Mais do que antes, está na hora de falar sobre este assunto.
Treinamento
elaborado à luz dos conceitos da andragogia corporativa, tendo como referência
programática o livro de mesmo nome (Eu Mereço Um Dia Com Boas Práticas) de
Carlos Santarem
Além desta versão dedicada ao segmento de medicamentos para uso humano,este treinamento corporativo, com suas outras versões, pode ser feito à luz de outras normativas regulatórias como medicamentos de usos animal, fabricação de insumos, cosméticos, alimentos e bebidas, por exemplo.Da mesma forma, este treinamento pode ser feito de maneira dedicada com foco em armazéns, laboratórios analíticos, áreas de injetáveis, entre outras.
“O que eu ganho com esse negócio de BPF?”
Carga horária/ Turma: Flexível
Podem ser treinamentos curtos de 3 a 4 horas; ou mais dedicados, com 6 a 8 horas de duração. Esse último, abrangendo todo o conteúdo do livro.
De acordo com o grau de aprofundamento, com a inserção de dinâmicas específicas, exercícios e filmes exclusivos voltados para a prática de sensibilização e convencimento, ao mesmo tempo em que dedicados à uma efetiva fixação do conteúdo, o treinamento pode ser realizado em cargas horárias flexíveis.
O enxerto de parte do DNA da sua empresa em nossos treinamentos
Público-Alvo
Este treinamento destina-se às empresas as quais pretendem criar um ambiente de alto comprometimento de seus colaboradores às normativas corporativas e às exigências regulatórias vigentes de BPx que afetam seus segmentos.
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Teremos prazer em marcar uma reunião virtual para falar mais sobre o treinamento em si e sobre a nossa metodologia.
Quando, por questões legais, e até mesmo por interesses da política da empresa, temos de programar treinamentos periódicos tratando sobre o mesmo tema, criando um ciclo de palestras que se repetem, enfrentamos uma enorme dificuldade para atrair e manter a atenção dos colaboradores.
Alguns destes colaboradores provavelmente perderam a conta de quantas vezes já assistiram determinado curso, inclusive, com o mesmo conteúdo programático. Situações deste tipo podem estar ocorrendo agora em sua empresa através de cursos cujos títulos são os mais variados.
Isto acontece em empresas dos mais diferentes segmentos. Treinamentos cíclicos de Boas Práticas de Fabricação, uma exigência regulatória, é um bom exemplo.
Ao levarmos em conta que no meio corporativo temos aprendizes adultos, muitos deles conhecedores de suas atividades, como verdadeiros mestres, a função de assegurar a motivação de tais colaboradores em treinamentos que apenas se limitam a repetir teorias e nada oferecem em troca, além do que tais aprendizes conhecem bem, é uma tarefa muito difícil. Mais ainda: É perda de tempo e de dinheiro.
O interesse do adulto em treinamentos está na sua percepção da relação entre o tempo empregado no treinamento e o que ele – o treinamento – lhe oferece em troca para utilizar DE IMEDIATO em sua rotina no trabalho ou até mesmo em sua vida particular. Quando o adulto não consegue extrair nada nesse sentido, fracassa o treinamento… …Pior ainda, quando o Instrutor nem se dá conta de que está aí a razão do sucesso de seus treinamentos e do comprometimento dos participantes.
Como então conciliar os interesses da área de RH e os interesses da área da Qualidade com os interesses dos colaboradores?
Em minha opinião, podemos minimizar o problema de desmotivação natural em treinamentos cíclicos, aproveitando a excelente oportunidade criada em tais cenários. A oportunidade repousa na verdade de que existem – com certeza – muitos colaboradores capacitados no assunto, com vivência no tema e cheio de histórias para contar e dividir com o grupo, principalmente entre os colaboradores mais novos na companhia. Conduzir o conteúdo programático através da provocação inteligente de vários “Mestres” dentro do mesmo curso é uma das ferramentas as quais o Instrutor com experiência em Andragogia se aproveita em tais momentos.
Vídeos de curta duração sobre os temas são boas peças para provocarem análises e discussões que ajudarão os Instrutores a trabalharem toda a audiência, identificando os “Mestres” e estimulando-os a contar suas histórias…
Este artigo toma como base o artigo “Qual a missão do seu colaborador?” que publiquei em 2018 e trata da importância de implantar a andragogia nos treinamentos corporativos.
Os adultos com os quais trabalhamos nas empresas, aqueles que estão envolvidos com operações das mais variadas e criticidades diferentes têm, todos eles, reconhecido valor no resultado do negócio. Sabemos muito bem que não é balela dizer que o porteiro, a recepcionista, a “moça do cafezinho”, o auxiliar administrativo e o operador da produção, são tão importantes quanto os gerentes e diretores no propósito de atingir as metas predeterminadas de acordo com a Missão e a Visão da organização.
Isso porque, cada um deles é, realmente, uma peça importante na estrutura corporativa. Esta obviedade reconhecida há décadas tem de caminhar junto com o conceito de que, cada colaborador é uma unidade do conjunto, ao mesmo tempo em que é um ser único e independente; pelo menos para a andragogia.
Em outras palavras, existem na sua empresa hoje dezenas, centenas e, em alguns casos, milhares de Missões pessoais diferentes, Visões pessoais diferentes e Planos de Vida também! Cada colaborador com uma “bandeira” própria que, se em conformidade com a Missão, Visão e Planos da Organização terá uma postura. Caso contrário, outra.
O entendimento e a aceitação de tal complexidade facilita o desenvolvimento de planos de ação mais eficazes em todos os aspectos e, entre eles, o jeito de atuar em treinamentos corporativos, importantes para o negócio. Assim, pode ser de forma síncrona, pelos treinamentos presenciais; de maneira assíncrona na modalidade de treinamentos online ou híbridos, temos de saber trabalhar com metodologias mais efetivas que considerem o aprendizado do adulto dentro das empresas como fator crítico de negócio.
Um ponto em especial a ser levado em conta é a formação dos instrutores de treinamento, uma vez que, embora tecnicamente muito capacitados, muitos desconhecem as práticas de aprendizado e muitos mais desconhecem a andragogia. Tais profissionais devem ser capacitados para treinar, sensibilizar e capacitar os adultos em suas empresas, sejam eles aqueles do seu quadro ou aqueles contratados como palestrantes externos.
Entender esta questão e levá-la em conta ao promover os treinamentos corporativos pode fazer muita diferença…
A arte de motivar os adultos pode ser comparada ao exercício da pescaria. Quando nos referimos então aos treinamentos corporativos, esta pescaria pode ser medida pelo conteúdo da cesta do “pescador” após terminada sua tarefa. Estarão dentro da cesta, aqueles colaboradores entusiasmados e comprometidos a colocar em suas rotinas o que foi apresentado, discutido e experimentado nos treinamentos. Estarão fora da cesta, nadando no oceano, aqueles que não foram “fisgados” …
Todo o pescador experiente sabe muito bem que para cada espécie de peixe ele terá de usar técnicas diferentes para obter sucesso; e o seu sucesso é sua cesta repleta. Assim, em alguns casos, terá de usar redes e em outros casos terá de usar caniços especiais com carretilhas, molinetes e iscas apropriadas.
Assim é o treinamento com adultos. Daí o fato de alguns treinamentos corporativos, embora bem elaborados, se mostrarem com resultados aquém das expectativas.
Investir em apenas uma ou duas técnicas de aprendizado, sem considerar todo o universo de possibilidades apenas fará com que a sua cesta tenha um número limitado de “peixes” e talvez, de uma ou duas espécies. Trabalhar com novas técnicas, utilizar outros tipos de “iscas”, junto com as técnicas já empregadas, poderá surpreender você com novas espécies capturadas e enchendo a sua cesta.
Há muitos anos, falta qualidade no ensino de crianças e jovens brasileiros.
Agora, diante de um aumento da oferta de empregos em algumas regiões do país, faltam candidatos em postos dos mais simples que possam ocupar as posições que a indústria oferece, entre outras, a de medicamentos.
O resultado, muitas das vezes, é a contratação de pessoas despreparadas, que têm dificuldades de escrita, em um ambiente onde “tudo é escrito e documentado”, como assim é na indústria farmacêutica.
Esses novos colaboradores têm problemas com a matemática e mostram-se também com dificuldade em entender os percentuais de rendimento, em um ambiente onde tudo é monitorado por indicadores.
Cálculos de volume são verdadeiros desafios. Para muitos recém-contratados, que não tiveram uma boa educação em biologia, fazê-los crer que existem seres minúsculos, invisíveis a olho nu, que carregamos conosco, e podem contaminar nosso ar, máquinas e produtos, é quase um exercício de ficção científica. Exagero? Sabemos que não.
A demanda por trabalhadores ainda existe e vemos o deslocamento de muitos, de outros estados, na direção dos polos farmacêuticos, em busca de novas oportunidades. Estão sendo contratados por sua escolaridade declarada e por outros medidores que asseguram atitudes corretas, proativas e condizentes com a cultura e com a política de cada empresa. Mas está faltando o conhecimento mínimo real.
O grande desafio é harmonizar rapidamente esta massa humana quanto ao conhecimento sobre a maneira correta de “trabalhar fazendo remédios” e a responsabilidade associada que cada um deve assumir quanto à qualidade, segurança e eficácia de cada produto. Da mesma maneira, promover um ambiente de estímulo a “fazer certo da primeira vez“, onde os desvios de qualidade, os retrabalhos, as perdas e os prejuízos possam ser evitados. O mesmo para as reclamações de clientes e consumidores.
Ainda há muito que fazer, e ainda há muito que mudar para fazer bem feito, melhor, mais rápido e mais barato, em nome dos usuários de medicamentos e de todos os produtos, de maneira geral… E, claro, em nome dos acionistas.
O antídoto para todo este problema está, em grande dose, em metodologias efetivas de treinamento.
Através de um vídeo de treinamento bem elaborado, a empresa
assegura a harmonização do conteúdo transmitido para todo o público-alvo. Desta
maneira, todos os colaboradores receberão da mesma forma as informações
críticas sem desvios ou inconsistências nas mensagens.
Tornando os treinamentos mais atraentes
A produção audiovisual bem elaborada facilita o tratamento dos
assuntos de maneira mais interessante e envolvente. O público é atraído com
muito mais facilidade e o engajamento é maior. Maior é também o poder de
retenção, o que torna os treinamentos com vídeos mais efetivos.
Envolvendo suas lideranças
O desenvolvimento de roteiros específicos muitas vezes aborda
aspectos técnicos associados às normas internas ou procedimentos operacionais
padrão. O envolvimento de lideranças e outros profissionais em algumas reuniões
de discussão de roteiros provoca um verdadeiro repensar sobre muitas normas.
Nossa empresa pode conduzir muitas reuniões desse tipo com
engenheiros, farmacêuticos, químicos e administradores de empresas – e outros
profissionais – em níveis de coordenação e gerência, produzindo roteiros
enxutos e corretos.
Personalizando seus vídeos de treinamento
Colocar os temas escolhidos de maneira personalizada com a
logomarca de sua empresa dá um caráter exclusivo e muito valorizado. Nossa
empresa já produziu filmes de treinamento para grandes empresas os quais foram
feitos nas instalações dessas mesmas empresas, explorando seus principais
processos. Tudo com locução bem feita, legendas claras e trilhas musicais.
Usando legenda sempre
O uso de legendas com tamanho de fonte e cores adequadas é uma
prática adequada em quaisquer circunstâncias, não somente dedicada às pessoas
que desconhecem ou não dominam o idioma da locução. Ele também se justifica
para o público comum, uma vez que elas, as legendas, promovem o aumento da
atenção do adulto no filme. Para um público em particular elas têm alto valor.
Refiro-me às pessoas com deficiência auditiva, um público cada vez maior e mais
presente nos treinamentos corporativos.
Nossa empresa já pode ministrar vários treinamentos com muitos
colaboradores assim. Não sou fluente em Libras e tivemos o apoio de
intérpretes. No entanto, nenhuma dúvida ficava ao assistirem os vídeos
legendados. Certo dizer que sua participação aumentava.
Usando diferentes vias com a mesma peça
Com uma peça em vídeo seu treinamento é transmitido em salas de
reunião, salas de aula, anfiteatros, notebooks, smartphones. Ela pode estar
disponível em sua intranet e ser usada em seus treinamentos à distância.
Treinando seus fornecedores
De acordo com o perfil do negócio e da política da empresa, o
desenvolvimento de fornecedores é fator crítico de sucesso. Assim, investir em
treinamentos específicos sobre as questões da qualidade, boas práticas, entre
outros temas, é uma ação comum entre aquelas empresas que pretendem obter mais
resultados.
Vídeos de treinamento da sua empresa produzidos para os seus
fornecedores têm muitos benefícios, uma vez que podem ser ministrados por
terceiros sem qualquer perda de conteúdo e com a qualidade desejada.
Vencendo barreiras
Sem barreiras geográficas, através de vários meios de
transmissão, os vídeos de treinamento chegam ao público-alvo com custo
reduzido, fazendo ágeis as informações a serem passadas. Podem ser assistidos
diversas vezes, em horas diferentes, conforme as necessidades de cada área.
Treinando seus visitantes
Algumas empresas, por suas características e por questões de
exigências regulatórias nacionais são obrigadas a instruir seus visitantes,
antes que eles possam adentrar em certos locais, como fábricas de medicamentos,
por exemplo. Detalhes de como usar certas vestimentas e cuidados com o trânsito
são tópicos exigidos.
Não é raro, para algumas delas, receber visitantes de outros
países, inclusive.
Imagina o impacto positivo de fazer uma breve e efetiva
apresentação de tais cuidados em um vídeo curto e atraente. É, de fato, um
verdadeiro cartão de visita.
Nossa empresa pode fazer filmes com este escopo para grandes indústrias farmacêuticas, inclusive com legendas em inglês.
Treinando seus clientes
Desenvolver um treinamento eficaz de seus produtos e serviços
para os colaboradores de seus clientes garante o uso correto dos mesmos, evita
os desvios da qualidade e minimiza as possibilidades de reclamações. O uso de
vídeos é uma maneira prática e barata de realizar tais treinamentos de uma
forma única.
E mais: Com uma excelente relação Custo x Benefício
Muitos treinamentos motivacionais
voltados para os conceitos de Boas Práticas de Fabricação são elaborados em
premissas que apenas dificultam o engajamento dos colaboradores no processo de
implantação e de manutenção das BPF, bem como do processo melhoria contínua.
Uma de
tais premissas é que, para os colaboradores, a razão das Boas Práticas e da
Melhoria Contínua, aceita pelos técnicos da empresa, seus gerentes e diretores
é suficiente para que todos – sem exceção – se motivem a trabalhar em
conformidade com as normas. Aí, pode estar um dos motivos que provocam os
fracassos em treinamentos corporativos. Para cada colaborador existe
uma razão específica e, na maioria das vezes, ela não é a mesma razão do seu
gerente…
Outra premissa é a de que os colaboradores
do conhecido “chão de fábrica” podem sempre receber treinamentos exclusivamente
desenhados e ministrados por pessoal interno, ao contrário de outras áreas da
companhia que eventualmente recebem treinamentos com palestrantes externos
(muitos deles extremamente capacitados e experientes) com material mais rico, e
mais preparados para eventos de capacitação e de sensibilização. Junte as duas
premissas, e veja o seu processo de treinamento começar a naufragar.
Em alguns casos, serão centenas de
horas-homem/ ano dedicadas a treinamentos pouco eficazes.
Em outras palavras, quantas vezes você
viu não conformidades se repetirem, mesmo que o assunto já tivesse sido tratado
exaustivamente em treinamentos internos?
Em mais palavras, quantas vezes você
assistiu auditores e inspetores externos evidenciarem falhas que não mais – em
nenhuma hipótese – deveriam estar se repetindo porque foram exaustivamente
discutidas em seus treinamentos?
Eventualmente, ou de forma periódica, a presença de instrutores externos pode fazer muito bem para o seu negócio; contribuindo para gerar mais conteúdo e mais qualidade para os seus treinamentos, apoiando sua equipe de treinamento com novos enfoques, ajudando a promover um ambiente sem desvios de qualidade e contribuindo para diminuir as não-conformidades em auditorias.
Andragogia é palavra originária do grego que significa
“formação de adultos”. O norte-americano Malcolm Knowles a redefiniu
como “arte e a ciência destinada a auxiliar os adultos a aprender e a
compreender o processo de aprendizagem dos adultos“.
Carlos Santarem trata a Andragogia Corporativa como a chave
da verdadeira motivação e do maior dos comprometimentos.
Alguns executivos iniciam seus programas, seus projetos e
suas vendas sem antes considerar com profundidade quais benefícios todos os
envolvidos obterão de forma pessoal e profissional. Em outras palavras, buscam
ter sucesso em relacionamentos profissionais e até mesmo pessoais sem se
preocupar, mostrar e assegurar as vantagens “para o outro”. O resultado é o
fracasso que pode ser a curto ou médio prazo. Da mesma forma, é comum vermos
apresentações de grandes projetos a grandes grupos de colaboradores apresentando
como vantagens os ganhos futuros da empresa em moeda corrente ou em ganhos de
fatias de mercado onde estes números são usados para buscar o comprometimento
de todos, e usados para motivar os colaboradores a dar mais de si atingindo
metas mais audaciosas.
Nesta linha, mesmo sendo extremamente vantajoso para a
empresa, vantajoso para muitos dos seus gerentes e diretores e vantajoso para
os seus clientes, os processos não funcionam porque “os outros não querem que
funcionem”. Com isto, todo o investimento empregado em recursos financeiros, em
recursos humanos e em recursos materiais é reduzido a pó pela falta de
envolvimento e comprometimento “dos outros” que deveriam entender a importância
do projeto. Fica evidente a falta de motivação “dos outros” que não se
engajaram com a garra necessária para o sucesso do empreendimento.
Destacar os ganhos para a companhia é uma informação
relevante para qualquer funcionário, mas serve apenas como uma das muitas
informações que o adulto precisa para fazer suas avaliações antes de se
comprometer em qualquer empreitada, antes de entender as vantagens dos
treinamentos e muito antes de seguir seus líderes formais.
Raízes da andragogia são antigas. Grandes nomes ficaram
conhecidos como excelentes mestres e verdadeiros líderes por dominarem esta
metodologia que é, de fato, a única chave da verdadeira motivação de todos os
indivíduos. Entre eles, destacam-se Sócrates, Platão e Jesus Cristo que
souberam convencer seus aprendizes e liderados, ao mesmo tempo em que se mostraram
humildes e capazes de serem questionados em seus conceitos todas as vezes que
seus seguidores desejassem. Quanto mais se expunham, mais respostas mostravam
ter e mais fortes ficavam. Sabiam responder a pergunta básica de todo o adulto
antes do comprometimento maior: “O que eu ganho com isso?”.
Assim funciona a humanidade: movida a interesses. Cabe
lembrar que o termo “interesse” não tem aí qualquer conotação pejorativa, uma
vez que acumulamos em nossa história várias ações movidas a interesses altamente
nobres. É desta forma que melhor entendemos a fé – onde encontramos o maior dos
comprometimentos – e também entendemos os trabalhos voluntários. O indivíduo
realmente se compromete quando ele entende que existem vantagens para si como
pessoa e/ ou como profissional e isto é, na verdade mais pura, simples
interesse.
Gerentes e outros líderes formais devem reconhecer na
andragogia a melhor das ferramentas de motivação e empregá-la com sabedoria,
buscando identificar os interesses dos seus colaboradores ao mesmo tempo em que
atendê-los dentro da verdade da companhia. Não é simples e, muito menos, fácil;
cobra do executivo maior dedicação a seus subordinados, bem como o força a
melhor entender a pessoa humana, antes de vê-la como apenas mais um simples
“soldado” de suas trincheiras. Não permite amadorismos e requer técnicas
específicas para o pleno sucesso.
O mais difícil nesta tarefa está em identificar em cada
indivíduo adulto de cada grupo que precisa ser motivado o conjunto de
interesses desses indivíduos e desses grupos. Quais vantagens obterão os
adultos que nos acompanham em nossas empreitadas ao se comprometerem de “corpo
e alma” nos programas corporativos e nos treinamentos, por exemplo. Quando
associamos bônus aos benefícios, ou qualquer outro tipo de remuneração
especial, o convencimento fica extremamente facilitado, mas isto se aplica, na
maioria das vezes, aos colaboradores das áreas de vendas, de marketing, e a
determinados níveis hierárquicos, como gerentes e diretores. Isto não acontece
em todo universo de colaboradores da empresa, e o exercício de buscar o
comprometimento dos mesmos exige das lideranças um esforço maior, uma vez que a
motivação de todos, sem exceção, é fator crítico de sucesso em muitos
empreendimentos. Do contrário, podemos ver empresas investindo em treinamentos
que não são refletidos na prática e obtendo retorno sobre tais investimentos
aquém do desejado. Vemos programas da qualidade que se iniciam de maneira
espetacular e acabam enfraquecendo e até desaparecendo com o tempo.
Gente adulta; esta é a palavra-chave. Os líderes devem
conhecer a sua gente e as expectativas de vida do seu pessoal se quiserem
contar com ele em todas as circunstâncias, inclusive as mais difíceis. Dedicar
seu tempo, como gerente, em conhecer realmente seus liderados permitirá ao
líder reconhecer um conjunto de interesses para motivá-los. AÍ está o que você,
como líder, ganha com isso: cada colaborador adulto de cada equipe consciente
que ao seguí-lo e às suas diretrizes, independente do grau de dificuldades,
obterá vantagens que valerão todos os esforços. Este convencimento constrói
exércitos de fiéis quase sempre imbatíveis.
Investir somente nos argumentos que mostrem as vantagens
para a empresa fará com que o indivíduo pondere de outra forma e acabe criando
um quadro próprio totalmente diferente. Pode o adulto identificar que a
empreitada apenas o obrigará a trabalhar muito mais do que antes; que as
possíveis horas-extras não compensarão os momentos que perderá com sua família
e seus amigos; que o tempo que passará a mais na empresa o obrigará a deixar de
participar de atividades que pratica normalmente, como uma academia e como um
curso externo e até uma faculdade. Nestes casos, o adulto, de fato, reconhece
um prejuízo que impacta na sua vida pessoal e no seu desenvolvimento
profissional. O adulto não se motivará e, por esta razão, não se comprometerá.
Argumentos bem fundamentados na importância do tema, com o
maior número possível de dados e de informação, com um painel claro das
oportunidades e dos benefícios para a empresa e, principalmente, para os
envolvidos montam um cenário adequado para o adulto fazer sua análise
particular e, desta maneira, se entusiasmar. Andragogia corporativa: esta é a
chave da verdadeira motivação e do maior dos comprometimentos.