz da lei, devem ser respeitados. Dessa forma, apenas à título de esclarecimento, quando nos referimos à Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011), que determina que os “órgãos e entidades públicas adotem as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de seu conteúdo para pessoas com deficiência”, podemos hoje dizer que o projeto de agora, através da nova redação do Artigo 63, da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, deixa claro os ditos recursos no seu primeiro parágrafo que exponho a seguir.

§ 1º Os sítios da internet de que trata o caput contarão, entre outros, com os seguintes recursos de acessibilidade, nos termos de regulamentação específica:

I – símbolo de acessibilidade em destaque;

II – barra de acessibilidade, com alto contraste e links de atalho

III – navegação por teclado;

IV – avatar ou intérprete da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS);

V – descrição das imagens;

VI – identificação do idioma principal da página;

VII – informação acerca da mudança de idioma do conteúdo;

VIII – explicação de siglas, abreviaturas e palavras incomuns;

IX – possibilidade de redimensionamento da página sem perda de funcionalidade;

X – disponibilidade de alternativa sonora ou textual para vídeos que não incluam faixas de áudio;

XI – disponibilidade de alternativa textual para faixas de áudio.

A ideia e a proposição

Antes os votos eram para a ideia. Agora é para a proposição

O projeto está na fase de Consulta Pública, disponível para receber os apoios. Está exposto para receber o “SIM” daqueles que esperam ver o nascimento de tal proposição, bem como para receber o “NÃO” de outros que não gostariam de ver essa mudança acontecer (?).

Meu pedido é que você leia o projeto e, caso entenda que ele pode gerar mesmo benefícios para a sociedade, entre no site do senado de deixe o seu SIM. Mais do que isso, divulgue a proposição, compartilhando-a entre seus familiares, amigos(as) e outras pessoas de sua rede de relacionamento. Aí, nos casos da rede, se você divulgar pelas redes sociais e profissionais nas quais navega, tenho certa de que construiremos um novo e maravilhoso exército.

Estamos agora voando para um novo destino!

Tudo isso em defesa da sociedade, em nome da acessibilidade, respeitando diversidades e pela inclusão.

Vamos juntos! De novo! Com o mesmo propósito!

Muito obrigado,


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O Veneno no álcool gel

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O desejo pelo lucro fácil impele a atitudes comerciais que podem provocar danos e mortes aos consumidores… Ou será que que é o desejo de matar que têm pessoas perversas e sem caráter que, além de se regozijarem com o mal que praticam, ainda ganham dinheiro com isso? Onde está a razão de tanta maldade com usuários de produtos colocados à venda?

Há quem possa levantar a hipótese que nem é uma coisa ou outra, visto que a inocente ignorância já fez vítimas no mundo. Verdade, em parte. Um bom exemplo é a história do dietilenoglicol que foi colocado, com a melhor das boas intenções, como solvente em um xarope infantil e acabou provocando a morte de mais de uma dezena de crianças. O químico que elaborou a fórmula acabou sua vida com um suicídio.  O mesmo dietilenoglicol, no entanto, matou muita gente no mundo depois disso e aí com interesses exclusivamente de baixar custos de produção, inclusive em fabricação de xaropes infantis. Ora, convenhamos, não foi por não saber…

Uma substância que também se encaixa como “sagrada” para os imorais, é o metanol. Duvido alguém estimar a número de vítimas provocadas por ele! Historicamente, é o metanol que substitui, de maneira criminosa, o álcool em bebidas alcoólicas, cegando e matando consumidores desavisados. O custo de produção fica menor e as mortes são quase certas.

Agora estamos diante de uma novidade que nos assusta. Segundo o FDA, alguns bandidos estão produzindo desinfetantes para as mãos à base de álcool que contêm metanol! Em outras palavras, aquele frasquinho de álcool gel, quase elevado à condição de “abençoado” pode levar você e aqueles que você ama a um cenário de danos impactantes em sua vida ou, até mesmo, perdê-la.

O aviso da agência americana deixa claro aos consumidores para “não usar certos desinfetantes para as mãos à base de álcool devido à presença perigosa de metanol”. A questão é como os simples mortais poderão identificar a presença do veneno nos frasquinhos, uma vez que a maldade não virá declarada no rótulo. Enquanto isso, nos estados Unidos, testes são realizados para identificar marcas perigosas. Identificadas já estão mais de 75 empresas.

Sofrem não somente os consumidores, mas empresas éticas e íntegras que fabricam o produto com qualidade, pagando impostos e gerando empregos.

E quanto ao velho e bom sabonete? Esse pode ser usado; ele foi e é, sem dúvida, o melhor e mais seguro, quando usado somente com água; nunca com metanol.

Licença Creative Commons
O trabalho “O Veneno no álcool gel” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

Referência: “Atualização do Coronavirus (COVID-19): FDA reitera aviso sobre desinfetantes para as mãos perigosos à base de álcool que contêm metanol e toma medidas adicionais para tratar dos produtos relacionados” – Acesso: 27 de julho de 2020



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