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Fábrica mexicana de medicamentos interditada (Falta de Senso)

Podemos não ter a exata dimensão dos prejuízos causados, mas as causas da interdição projetam-nos uma empresa onde falta a cultura dos Sensos da Qualidade. Os impactos, é certo, não se referem, exclusivamente, aos aspectos financeiros, mas à imagem da companhia.

O evento aconteceu em outubro de 2022. O FDA emitiu uma carta de aviso para uma empresa mexicana onde evidenciou uma série de não conformidades de boas práticas de fabricação.

Apenas elegendo uma das observações da carta de advertência emitida pelo órgão regulatório americano, mostro um Senso da Qualidade ausente:

Relata a carta do FDA: “Sua empresa falhou em limpar, manter e, conforme apropriado para a natureza do medicamento, higienizar e/ou esterilizar equipamentos e utensílios em intervalos apropriados para evitar mau funcionamento ou contaminação que alteraria a segurança, identidade, resistência, qualidade ou pureza do medicamento além dos requisitos oficiais ou outros estabelecidos”. Faltou o Senso da Limpeza (Seiso).

“Este senso expressa a importância da limpeza dos ambientes e dos itens nos quais eles estão. Ele trata da manutenção constante dos ambientes e tudo que dentro deles existe, conforme suas condições ideais. Aí, devemos considerar ambientes, mobília, máquinas, equipamentos e utensílios de maneira geral. (1)

Além dos aspectos de limpeza, o senso considera a operação de máquinas de acordo com as especificações e a condução de processos conforme sua validação. Contrariam este senso a presença de partículas indesejáveis, a ocorrência de impurezas, as perdas nos processos e os desvios da qualidade, por exemplo.” (1)

Na carta, constatamos outras não conformidades as quais o FDA chama de “violações significativas dos regulamentos atuais de Boas Práticas de Fabricação (CGMP)”. Poderemos identificar, com facilidade, a falta de outros Sensos da Qualidade na cultura da empresa.

Interditada tendo como um dos motivos a falta de limpeza? Pode ser, mas a causa à luz dos conceitos da qualidade total foi, do meu modesto ponto de vista, a falta de uma cultura de um sistema não suportado pelos Sensos da Qualidade.

Os benefícios da implementação dos Sensos em empresas reguladas compulsoriamente pelas Boas Práticas de Fabricação são claros.

“Os Sensos da Qualidade criam condições ideais para suportar as Boas Práticas, em todos os seus aspectos. Cada senso por si só, ou em atuação conjunta com outros, facilita o cumprimento às leis e resoluções exaradas por ministérios e agências reguladoras.” (1)

Para mergulhar um pouco mais neste assunto, recomendo o artigo a seguir: “Os Nove Sensos e as Boas Práticas (Programa 9S & BPx)


(1) Santarem, Carlos – Os Sensos da Qualidade e o segredo da sobrevivência e do sucesso – 1ª Edição – 2021

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O nosso cérebro pratica o Seiso e o Seiton

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O nosso cérebro pratica o Seiso e o Seiton

Ou, em outras palavras, ele trabalha de forma primorosa, com organização, guarda e descarte de informações.


O Seiton é um dos noves sensos e, na verdade, sua importância e seu nascimento o coloca como um dos três primeiros sensos apresentados ao mundo, naquilo que o mundo aprendeu a chamar de Programa 5S.

Esse senso é conhecido no idioma português como o Senso da Organização, um senso crítico para estabelecermos mudanças positivas em nossas vidas e em empresas dedicadas aos aspectos da qualidade.

Vários estudos mostram atualmente que nossa máquina (o cérebro) conta com uma eficientíssima bibliotecária (?) que ordena os assuntos por ordem de importância e de frequência de uso, armazenando-os e respeitando uma temporalidade predefinida.

Bendita essa bibliotecária cerebral que não permite a ocupação desnecessária de espaços de memória com dados e eventos considerados descartáveis. E como descartáveis, vão para um canto do cérebro que podemos chamar de “Arquivo Inativo” ou “Arquivo intermediário” com prazos determinados até sua destinação final.

Importante: Não tente chamar esse espaço de “Arquivo morto”, uma vez que esse termo deixa enlouquecido qualquer especialista em documentação.

“Se é morto, então, enterra!”. Vale para os arquivos físicos, eletrônicos e até mesmo os cerebrais!

A organização perfeita da biblioteca cerebral permite o resgate das informações e a esse resgate chamamos de memória. Quem diria… o Senso da Organização no cérebro!

O Seiton, outro senso, e conhecido como senso da utilização, também está todo o tempo nessa biblioteca e quando se depara com um dado que não tem nenhuma utilidade, depois de análises bioquímicas nas quais até a Dopamina está envolvida, simplesmente o descarta. Isso mesmo! Não pense que memórias sem utilidade são guardadas para sempre em nosso cérebro! Seiton age para liberar espaço e permitir que o cérebro trabalhe melhor.

A forma de encarar o processo de esquecimento depois de muitos estudos passou a ser vista de outra forma. O processo está ativo o tempo todo, durante a nossa vida.

Trabalhos existem mostrando que o esquecimento é vital para o cérebro saudável trabalhar bem as memórias e isso não é exclusivo da humanidade. Moscas e ratos em estudos de laboratório provaram ter a capacidade de esquecer; ou, em outras palavras, descartar aquilo que não nos serve mais, apenas existindo para nos prejudicar.

Estudos científicos sobre o esquecimento caminham no sentido de encontrar novas respostas e até tratamentos para muitas doenças, entre elas, a ansiedade, o estresse pós-traumático e doença de Alzheimer.

Seiso e Seiton na bioquímica cerebral… Essa não dá para esquecer!


Licença Creative Commons
“O nosso cérebro pratica o Seiso e o Seiton” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional.

Referência: “A parte esquecida da memória” – Nature * Acesso em 10/05/2021

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Shogai – O “espírito da desordem”

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Na vida e nos processos tudo tende ao caos, uma vez que, em transformação constante, o universo trabalha e “rearranja as coisas”, independentemente da nossa vontade e do nosso gosto. Daí, uma vez por outra, podemos nos defrontar com situações que nos desagradam pelos danos e prejuízos que podem nos causar.

À luz da lenda “Reino dos Sensos” contada em livro, dei o nome de “Shogai”, àquele espírito que tem em sua existência a tarefa maligna de criar a desordem em nossas vidas. Isso mesmo; Shogai, é o “espírito da desordem” e um dos personagens da história.

A verdade é que a expulsão de Shogai, de nossos universos, nunca será definitiva. Reza a lenda, que as pessoas, por um descuido, podem ficar possuídas pela desordem, permitindo-as em suas carreiras, em seus negócios e em suas vidas.

Shogai pode fazer o nosso dia ser improdutivo, pela desordem de nossas agendas e pela forma como administramos nosso tempo. Ele pode fazer você ficar procurando seus óculos, um celular ou uma caixa de ferramentas por horas, enquanto se diverte com o seu estresse. Ele pode fazer de sua mesa de trabalho ou de um balcão de atendimento um verdadeiro caos, projetando uma imagem de desleixo e criando riscos de acidente. Eventualmente, um dos muitos cantos nos quais poderemos ver a passagem de Shogai é o vão debaixo das escadas residenciais ou de estabelecimentos comerciais, onde se encontra de tudo, em verdadeira bagunça!

Shogai atrapalha a nossa vida e temos, por isso mesmo, de exercer um papel de vigilância contra qualquer tentativa de aparição do “espírito da desordem”, dando atenção e colocando foco na organização.

Na vida pessoal, ele pode ser perverso. A desordem pode afastar as pessoas que você ama ou, no mínimo, fazê-las sofrer.

Na vida profissional, cria nuvens de fumaça que impedem a busca das causas raízes dos problemas e dificulta a melhor tomada de decisão. Vale também para a vida pessoal, certo?

Nas operações e processos, promove o caos, facilitando a criação de ambientes onde misturas e contaminações podem ser prejudiciais e até mesmo fatais.

Shogai acaba afastando de nós, muitos de nossos amigos e clientes.

Não podendo acabar com Shogai, podemos criar mecanismos de defesa no sentido de mitigar seu impacto em nossas vidas. O “espírito da desordem” se esvai, principalmente, por atitudes simples e diárias as quais podemos tomar em todos os ambientes que circulamos e isso vale para o ambiente familiar e profissional. Vale para os ambientes físicos e virtuais.

Não se engane, no entanto, quem pensar que são ações fáceis, únicas e decisivas.

Nessa luta constante, podemos contar com Sensos especiais e poderosos, mas isso é outro capítulo.

E quanto Shogai em sua vida? Você consegue percebê-lo? Você já teve de enfrentá-lo em alguma batalha?


Licença Creative Commons

O trabalho Shogai – O “espírito da desordem” de Carlos Santarem está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.



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My Example

1. Conheça as enquetes, veja a opinião dos profissionais, participe e acompanhe os resultados …….*…….*……. 2. Treinamentos: Veja os títulos disponíveis para treinamentos “in company” 3. Livros: “Eu Mereço Um Dia Com Boas Práticas” e “Reino dos Sensos”. …….*…….*……. …….*…….*…….

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A Qualidade na Guerra

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É possível que tenhamos visto, mais de uma vez, algumas imagens de atividades ocorrendo em cenários de risco. São riscos de segurança pessoal e riscos de não conformidades em produtos e serviços.

Esta pintura de 1943 da artista britânica Laura Knight, retrata um quadro real de uma operação em um torno industrial sendo conduzida por uma operária, durante a segunda guerra mundial. Consta que ela cortava um parafuso de uma culatra para uma arma antiaérea.

A ausência de equipamentos de segurança individual e descuidado com ferramentas sobre a máquina chamam aa atenção.



No quebra-cabeça abaixo, clique nas peças e inicie a montagem! Para ver a imagem final montada clique no ícone de Imagem, no lado inferior esquerdo.



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