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Um novo composto tem como alvo bactérias escondidas em biofilmes

Um novo composto tem como alvo bactérias escondidas em biofilmes

Um inibidor bacteriano aumenta os antibióticos convencionais matando Staphylococcus aureus e interrompendo um sistema de comunicação em Pseudomonas aeruginosa.

Os cientistas geralmente estudam determinadas espécies bacterianas separadas de outras espécies, mas isso raramente é realidade fora do laboratório. As bactérias crescem em ecossistemas complexos cercados por várias espécies trabalhando juntas ou colocadas umas contra as outras para sobreviver.

Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa   são dois patógenos humanos que frequentemente vivem nos mesmos ambientes. Juntos, eles podem infectar cronicamente as feridas de pacientes com diabetes, crescer em dispositivos médicos implantados, como cateteres e válvulas cardíacas, e invadir os pulmões de pacientes com fibrose cística. Essas espécies geralmente formam biofilmes, formações semelhantes a fortalezas que protegem as bactérias, tornando os antibióticos até 1.000 vezes menos eficazes. Isso leva a longos cursos de terapias antimicrobianas que muitas vezes são ineficazes na eliminação da infecção.

#squalidade #qualidadetotal #contaminação #boaspraticas

Veja a matéria na íntegra

O criminoso pode estar de luvas!

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01/10/2020

Crimes premeditados, normalmente, são levados à cabo por bandidos que usam de vários artifícios no sentido de dificultar a identificação de suas identidades. Um deles, dos mais antigos e usados, é o emprego de luvas que impede a descoberta da digital do indivíduo. Com os premeditados, crimes involuntários e calcados, muitas vezes, na ignorância, estão sendo cometidos contra usuários de medicamentos, também através do uso de luvas!

Investigá-los (os premeditados e os involuntários) é uma tarefa, por vezes, muito difícil.

Quanto aos involuntários, refiro-me, principalmente, aos casos de desvios da qualidade que provocam não conformidades nas operações de manipulação em indústrias farmacêuticas, pelo uso indevido de um acessório de higiene: a luva descartável. A luva, ao invés de proteger o produto, leva para ele, uma série de partículas perigosas promovendo a contaminação dos lotes, quando usada inadequadamente.

Identificar a causa raiz em tais situações exige um correto processo de investigação, com o emprego cirúrgico de ferramentas da qualidade.

Para reforçar esse raciocínio, resgato uma carta de advertência emitida pelo FDA para uma empresa farmacêutica em Houston em julho de 2020, no sentido de estimular um repensar sobre o uso de luvas descartáveis em operações associadas às Boas Práticas.

Durante a inspeção, naquela empresa, constatou-se que o colaborador tocou o equipamento e outras superfícies localizadas fora da área de processamento asséptico, classificado pela ISO 5, com as mãos enluvadas e, em seguida, se envolveu no processamento asséptico sem trocar ou higienizar as luvas. Assim, uma não conformidade foi evidenciada e incluída no relatório da agência americana.

Reconheçamos que essa prática errada pode não estar acontecendo apenas naquela empresa, ou apenas em Houston, ou apenas nos Estados Unidos. É possível que este descuido possa estar acontecendo agora na sua área de manipulação, enquanto você lê este artigo? Creio (e torço) que não, mas vale um momento de análise.

Usar luvas descartáveis de forma errada facilitando a contaminação é uma ação que pode estar acontecendo neste momento em vários lugares de nosso planeta, por desconhecimento do colaborador a respeito dos riscos associados, por falta de um treinamento efetivo, por falta de uma atitude responsável do indivíduo ou por qualquer outra razão que sozinha ou junta com essas, acabam causando má qualidade em produtos, risco aos usuários e à imagem das empresas.

Da minha parte, já vi operadores com luvas de manipulação pegarem e conduzirem paleteiras. Já vi, colaborador usando luvas sair de um banheiro e voltar para a área de produção. O primeiro caso, aconteceu em Saturno e o outro em Marte. Podemos aqui , eu imagino, fazer um colar de contas (e de contos) sobre a nossa experiência sobre o uso errado de tais acessórios de higiene.

Reforcemos a vigilância. O criminoso pode estar de luva!

Licença Creative Commons
O trabalho “O criminoso pode estar de luvas!” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

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Um enfermeiro infectado ou inventado?

Será verdade!? Eu não acredito!

Nessa seara de milhares de notícias sobre o impacto da pandemia em nossas vidas, chega até nós muita informação e imagens que nos causam espanto, surpresa e dor. Separar o joio do trigo é muito difícil; separar a verdade da mentira deslavada, é tarefa que temos de fazer diariamente no sentido de evitar o engano.

Está correndo na mídia um vídeo de um enfermeiro que chega em casa e não permite que seu filho o abrace, mantendo-o distante. Depois, o enfermeiro ajoelha-se e chora. Linda a cena; comovente. E a fonte é respeitável.

O fato é que toda e qualquer fonte, utilize ela qualquer suporte de transmissão da informação (por papel ou na forma digital), está sujeita a noticiar eventos que merecem ser questionáveis, antes de qualquer coisa. No caso do enfermeiro, fica gritante um comportamento profissional totalmente incompatível com as boas práticas, o que nos permite dizer: “Até prova em contrário, esse filme é “fake”, e dos mais fracos!”

Isso porque, para os profissionais da saúde, fica muito difícil imaginar que o indivíduo chega em casa com o seu uniforme da rotina hospitalar. Imagina ele saindo do hospital, passando por dezenas de pessoas até o estacionamento, pegando o seu carro e voltando para a casa? Quantas pessoas ele contaminaria se estivesse com a sua roupa de trabalho? É possível imaginar que um enfermeiro não tem o conhecimento mínimo necessário para saber o grau de risco de uma atitude assim!? Um vídeo desse, chega a ser falta de respeito com os meus amigos e amigas enfermeiras de boa academia de formação!

Chegar em casa e cuidar de tirar sua roupa de rua, tratar de higienizar-se, antes de falar com os familiares é um procedimento básico. Mas com as roupas usadas no hospital!?

Pior, o indivíduo, ainda chega em casa com uma máscara dependurada na orelha!!! Em outras palavras, ao invés de, antes, descartar a sua máscara ao sair do hospital ele a leva para casa, na orelha!

Sabemos que profissionais da saúde não podem sair com jalecos e outras vestimentas usadas nos ambientes hospitalares e ficar circulando por aí. Por essa razão, da minha parte, não posso acreditar. Ou melhor, espero (e até torço muito) mesmo que seja uma mentira. Se não for, que nome poderemos dar a tamanha irresponsabilidade?

Aberto a comentários…

Carlos Santarem – 29 de março de 2020


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