Para quando eu voltar…
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Para quando eu voltar…
Voltaremos da pandemia
diferentes em posturas.
Há quem diga que, depois, abraços nunca mais,
nem mesmo, um aperto de mão,
pelo medo de contaminação.
Não! não, no meu caso!
Vou tirar, isso sim, o meu atraso
da saudade dos meus amigos fiéis.
Vou matar a saudade
dos meus amores distantes,
mas, sempre constantes,
por pensamentos e reuniões virtuais:
da Neta, dos Filhos, da Nora querida,
dos amigos de rara boemia,
reunidos em Confraria,
dos meus Irmãos Fraternos,
Às favas esta pandemia,
que maior não é que a nossa academia!
Vencemos outras no passado,
esta venceremos também!
Sairemos deste marasmo,
sairemos desta quarentena e
voltaremos em vida plena,
com o maior dos entusiasmos!
Poderemos voltar a usufruir
de grandes abraços,
de gostoso cafuné,
de calorosos beijos,
do apertão na bochecha,
do carinho na orelha,
do cheirinho no cangote
e até da massagem no pé!
E fiquem atentos
à recomendação farmacêutica,
que segue, por intermédio,
deste que vos escreve:
Respeitemos a quarentena,
Mas, depois, quando tudo passar,
Para vencer o tédio,
O carinho é o melhor de todos os remédios!
Carlos Santarem – 03/05/2020
O trabalho “Para quando eu voltar…” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
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